The Huffington Post UK Entrevista Adam Lambert

Nesta nova entrevista realizada pelo The Huffington Post UK Adam Lambert conversa sobre “ser gay’, “American Idol” e o “Queen”. Confira:

“Eu goste ou não, o termo ‘abertamente gay’ sempre virá antes de meu nome na mídia. Não me importo com isso. As outras pessoas sim.”

Adam Lambert se sente extremamente tranquilo sobre como lidar com esta questão que ele deve estar cansado de responder, especialmente depois que ele fez história como o primeiro cantor “abertamente gay” a chegar ao topo da Billboard dos Estados Unidos com seu segundo álbum, “Trespassing”, no início deste ano [Maio/2012].

“Qual é o problema? Eu assumi ser gay aos 18 anos, passei por todos os estágios de aceitação, e desde então, eu não falo mais sobre ser gay, eu simplesmente sou.”

“Eu não sei o que deu em mim”.

Ele admite, porém, que parte de sua crescente fama e sucesso foi por ter desenvolvido a grande responsabilidade que ele tem com os gays menos confiantes que acompanham o que ele diz e faz.

“Quando comecei, eu não sabia que direção tomar. Eu não sabia se esse grupo minoritário ainda queria que eu fosse seu representante publicamente – pareceu um pouco… presunçoso. Então eu decidi que você não pode agradar a todos, então é melhor ser você mesmo, em última instância, e era importante para mim me afirmar como um artista em primeiro lugar. ‘Abertamente gay’ sempre precede o meu nome na mídia, mas isso não é pelo público. A mídia objetiva e sensacionaliza muito mais do que ninguém. Eu entendo. É um tema quente. Estamos no meio de um movimento de direitos civis, assim eu entendo porque isso é importante, mas não pra todos.”

Se Lambert está tranquilo sobre sua posição, ele também tem sido ambíguo, não menos do que o AMA Awards de 2009, onde ele não conseguiu se segurar e chocou os telespectadores americanos com sua controversa performance, incluindo um beijo em um membro de sua banda (seguindo os passos de Britney e Madonna) e agarrando sua própria virilha, ato que foi editado na transmissão posterior (reveja aqui). Então isso tudo foi para conseguir algumas manchetes? Ele ri…

“A coreografia foi planejada, mas as duas coisas com as quais todos ficaram apavorados foram definitivamente apenas um impulso no momento. Eu não sei o que deu em mim. Eu estava na platéia e vi as performances de Rihanna e Gaga, e eu pensei ‘eu tenho que me dar bem’, porque eu estava tão inspirado por suas performances. A noite toda me surpreendeu. Isto me deu prejuízos, mas também me fez algum bem. Isto assustou algumas pessoas, mas a conversa que gerou foi proveitosa. Foi a primeira noite após o ‘Idol’, a chance de falhar era realmente muito grande, e eu acho que, criativa e artisticamente, eu mordi um pouco mais do que eu podia mastigar.”

“É um jogo”

Lambert pôde ser perdoado por estar em alta após a temporada de 2009 do “American Idol”, onde ele ficou em segundo lugar perdendo para seu colega de quarto Kris Allen. Como ele diz, “Houve muitas experiências diferentes, antes do ‘Idol’, mas isso definitivamente me colocou no mapa”.

Será que ele olha para trás com ressentimento pela maneira como se saiu – ele era o favorito para vencer até algumas fotos dele com outro homem misteriosamente se tornarem de domínio público na semana da final – ou com gratidão? E quem são Simon Cowell e companhia para dizer a alguém treinado como Adam Lambert como ele deve se apresentar?

Ele encolhe os ombros.

