Review de “Trespassing” por Digital Spy
É justo dizer que nós ficamos chocados quando descobrimos que Adam Lambert foi o primeiro artista abertamente Gay a atingir o topo da Billboard americana, com o seu último álbum de estúdio lançado em Maio. Não é um feito fácil para um segundo lugar de um reality show voltar mais forte que nunca em um segundo álbum, ainda mais fazer isso em uma indústria que comumente teme que uma preferência sexual [ver nota] seja uma desvantagem de marketing.
Contudo, é a conduta ousada de Adam seu principal atrativo em seu novo trabalho. “I ain’t got no BS in my bag / That’s one thing you can believe”, [Eu não tenho papas na língua/Nisso você pode acreditar], ele declara em sua faixa-título “Trespassing” – acompanhada por uma batida estancada inspirada pelo Queen e uma linha de baixo ao estilo funky que Michael Jackson acharia difícil de resistir. É uma afirmação de abertura corajosa, e que segue durante todo o álbum.
A faixa seguinte, “Cuckoo” reforça a bravata das estrelas americanas quando ele comanda, “Ande desse modo, como se não desse a mínima”, com um mix de derrubar a casa, sintetizadores e um alto-falante estrondoso. Em outro ponto, “Shady” conta com uma parceria entre Adam, Nile Rodgers e Sam Sparro para um número sobre masmorras subterrâneas sexuais, enquanto o seu último single, “Never Close Our Eyes” cimenta sua habilidade de dominar um autêntico hino.
No entanto, o álbum não é completamente dominado por músicas violentamente dançantes e promíscuas. “Underneath” é uma balada incisiva e poderosa onde Adam mostra sua ampla extensão vocal, enquanto entra em contato com sua natureza mais vulnerável (“Everybody wants to talk about a freak/ No-one wants to dig that deep”) [Todo mundo quer falar sobre uma aberração/ mas ninguém quer conhecê-la a fundo]. Isso acaba fazendo com que “Trespassing” seja uma peça encorpada de arte Pop que não se preocupa com as barreiras da indústria e é ainda melhor por conta disso.
NOTA: 4 estrelas
Faixas para baixar: “Trespassing”, “Cuckoo”, “Underneath”
Se você gostou disso vai gostar também de: Sam Sparro, Kelly Clarkson, Pink
NOTA: O termo “preferência sexual” foi traduzido literalmente. Porém, o correto seria dizer “Orientação Sexual”, já que a nossa sexualidade não é ditada ou escolhida.
Fontes: gelly14/Adamtopia e Digital Spy
Tradução: Rodrigo Ferrera
Nenhum Comentário