Review do PopLedge do Show de Adam Lambert & Queen em Kiev

Elton John organizou este concerto para destacar o crescente perigo da AIDS, na Ucrânia, que estava também ligado ao “Euro 2012 Football Tournament” com milhares de pessoas se beneficiando de um show gratuito em Maidan Nezalojnosti (Independence Square).

Antes de vermos o Queen e Adam Lambert no palco, assistimos a um documentário de 20 minutos do Queen, focado no vocalista Freddie Mercury, que perdeu a vida para a AIDS em 1991 aos 45 anos de idade. Elton John e os membros remanescentes do Queen eram algumas das 35 pessoas que compareceram a seu funeral. Apesar de Freddie ter mantido seu diagnóstico em “segredo” até 24 horas antes de sua morte, pensa-se que ele foi formalmente diagnosticado em 1987.

O set de abertura de Queen/Adam Lambert foi espetacular, muita fumaça azul e os sons [do filme] “Flash” antes da guitarra impressionante de Brian May, Adam grita para a multidão “Sim, vamos lá” antes de se lançar em “Seven Seas Of Rhye” como sua música de abertura.

Adam está usando um monte de couro! Jaqueta de couro com algumas tachas de prata impressionantemente entrelaçados com algumas correntes de prata, ele também está usando calças de couro e o que parece ser botas de plataforma – há muita interação entre Adam e Brian na guitarra e Adam também está arrebentando com movimentos incríveis enquanto Brian executa!

A segunda faixa é “Keep Yourself Alive”, que definitivamente é o estilo Adam de cantar… Adam também deixa escapar um palavrão após esta canção… para preencher a lacuna, foi “F*ck you”!

A próxima faixa é “We Will Rock You” – feita em um estilo um pouco diferente, eu apenas senti que ele tinha acelerado a música um pouco e encurtou a distância das lacunas entre o coro e os versos… e funcionou em virtude da energia estar tão elevada nesse show.

Uma pequena pausa após essa música permitiu que Adam falasse com o público na “Independence Square” antes de iniciar “Fat Bottomed Girls” – que é uma canção surpreendente! Eu tenho que dizer que não foi a melhor versão da música que eu já ouvi, mas eu pensei que ou fosse os “backing vocals”, que estavam na verdade um pouco fora nesta canção, ou talvez seu ponto no ouvido não estivesse funcionando direito. Foi um grande momento para o Adam se tornar o centro das atenções, o que ele fez, com todo seu carisma…

Após a canção, ele gritou “EU QUERO VER UMAS GOSTOSONAS HOJE À NOITE… MOSTRE-ME ALGUNS TRASEIROS, VAMOS LÁ, ISSO AQUI É ROCK N ROLL!”

“Don’t Stop Me Now” é talvez uma das músicas mais emblemáticas e conhecidas do Queen, por isso Adam merece imensas felicitações por fazer a música soar tão boa como sempre e também por colocar a sua própria rotação na música sem perder o fato de que é originalmente uma música do Queen e que é ele, obviamente, cantando com o Queen… do jeito que ele cantou “sex machine” foi simplesmente mágico… e de novo, quando é o momento solo de guitarra e ele acompanha Brian até o centro do palco, ainda parece que ele está tendo o mais maravilhoso momento lá encima… e eu imagino que ele está!

Brian May, em seguida, tomou um banco traseiro enquanto o filho de Roger Taylor assumiu suas funções de percussão para permitir que ele e Adam Lambert cantassem “Under Pressure” juntos – isso realmente foi um dos “momentos” do show, era mais um dueto e realmente funcionou, Adam desafiou todas as notas grandes, mas a sua voz e a de Roger juntas funcionaram muito bem, devo admitir que não sabia que a voz de Roger era tão boa ainda – ele cobriu facilmente as partes de David Bowie! Para uma canção de 1981 é realmente atemporal.

Após a canção Adam diz: “Rocking the f*ck out!”

