Pressparty Entrevista Tommy Joe Ratliff

Tommy Joe Ratliff – guitarrista da banda de Adam Lambert – conversa com a Pressparty sobre seus ”incríveis” fãs, sua jornada com Adam Lambert e os pontos altos de sua carreira até o momento.

1. Você originalmente fez teste para a banda de Adam Lambert como guitarrista, mas se juntou ao grupo como baixista e agora está de volta a guitarra. O que você citaria como suas principais influências musicais e como você conseguiu incorporá-las no seu atual trabalho com Adam Lambert? Existe algum álbum ou música em particular que tenha mudado sua vida ou o que você pensa sobre música?
Para ser honesto, eu sempre fui guitarrista. Levou um tempo para que eu me aperfeiçoasse no baixo, mesmo porque eu uso palheta e sou um guitarrista tocando baixo (o que realmente chateou muitos baixistas tradicionais haha!) Minhas influências para o baixo foram Twiggy Ramirez, Simon Gallup e Cliff Burton. O primeiro álbum de Adam ”For Your Entertainment” foi uma espécie de homenagem dele ao glam rock. Então meu estilo de baixo funcionou bem para os shows ao vivo. Voltar a tocar guitarra tem sido muito divertido pra mim. Minhas principais influências na guitarra sempre foram Jimi Hendrix, SRV, Slash, Kirk Hammett e é claro, Prince. Quando eu ouvi as músicas pela primeira vez, eu sabia que iria ser MUITO divertido tocá-las ao vivo e eu já tinha algumas ideias logo de cara. É difícil dizer qual é minha música favorita, porque são tantos estilos diferentes no álbum e são todos muito divertidos de tocar e pensar em partes de guitarra para encaixar ao vivo.

2. Qual sua música favorita para tocar ao vivo e por quê? Você já encontrou uma favorita de ”Trespassing”?
Eu adoro a sonoridade sombria dos anos 90 e são incríveis de se tocar ao vivo. Mas poder tocar estas músicas com um pouco mais de funk nelas é realmente empolgante. É muito bom estar conectado com todo mundo no palco e tocar todas essas músicas. Se eu TIVESSE que escolher uma favorita, eu diria que ”Shady”, ”Trespassing” & ”Kinkin’ In” são minhas preferidas para tocar.

3. Ter Nile Rodgers contribuindo para ”Trespassing” deve ter sido muito inspirador como guitarrista e músico, você já teve a oportunidade de encontrá-lo ou trabalhar diretamente com ele?
Eu o conheci via Twitter e temos trocado muitas mensagens, falando sobre nos encontrar e tocar juntos, o que eu realmente estou ansioso para que aconteça algum dia desses. Eu venho de uma base de blues, então sempre houve funk no meu jeito de tocar guitarra. Mas ninguém toca tão bem como ele haha! Eu estou muito empolgado para ver o que eu poderei aprender com ele. Sem falar que ele parece ser um cara muito legal.

4. Agora que “Trespassing” foi lançado nos EUA e já tem seu lançamento marcado para Julho no Reino Unido, o que você espera que esta nova era irá trazer? O álbum tem muito a dizer em suas letras (ele levanta a questão do casamento gay na comovente música, ”Outlaws Of Love”) e sua recente aparição em primeiro lugar na parada da Billboard 200 dos EUA fez de Lambert o primeiro artista assumidamente gay a chegar ao topo da parada de álbuns – você acha que isso representa uma mudança nas atitudes e conscientização de tais questões?
Tenho certeza de que este álbum irá tornar a base de fãs de Adam dez vezes maior do que ela já é. Ele realmente trabalhou muito na criação de ”Trespassing” e eu estou muito orgulhoso dele. Ele fez tudo em seu próprio ritmo e agora ele pode nos presentear com esse álbum incrível. ”Outlaws Of Love” é uma música linda, é definitivamente um melodrama romântico e muitas pessoas se identificam com ela. Eu acho que ela tem uma mensagem muito forte e eu fico feliz que ela esteja sendo ouvida agora.

5. Com a última pergunta em mente, no passado você falou sobre os padrões dúbios, o que significa que está tudo bem para as mulheres expressarem sua sexualidade (o beijo de Britney e Madonna e Katy Perry cantando sobre beijar garotas), mas não para os homens (a chocante reação ao beijo entre você e Adam no AMA de 2010).
Sim, foi uma performance arriscada, tendo em vista o título da música e álbum haha! Eu acredito que é por isso que as pessoas vão se identificar bem com ”Trespassing”, porque ele tem um pouco de tudo. Muitas das músicas são sobre se divertir com seus amigos e ser meio louco, algumas são sombrias e sobre ter que passar por períodos difíceis, mostrando as pessoas que elas não estão sozinhas.

6. Você já se apresentou na frente de milhares de pessoas, chocou o mundo com aquele beijo, e está desfrutando uma carreira como um músico de sucesso com uma voz que as pessoas escutam, mas o que você classificaria como o momento que definiu sua carreira de hoje.
Existem tantos, que eu nem saberia o que dizer. Tocar em todos os shows de TV, tocar no palco com meus amigos e fazer tudo isso como forma de ganhar a vida tem sido simplesmente surreal. Eu nunca deixo de agradecer por esses momentos, eu nunca vou esquecer o dia em que eu pude largar meu emprego no segundo seguinte que descobri que tinha sido contratado para esta banda… foi glorioso haha! Eu não fazia ideia de que iria ser essa viagem tão louca!

7. Seus fãs são incrivelmente apaixonados e dedicados. Você já teve algum encontro maluco que você gostaria de dividir? Ou alguns particularmente inesquecíveis?
A primeira vez que me pediram um autógrafo e uma foto foi alucinante. Eu disse, ”você quer uma foto minha?” Os fãs de Adam têm sido inacreditavelmente fantásticos comigo. É muito bom saber que as pessoas te respeitam e te amam porque você faz música.

8. Como tem progredido seu relacionamento com Adam Lambert? Você já havia explicado anteriormente que vocês são unidos como irmãos? Desde que você começou na banda? Vocês obviamente têm química e como grupo musical todos parecem bem ligados, como isso afeta a dinâmica quando se apresentam e fazem turnê juntos?
Desde que eu fiz o teste, nós nos conectamos. Nós falamos de música e filmes e nos tornamos muito amigos, e ficamos ainda mais íntimos no curso destes últimos anos. Nós temos muito em comum e nenhum de nós tem medo de dizer o que estamos pensando. Ambos somos bem abertos com todos, o que provavelmente é a razão de não brigarmos ou nem mesmo discutirmos. Temos tocado juntos por um bom tempo agora! Eu gosto porque me sinto realmente confortável. Ele é um grande artista e nós dois gostamos de fazer um bom show. Mas, eu acredito que sermos amigos definitivamente ajuda com a química no palco porque se você sabe com quem está brincando, fica mais divertido. Todos nós da banda somos como uma família então nós cuidamos uns dos outros e morremos de rir às vezes, porque meio que sabemos o que o outro está pensando.

Fonte: Pressparty

Tradução: Glória Conde

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