“Eu comecei a cantar a cada semana e trabalhar o sistema, é um jogo. Como alguém que assistia ao programa, eu estava sempre a gritar para a tela, em desacordo com os jurados, e suas opiniões são válidas, mas é tudo muito subjetivo, e o que você ouve sonoramente é realmente diferente na TV. Eu aceitei aquilo, mas eu meio que aceitei com cautela, e, finalmente, eu tive que confiar no que eu queria fazer. Se eu tivesse feito o teste antes, eu não teria passado da primeira etapa. Levei muito tempo para definir a minha identidade. Eu era um jovem adulto muito inseguro, eu passei por muitas dores enquanto crescia, diferentes experiências profissionais anteriores, trabalhando em teatro e em muitos shows de entretenimento, de modo que então tudo isso me deixou mais forte.”

E sem o “American Idol”, também não teria tido nenhuma turnê com o Queen, cujos membros Brian May e Roger Taylor encontraram o seu vocalista convidado durante a final da temporada. Será que Lambert cresceu escutando o singular estilo de glam rock da banda?

“Eu realmente não sabia muito sobre eles”, ele relembra. “Meu pai tinha os álbuns deles, então eu escutei alguma coisa. A maneira como conheci o rock dos anos 70 foi através da peça teatral ”Jesus Christo Superstar” de Andrew Lloyd Webber…” Lambert fica ainda mais empolgado falando sobre isso (“Evita… muito bom, muito bom. E meu pai estava empolgado porque finalmente tínhamos algo a mais em comum, ele introduziu sua visão, que era um pouco mais rock, e de repente já estávamos em David Bowie.”

“Não intimidado, apenas temeroso”

Lambert encontrou o Queen novamente quando era estudante em Los Angeles – “ligeiramente alienado, fumando maconha, desenhando e ouvindo rock dos anos 70” – e ficou fascinado por Freddie Mercury – “sua energia no palco, seu poder, eu pensei: ‘Eu quero cantar deste jeito’.”

O caminho de Lambert para o Queen foi uma constante, fazendo testes com “We Will Rock You” em Las Vegas, usando “Bohemian Rhapsody” como sua escolha da audição, ele plantava as sementes no pré-Idol, e, de repente, lá estavam os roqueiros veteranos, os próprios, tocando ao lado dele.

“Eu não me sinto intimidado, apenas temeroso”, relata Lambert. “Brian e eu temos uma interação maravilhosa, ele é um cara legal, então nós cantamos ‘We Are The Champions’, e conversamos sobre fazer algo no futuro… Algo precisava acontecer”, completa, impressionantemente calmo sobre sua convocação única para tão alto nível do rock mundial.

Criar sua própria música ajudou Lambert a manter tudo em equilíbrio, em particular seu material novo.

“Nos últimos 3 anos, eu fui capaz de colocar meus pés no chão, e descobrir exatamente onde me encaixo. Eu sou muito polarizador, as pessoas ou me amam ou me odeiam, e eu gosto disso.”

E fora do palco, é uma vida de baladas e hedonismo na tradição dos roqueiros que ele admira tanto? Não, na verdade é tudo um pouco século 21.

“Estou em um ótimo relacionamento agora, e preferimos ficar mais com os amigos. Eu sou muito chato, eu tenho medo – Eu já tive minha época de festas. Meus amigos mantêm meus pés firmemente no chão, e eu valorizo isso neles, acima de todas as coisas – honestidade, franqueza e bom gosto.”

Fontes: gelly14/Adamtopia e The Huffington Post UK

Tradução: Graça Vilar

Compartilhar
Share

3 Comments

  1. Parabéns pela tradução Gra!!! Adorei o artigo! ((:

    1
  2. REALMENTE TRADUÇÃO ÓTIMA !!!!!!!!!!! AMEI A ENTREVISTA… “Eu sou muito polarizador, as pessoas ou me amam ou me odeiam, e eu gosto disso.”

    TAMBÉM SOU ASSIM KKKKKKKKKKKKKKKKKKKK OU ME AMAM OU ME ODEIAM

    2
  3. Owww… suas lindas!!!!! Thanks!!! <3333333

    3

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *