Review do Show de Adam Lambert no Evento: “Marylanders for Marriage Equality”, Washington – 25/09 Por wordsintomelodies

Confira mais uma Review do Show de Adam Lambert no Evento: Marylanders for Marriage Equality realizado em Washington no 9:30 Club em 25 de Setembro. Esta review foi feita por um “não-fã”.

Eu deveria fazer isso mais vezes, e escrever abertamente como os concertos me afetam. Eu tive a sorte de experimentar muitos shows incríveis com amigos, ou dizer a eles só depois de ter ido, ou mandar uma mensagem para eles durante o show. Depois de ter ido a shows de metal e hardcore com um amigo, ele me mandou um link que saiu do ar naquela manhã sobre Adam Lambert fazer um show beneficente para o “Marylander for Marriage Equality” (MD4Equality), eu considerei sobre ir ou não, dado o preço inicial dos bilhetes de US$ 125 (aproximadamente R$ 250,00). Igualdade de casamento gay nesse país, ou em qualquer outro, não é perfeito de qualquer forma. Geralmente tem como alvo uma classe específica de pessoas GLB (gays, lésbicas e bissexuais), esquecendo os transexuais e ainda não confrontando a ideia básica de que outros ativistas gays apresentam: a instituição do casamento proporciona direitos específicos, incentivos fiscais e benefícios sociais/econômicos acima de tudo, para apenas as pessoas selecionadas que entram em um contrato de casamento, em vez de trabalhar por esses direitos para todas as pessoas do país, independentemente se uma relação de compromisso entre dois indivíduos é sancionado pelo governo ou não.

Eu ainda decidi enfrentar, mesmo com o meu discurso totalmente honesto de crenças sobre o casamento. Também são laços emocionais com a ideia do casamento na sociedade, e vendo meus pais, meu irmão e sua esposa criando meu sobrinho, e um dos meu melhores amigos da faculdade se casar com o amor de sua vida alguns fins de semana atrás, é uma relação emocional que eu espero encontrar com alguém algum dia, se esse for o caminho que o meu destino está destinado a ir. E apesar de não ser mais um Glambert alucinado (se alguma vez já fui) eu ri muito de um amigo de um amigo quando ele disse que Lambert soava como a cobra do Jungle Book da Disney quando cantava “Ring Of Fire”, e que então a cobra do Jungle Book deveria comer Lambert; meu amigo, odeia, odeia, odeia serpentes. Eu ainda estava chateado pois a multidão só ocupava um pedaço da parte frontal da arquibancada, e um quarto da pista bem em frente ao palco; justamente lá eu desejava que os bilhetes tivessem um preço inicial mais barato que US$ 125. O tanto de dinheiro que poderia ter sido levantado se os bilhetes tivessem começado por US$ 35 – US$ 50 (aproximadamente R$ 70,00 – R$ 100,00), e muito mais pessoas poderiam ter vindo – embora também, era uma noite de terça.

Para nós que estávamos lá, porém, tivemos uma grande diversão. Lambert ao vivo é sempre a melhor maneira de experimentá-lo, se passando por uma teoria anterior que eu tinha do estúdio diminuía seu talento, ou pelo fato de que ele é mais aberto e solto no palco. Hoje à noite eu realmente me peguei pensando que ele realmente é um cantor com estilo de cantor de cabaré repaginado como um popstar de grande porte.

Um pouco dos destaques da noite:

– O entusiasmo de Lambert do outro lado do palco, vocal e fisicamente. Ele está mais solto e mais dinâmico.
– Os momentos gloriosamente sem sentido: o tecladista/diretor musical e o discurso de Lambert sobre a umidade do cabo de microfone, e então o público: “Molhado.” “Suado.” “Brilhando.” Então Lambert voltou ao palco para mais um desempenho vocal desafiador… Peço desculpas ao Adam se estou completamente errado sobre isso, mas eu adoraria de qualquer forma a magia que você teve nos bastidores de Amsterdã. AMSTERDÃ!!! MEU SHOW FAVORITO!!!! QUEM DERA QUE TODOS OS SHOWS DELE FOSSEM COMO AQUELE… Mesmo se fosse apenas água com gás da Holanda. As introduções da banda perto do fim, depois do retorno das cantoras e da baixista, e depois os meninos da banda – ”Não sei nada sobre V, mas o C me soa bem”? Oh sim.
– Oficialmente com ciúmes do cabelo roxo do Tommy Joe Ratliff. Um elogio a Ratliff e Lambert por pequenos acenos e risinhos, dando início ao seu primeiro fan service da turnê… do qual as fãs do sexo feminino vão a loucura. Você é um homem mais forte do que eu.
– Lembrando todos nós a respeito do propósito pelo qual tinha pago o ingresso aquela noite, Lambert foi honesto com relação a sua falta de conhecimento político, em oposição ao seu apoio ao comprometimento humano emocional… (E, aparentemente, seu irmão, um expert em política, vai lembrá-lo). O momento decisivo não veio em promover o voto para a causa da Questão 6 ou para o “Marylander for Marriage Equality”, mas na apresentação de ”Outlaws Of Love” “Everywhere we go / We’re lookin’ for the sun / Nowhere to grow old / And always on the run / They say we’ll rot in hell / But I don’t think we will / They’ve branded us enough / Outlaws of Love.” [A todo lugar que vamos / Procuramos pelo sol / Sem lugar para envelhecer / E sempre fugindo / Eles dizem que iremos apodrecer no inferno / Mas eu não acho que iremos / Eles já nos rotularam o suficiente / Foras da Lei do Amor]. Ao invés de simplesmente ver vários vídeos de outros shows, dos vídeos de outras pessoas, mas estar lá, em pessoa, existe uma simplicidade e força nos vocais e nas composições que soava muito familiar. Estamos cansados de discutir, de nos comprometer, de lutar incansavelmente pela igualdade de emoções e direitos, e nós estamos prontos para apenas abraçar nossos entes queridos e relaxar por um momento, mas não podemos, podemos?

Fontes: 4Msrmyn/Adamtopia e wordsintomelodies

Tradução: Kátia Emmanuelle
Agradecimentos: Glória Conde

Compartilhar