Os Noobs: Rock In Rio: Queen com Adam Lambert é fôlego novo para a música

Rock In Rio: Queen com Adam Lambert é fôlego novo para a música

Por Vinícius Martins

Fala galera de Os Noobs! Prazer enorme estrear falando de música por aqui. Por sinal assunto que amo. Música é respirante e necessária para mim. E acredito que pra você também.

Vamos falar de rock. Pra ser mais preciso, dos shows que rolaram na edição deste ano do Rock In Rio, um em especial chamou-me bastante atenção, talvez por ter sido um dos que assisti com real zelo e interesse. Trata-se da apresentação do Queen. A banda participou do festival no último fim de semana, na madrugada de sábado e arrebatou os presentes entoando hits da primeira formação, quando ainda contava com Freddie Mercury vivo e nos vocais. Bastante interessante, haja vista que o Queen possui suma importância em relação ao festival, tendo se apresentado em sua primeira edição, ocorrida em 1985 e inclusive, ajudado com parte da aparelhagem necessária para a infraestrutura do evento.

30 anos após a primeira edição e quase 24 após a morte do ‘frontman’ Freddie Mercury, o Queen estava de volta com o baterista Roger Taylor e o guitarrista Brian May aos palcos do festival carioca que também atrai holofotes internacionais, dada sua importância histórica, cultural e comercial. Nos vocais atuais, temos Adam Lambert, 33 anos, egresso da oitava temporada do programa de tv “American Idol” – o “Ídolos” em sua versão americana. Um novo astro em ascensão, um pouco espalhafatoso em meio aos seus leques, coroas brilhantes e figurinos extravagantes – é verdade.

Lambert cantou para uma platéia de milhares de pessoas clássicos como: “One Vision”, “Stone Cold Crazy”, a sensacional “Another One Bites The Dust”, a consagrada “I Want To Break Free”, “Somebody To Love”, “Radio GaGa” e a tão esperada “Love Of My Life” que, ao lado de “Bohemian Rhapsody”, foram os pontos altos do show, com Mercury de volta nos telões, dando o ar da graça com sua saudosa e incrível voz.

Ainda rolou “Ghost Town”, da carreira solo de Adam Lambert, duelos de bateria, pau-de-selfie na guitarra e tudo mais. As comparações foram inevitáveis, mas particularmente, achei um show muito bom. Claro que não tem a mesma empolgação de ver Freddie quebrando tudo, mas em parte, com Roger e Brian a essência da banda ainda se faz presente e notória. Quanto ao excêntrico Lambert, bem… não é o mesmo que Freddie, nem nunca será e não há a menor pretensão de tal façanha. Ainda bem! Apesar disso, vale considerar que Adam possui brilho próprio e não tentou por nenhum momento tecer semelhanças com o ídolo. Ao contrário. Fez questão de relembrar que, não fosse por Freddie Mercury, eles não estariam ali e que aquela apresentação era uma homenagem a ele. Os fãs “viúvas” não entendem assim e acabam execrando o rapaz ao invés de apreciar o momento. Uma pena!

O mais legal era ver a expressão da galera presente no show. É bom dizer mais uma vez: Freddie Mercury faz falta sim – enorme por sinal. Mas, mesmo sem o timbre do saudoso ‘frontman’ foi bem legal ver e curtir doses de novo fôlego com os agudos de Adam Lambert além de sua espirituosa presença de palco. Melhor ainda é ver como quem estava ali, não feito uma viúva abandonada, mas como quem tem Mercury em seu status de ídolo consagrado pelas eras além do tempo e agora, Lambert como o artista que revive, a seu modo, os bons momentos do Queen.

O que posso desejar disso? Vida longa à Freddie Mercury (esteja onde estiver), Adam Lambert, Brian May, Roger Taylor, ao Queen e ao rock n’ roll. E a nós fãs, desejo que, como os ‘monstros sagrados do rock’ (soa clichê, mas vale), possamos nos reinventar também e deixar circular novos ares, sangue novo pelas veias de nossas paixões musicais.


Brian May, guitarrista do Queen com Adam Lambert, atual vocalista.

Autoria do Post: Josy Loos
Fonte: Os Noobs

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