“I Want It All” é a próxima música… eu poderia realmente imaginar Adam escrevendo algo assim para sua carreira solo, isso é cheio de atitude. Esta foi do décimo terceiro álbum de estúdio… que é simplesmente incrível, não consigo imaginar muitas estrelas da música atual que produzam tais faixas emblemáticas em suas carreiras. Novamente grande interação entre Adam e Brian nesta canção, qualquer um que vá ver os seus shows em Londres ficarão em total deleite, e como eu twittei outro dia ainda há bilhetes disponíveis para esses shows.

Eu estou tentando pensar em algo fundamental para dizer nesta fase do processo apenas para bancar o advogado do diabo, mas eu realmente não notei nada negativo no show inteiro… a única coisa que eu diria é que o público parece realmente dominado… isso é muito louco!!

“Who Wants to Live Forever” é a próxima música, esta é uma música que sempre me toca o coração… as expressões faciais de Adam e suas emoções durante esta música é um verdadeiro prazer assistir.

Roger Taylor canta “A Kind Of Magic” inteira, enquanto Adam vai para fora do palco – tempo de troca de figurino? Mais uma vez, Roger, cara, me desculpe eu não sabia que sua voz era tão boa – e ele também escreveu esta canção inteira, por conta própria e, embora tenha estreado com críticas mistas na época, eu acho que agora nós podemos todos concordar que é uma grande canção.

Roger também canta “These Are the Days Of Our Lives”, outra música que sempre toca meu coração e me faz ficar com olhos marejados. Acho que é porque me faz pensar em Freddie e quão pouco ele aproveitou aquele tempo na carreira do Queen… voltando para o presente, eu fico feliz que o Queen ainda esteja se apresentando em memória a Freddie Mercury, e houve um momento no final dessa canção que Brian May estava visivelmente emocionado. Brian então canta “Love Of My Life”, que é outra canção que me deixa emocionado, e ele diz ao público: “Vamos cantar para Freddie” – a canção foi escrita por Freddie para uma mulher com quem ele teve um longo relacionamento nos anos 70, foi ela que tornou-se sua cuidadora no final de seus dias… durante a canção Freddie é mostrado na tela e pode ser ouvido cantando a música, Brian, em seguida, canta junto com ele… *soluçando*

Brian e Roger, em seguida, executam uma versão anterior despojada de “’39”, mudando a letra para incluir “Ucrânia”, o que foi uma atitude muito amável. Adam Lambert, em seguida, volta ao palco e é recebido com alguns gritos da plateia – o que é bom – é uma boa ideia compartilhar e ter esse tempo para relembrar Freddie.

Adam como eu suspeitava usa um segundo traje agora, que consiste em luvas de couro e um blazer preto equipado com alguns detalhes sobre os colares. Eu acho que as calças são um pouco mais largas agora também. Então somos deleitados com um duelo de tambores entre Roger e seu filho… foi muito legal para ver e ouvir também… quanto talento! Em seguida, Brian May tem seu momento solo de guitarra, no que também é um gênio, e baixou um pouco a temperatura da atmosfera, não assim, de uma forma ruim, mas um “reajuste” para o público, antes de mergulharem em…

“I Want To Break Free”! Uma música incrivel e as vozes de Adam e de Roger também se misturam muito bem nela. Adam canta esta música com bastante simplicidade e as guitarras e tudo soaram incríveis também. Ele então diz: “Eu quero ficar sexy”, antes de a banda ir para “Another One Bites The Dust”! Adam leva toda a multidão a ter alguma participação ao longo de toda essa música.

Lançada no meu ano de nascimento, 1984, a próxima é “Radio Ga Ga”. Espero que o público realmente mergulhem nesta faixa, se você não consegue com esta, então realmente você não pode mergulhar em nenhuma! Novamente Adam canta essa música muito lindamente e eu concordo que isso é a coisa certa a fazer, especialmente quanto a cantar longas faixas se você não quer que o público fique confuso, sem saber pra onde a música está indo. Todo o público batendo palmas, foi um momento muito bonito na transmissão ao vivo. Adam agora está trabalhando sob muito suor, com todas as centenas de luzes piscando ao redor dele, em Kiev.

