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27jul2012
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Michael Orland – Diretor Musical do American Idol – Cita Adam Lambert em Entrevista
O Diretor Musical do American Idol, Michael Orland [ver nota], recentemente foi entrevistado pelo site On The Meaning Of Adam Lambert. Michael trabalhou com Adam durante todas as semanas em que ele competiu no programa em 2009. Confira abaixo o áudio na íntegra, porém somente vamos destacar as partes em que Michael fala sobre Adam durante a sua participação no American Idol, as atuais performances com o Queen, bem como os “rumores” de que ele possa ser um dos novos jurados do programa a partir desta nova temporada:
Michael: Costumo twitar muito com os teus ouvintes. Os fãs do Adam são muito simpáticos, por isso adoro estar sempre a falar com eles.
Entrevistadora: Eu vi uma campanha para que o Adam fosse um jurado e vi muitas respostas a isso. Tornou-se arrebatador. Mas acho que eles não se vão basear nessa campanha.
Michael: Eles não sabem de todo o processo, é mais uma coisa online. Mas quem sabe o que acontecerá no futuro?Michael: Fiquei muito triste quando a Paula Abdul saiu do programa, porque era a única que se preocupava com os concorrentes, genuinamente. Por isso quando falaram do nome do Adam para jurado, achei uma ideia genial. Fiquei empolgadíssimo com isso. Conheci umas pessoas, que mesmo não sendo fãs do Adam, me disseram que não tinham a certeza. Mas uns dias depois vieram ter comigo e disseram que era uma boa escolha. Seria uma ideia fantástica, sou um grande fã dele. Antes do “Idol” eles teve várias experiências, em palco e é o que importa. Precisa-se de alguém que se importe com as pessoas, que seja sensível às pessoas… E quando ele foi nomeado para ser o mentor da semana do Elvis e todos se perguntavam: “Adam Lambert como mentor?”. E eu: “Sim”. Pôde olhar para aqueles garotos e dizer eu estive aqui no último ano e olhem onde estou agora. Acho que é fantástico. Ele tem muita informação e sentimentos para partilhar. Ele seria honesto nas suas opiniões e seria um jurado excepcional. Ainda não ouvi nada oficial e sei que o Adam também não. Mas seria uma ideia incrível. Não iria prejudicar a sua carreira, ele irá sempre continuar a crescer, mas seria diferente vê-lo ali todas as semanas do que apenas em ocasiões especiais. Penso que seria enorme, ficaria muito emocionado e honrado. Adoraria vê-lo todas as semanas. Vamos ver o que vai acontecer. Não sei. Com todas estas pessoas para as audições eles precisam de escolher o jurado que falta rapidamente, por isso vamos ver o que acontecerá.
Entrevistadora: Sabe, eu pensei muito nesse assunto, já faz algum tempo que o Adam esteve lá e pensei quem seria melhor do que ele que já passou por tudo aquilo? Quem seria melhor, peço desculpa pela linguagem, do que alguém que jogou o jogo de uma forma tão bem sucedida.
Michael: Tem razão, é um jogo. Tem de jogar, quando você sair poderá fazer o que quiser, mas quando está dentro tem de tentar chegar o mais perto do prêmio que conseguir. Tem de fazer com que te adorem, tem de fazer algo completamente diferente de semana para semana, o que nem todos fazem, mas Adam teve um dom para isso.
Entrevistadora: E penso que ele estava preparado para tal, ele foi tão articulado que… Ele usou um fato durante 16 anos e vejam no que se tornou, numa estrela de rock. O que ele faz tem muito que ser partilhado porque ele é como um manual de como chegar lá, explorar coisas. Ele mostrou-o não só para… na minha opinião, muita versatilidade. Ele tirou proveito de todas as oportunidades que lhe foram dadas. Ele despendeu muito dinheiro no seu guarda-roupa. Ele disse que estar lá e trabalhando com você e com o professor de canto…
Michael: Todas as semanas, sim.
Entrevistadora: …a toda a hora. Quero te fazer uma pergunta, porque acho ser importante. O processo do Adam de rearranjar a música, no “Idol”, falamos um pouco dista da última vez, e ficamos muito grato por termos ouvido isso, os aspectos técnicos, por que é informativo sabê-lo.
Michael: Adoraria que fizessem um behind the scenes do programa, para mostrar mais os ensaios e aquilo por que os concorrentes passam. Acho que ficariam fascinados com tudo isso.Michael: O que é diferente para o Adam é ele já ter feito espetáculos anteriormente e ninguém gostava dele antes do programa, entende?
Entrevistadora: Nos dê uma de bastidores, tendo como exemplo o Adam. Você não pode escolher uma música para o artista, ele é que tem de levar para você.
Michael: O Adam, em geral, era um pouco diferente dos outros. 9 em 10 vezes eu diria que ele vinha com uma música e era essa que ele cantava, é raro, não acontece todas as semanas. Normalmente vêm ter comigo e dizem que não sabem nenhuma das músicas da lista. A “Ring Of Fire” foi uma semana bizarra. Ele queria fazer algo completamente diferente, e acho que o Randy [Jackson] disse que ele não tinha conseguido, mas foi lindo. O que eu gosto no Adam é a frescura que ele trás, e pergunto-lhe sempre se tem a certeza de que é isso que quer fazer e ele nos faz acreditar que é a música certa, fazendo aquele trabalho fantástico. Como quando ele tornou a “Believe” numa balada. “Oh, por favor. Foi genial”. É alguém que sabe quem é ou o que quer mostrar e sabia, também, jogava o jogo, ele sabia estar num concurso e cada programa era diferente, usava roupas, penteados, estilos e músicas diferentes. Ele escolhia se queria ter lá o guitarrista ou o baixista. O que falávamos com ele era sobre o que ele tinha feito a semana passada, o que é que o júri tinha dito que ele precisava de fazer. O que é que você quer mostrar esta semana? Quer escolher o que vai vestir e uma música combinando? Lembrávamos que ele só tinha 1.40min, se fosse o caso era melhor não mudar o tom, fazíaamos tudo para o ajudar. Mas o Adam, na maioria das vezes dizía-nos que era mesmo assim, que ele queria que soasse, ele fazia uma boa investigação da música, versões online. Esse é, também, o início de tudo, ir ao YouTube e procurar umas versões funky que alguém fez. Combinar essa versão.
Entrevistadora: “Ring Of Fire” veio daí, o arranjo. A ideia veio da moça dos “Rockstar”.
Michael: Ele não a copiou na íntegra, mas gostei. Como quando alguém faz algo estranho como isso. Quem saberia que há uns anos atrás alguém teria feito essa versão, como da “Over The Rainbow” ou “True Colors”. Mudá-las e torná-las acústicas, ou outra coisa. Ele tinha muitos conhecimentos nesse campo e de todos esses álbuns bizarros e obscuros, o que ajuda muito.
Entrevistadora: Muito parte da sua vida teve a música como pano de fundo, os seus país sempre tinham música. Tinha-na em casa, na escola, depois da escola. E tinha uma mente muito curiosa, vivendo livremente e respirando música e atuações. Eu ouvi Smokey dizer que gostava de ouvir uma interpretação de uma das suas músicas como nunca tinha ouvido antes. E falou do Adam, que nunca tinha ouvido nenhuma interpretação como a dele, em “Tracks Of My Tears”. Nem sequer tinha pensado nisso. O próprio Adam perguntou a Smokey o que tinha sido a inspiração da música.
Michael: Adoro quando alguém pega numa música e a torna sua. Ele mudou a música e ficou lindamente. Lembro-me dessa semana.
Entrevistadora: Você tinha a música e o arranjo e fez a orquestração?
Michael: Eu fiz o arranjo com ele e decidimos o que é que iríamos cortar. Todas as semanas ele cantava conosco no piano. Desde o 1º dia que tive o Kris Allen, o Adam e a Allison e eles diziam que tínhamos de trocar, mas eu disse para não o fazerem. Fiquei muito emocionado com isso.
Entrevistadora: Imagino o que é trabalhar com ele todas as semanas, arduamente, e o público adorar. Não sei quanto tempo depois do programa começavam a trabalhar a da próxima semana…
Michael: Na temporada 8, quando o programa ia para o ar nas terças e quartas. Na quinta o Adam vinha com a música, trabalhávamos nela, na sexta tínhamos o segundo ensaio para saber se estavam seguros com a canção e ensaiávamos, trabalhávamos no que eles iriam usar em palco, se iam com o microfone ou se ficava no suporte, se iriam entrar por trás, todas essas coisas. No sábado, o dia com o mentor, no domingo gravavam o vídeo para a Ford, na segunda ensaiavam no palco com a banda, era a primeira vez que ouviam o arranjo na íntegra e na terça era o programa ao vivo. Quatro dias depois estavam a atuar com a banda e cinco dias depois “ao vivo” para 25 milhões de telespectadores. Muitas das vezes interpretavam uma música que nunca tinham cantado, mas tiveram de aprendê-la para o programa. É loucura. Têm de gravar a música para o iTunes e ainda aprender a música de grupo a também descobrem qual o tema da próxima semana.