Sim!!! Minha música favorita do Queen – “Somebody To Love” – Eu sempre sinto que essa música tem uma quantidade incrível de energia e paixão e Adam traz as duas coisas de sobra para a música, é uma peça mais teatral e realmente permite a Adam mostrar sua gama vocal nas partes mais profundas até os momentos em falsete – um dos destaques do show para mim. Diabos, as últimas notas dessa música também… que coisa incrível! A dancinha de Adam ao lado de Brian, também – “fofo”!

“Crazy Little Thing Called Love” é a próxima música no setlist, esta faixa sempre me parece que deveria ter sido gravada na década de 1950 e ele tem que se balançar com a sensação de que, na verdade ela foi lançada no final dos anos 70 no álbum “The Game” do Queen. Adam entra na sintonia da música agitando os punhos no ar um pouco mais forte a cada batida.

Uau, e um grito enorme do público (o maior que eu ouvi durante toda a noite) para “The Show Must Go On” – que foi escrita principalmente por Brian May para documentar a batalha de Freddie contra a AIDS e sua insistência de continuar se apresentando mesmo estando gravemente doente.

A banda questionou se Mercury poderia mesmo cantar a canção, porque na época ele mal podia caminhar, e Freddie, por ser Freddie, naturalmente, contestou isso. Ele nunca cantou a canção ao vivo com o Queen, mas ela foi lançada como single em 1991, apenas seis semanas antes de Freddie morrer. Elton John proveu os vocais para a faixa em 1992, quando foi apresentada pela primeira vez ao vivo em um concerto para Freddie – música incrível e vocais incríveis.

Adam então agradece ao público por toda a sua energia durante toda a noite antes de ir para “Bohemian Rhapsody”, isso de novo é feito como uma espécie de dueto entre Adam e Freddie Mercury com sua imagem de novo sendo mostrada nos telões da praça. Todos da banda saem do palco, enquanto a imagem icônica do vídeo para a música toca na tela… todos eles, em seguida, voltam para a terceira parte da canção. Adam se curva até aos pés de Brian na parte solo de guitarra!

No final da canção Adam joga alguns beijos para a plateia e toda a banda se curva em agradecimento.

Pequenas provocações! Depois de alguns minutos fora do palco, mas com as luzes deixadas para o retorno da banda para o “bis”, Roger diz à multidão que “eles estão sendo muito bacanas”, antes de começar “Tie Your Mother Down”, e mais recentemente, a banda apresentou esta canção com o “Foo Fighters” e ela também serviu como sua música de abertura de concertos por um longo tempo. Devo acrescentar que Adam não voltou para o bis.

E Adam está de volta para cantar “We Will Rock You” – não posso acreditar que eu esqueci essa faixa, eu estava só pensando o que mais eles iriam cantar! Eles, então, dão as boas-vindas, para o que eu presumo, seja um cantor local, ao palco para cantar o refrão… serei honesto, ele não é tão bom! Eu pensei que estava cantando em um idioma diferente, mas eu acho que era apenas o sotaque! Embora seja muito bom para as relações do mundo! Eu só peguei o primeiro nome dele, que era “Victor”! Correção – Romanchenko é o seu sobrenome!

Em seguida, o “bis” vai para “We Are The Champions”. O Queen tem um incrível catálogo de músicas, não tem? Esta canção também se liga ao torneio de futebol na Ucrânia, cujo final será amanhã. Isto marca a sua última música e a finalização do show com alguns fogos de artifício, e até mesmo os políticos estão fazendo “sinais de rock” no ar!

Conclusão – reserve os seus ingressos para ver Adam Lambert e Queen agora – eles produziram um conjunto de músicas muito profissional, mas, além de tudo, com momentos mágicos de homenagens a Freddie. Se você não pode vê-los ao vivo, então vamos todos rezar para a liberação do DVD!

Fonte: PopLedge

Tradução: Graça Vilar

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