Entrevistadora: Fico contente por saber que não é um trabalho fácil e que não continua a sê-lo lá fora, há muitas pessoas que seguem o Adam, ele anda a promover o seu novo álbum, a fazer shows com o Queen, ele teve apenas uma semana de ensaios.
Michael: Fiquei emocionado. Vi muitos desses vídeos, por exemplo a “Who Wants To Live Forever”… Isso é loucura, ele é fantástico. Nunca ninguém pensaria que iam pedir ao Adam. A certo ponto, o Adam fez um espetáculo muito bom em Vegas. Se fosse o produtor e tivesse o dinheiro iria produzir esse espetáculo sem pensar duas vezes.
Entrevistadora: O que o Adam tem é um grande alcance, personalidade. Ele teve muitas experiências, conhecimento e sentimento pela música. Ele cantou as músicas do Queen, que nem todas as tinha ouvido, mas a forma como ele interpretou a música, absorveu-as e quando se tem de cantar “Who Wants To Live Forever” meticulosamente, ele entrou na canção. Não era uma música do Freddie, ou de outro alguém, era dele. E é por essa razão que essa e outras chamaram a atenção das pessoas. Brian May falou de pessoas conhecidas, que viram o Adam no “Idol” e lhes disseram que tinha de ver aquele garoto. Muitas pessoas estavam assustadas com a ideia de uma atuação em Vegas.
Michael: Porquê?
Entrevistadora: Porque eles pensam, é um pensamento à velha guarda.
Michael: Eu discordo.
Entrevistadora: Elton Jonh esteve lá.
Michael: Milhões de pessoas de todo o mundo foram e viram um sensacional espetáculo teatral em que incorporou tudo.
Entrevistadora: Estava confiante de que ele iria se sair bem com o Queen?
Michael: Nunca duvidei. Não conheço mais ninguém que fosse capaz de o fazer. Em primeiro lugar foi uma honra, porque Freddie Mercury era um génio. O que gostei foi ele não ter sido uma cópia do Freddie. Foi o Adam Lambert a cantar aquelas músicas que adoro. É a sua versatilidade, de conseguir fazer uma coisa diferente todas as semanas. Quando estava a ver o vídeo de “Who Wants To Live Forever” pensei em como é que ele conseguiu aprender a música tão depressa, ele só teve uma semana, seriam preciso cerca de três semanas para aprender essa música.
Entrevistadora: Ele tem andado lá fora, um dia aqui outro ali e a seguir teve uma semana de ensaios antes de começarem. E grandes shows, como os da Madonna e da Lady Gaga levam meses de ensaios. Vi os vídeos de Freddie a cantar as mesmas músicas que o Adam e eles são muito diferentes. Têm personalidades diferentes a apresentar a mesma música, mas com um poderoso nível de homem do espetáculo em cada um. É fascinante ver isso. Freddie era grande para a sua era e chamei ao Adam o rapaz do sec. XXI, parecendo muito contemporâneas, as suas interpretações e versões das músicas.Michael: Tirei muitas fotos durante o “Idol”. Tenho muitas fotos com o Adam Lambert nos bastidores. Vou postá-las em algum lugar.
Entrevistadora: (Em relação a uma foto) Aqui está o Adam, na “Tracks Of My Tears” com fato e sem maquiagem.Michael: Todos os fãs do programa são fantásticos. São apaixonados por alguém. Mas os do Adam Lambert, tenho de dizer que os tenho conhecido por todo o país. Eles me conhecem através do Adam, o que é engraçado.
Entrevistadora: Quando descobrimos o Adam fomos inspirados por ele. Não estava à procura de inspiração mas ela apareceu.
Michael: É verdade e ninguém estava à procura.
Entrevistadora: Vocês procuram o melhor cantor. Eu diria artista porque há mais do que saber apenas cantar. Vamos voltar ao júri. Se tiver a Mariah Carey, que é suprema e tem uma voz fantástica e se tiver o Adam, que para além de ser um excelente cantor pode explicar e falar tecnicamente. Não está só dentro do meio. Eu acho que o júri não percebe muito bem.
Michael: O Adam tem a sensibilidade de ser teatral e sabe como atuar. Ele tem o público a seus pés. Ele tem sensibilidade para as luzes e isso tudo. Tem algo dramático.Entrevistadora: Eu perguntei a uma amiga o que achava do “American Idol” ter Adam como jurado. Ela achou muito bem, mas se é assim a minha filha vai vê-lo. Tem cerca de 20 anos.
Michael: Adoro isso. Traria mais público. Com três pessoas como eles seria fantástico. Adam e Mariah seria excelente.
NOTA: Michael Orlando atualmente é o pianista, arranjador e diretor musical do “American Idol”.
Fonte: On The Meaning Of Adam Lambert
Tradução: Kady Freilitz
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