Q&A com Adam Lambert nos Estúdios da Billboard – 14/05 – Parte 3

Na 3ª parte, Adam fala dos problemas da comunidade LGBT, Freddie Mercury & Michael Jackson:

Todas as músicas do álbum lhe são próximas, principalmente aquelas que foram escritas por ele. Mas “Outlaws Of Love” tem um significado especial. A música fala sobre todo o tipo de ignorância e discriminação que a comunidade LGBT sofre. Adam, estando tão exposto, lida muito frequentemente com este problema, tendo sorte mesmo assim, ao contrário de outros membros anônimos da comunidade, que sofrem muito mais. A sociedade, principalmente nos EUA, tem tendência a não ser mente aberta neste campo. O que ele pretende com a música é denunciar e fazer com que as pessoas tenham informação daquilo que se passa fora da nossa vista. Espera, também, poder inspirar jovens adolescentes a serem quem são. Adam se vê muitas vezes, nas entrevistas, confrontado com perguntas em relação à sua sexualidade, que mesmo não sendo as únicas, os artigos que muitas vezes publicam são apenas baseados no fato de ser gay, eles preferem publicar sobre este assunto do que sobre a sua música. Ele não pode dizer que não quer falar no assunto, até porque não é verdade, ele não se importa de fazê-lo desde que haja um equilíbrio entre as duas coisas, a sua vida pessoal e a profissional. Teve já muitas experiências positivas de pessoas que lhe disseram que os fez pensar de maneira diferente ou jovens que tiveram a coragem para falar com os pais. A música transmite muito mais a sensação daquilo que ele e a comunidade gay sentem do que se fosse apenas dito em palavras.

O entrevistador diz que o pior nestas entrevistas é conseguir ler todos os tweets, Adam diz que sabe o que é isso.

Pergunta: “Que outros sonhos você tinha além de ser os de se tornar cantor e compositor?”
Adam: A composição foi tardia para mim. Eu sempre sonhei que queria ser um artista. Quando era criança andava sempre a me fantasiar, criava coisas, histórias inventadas, brincadeiras, fatos, sempre fui assim.

Pergunta: “Se você pudesse ser uma estrela da pop já falecida, qual seria?”
Adam: Freddie [Mercury] ou Michael Jackson. Ambos foram tão icônicos e tão singulares naquilo que faziam, que até acho que tem algo em comum naquilo que alcançaram. Consigo me identificar com a forma com que eles criavam a sua música com as suas vozes. Foram ambos muito salientes e faziam a música como queriam, e eram o artista que queriam ser. Eles nos juntavams [gêneros musicais] todos. Era como se dissessem “esta é uma música boa, vou cantá-la assim. Não me interessa o gênero dela.”

Me falam de um holograma do Freddie Mercury, ao que Adam diz que é uma “ilusão visual”. Ele recebeu um email do Brian May a dizê-lo e aconteceu no dia da entrevista, mas nada mais sabe.

Pergunta: “Qual foi a primeira coisa que você comprou com o teu primeiro ordenado?”
Adam: Acho que paguei muitas taxas com ele. Antes do “Idol” eu estava vivendo num pequeno apartamento em Hollywood. Era pequeno, então decidi alugar uma casa. Foi uma transição. Me senti bem. Foi solitário e estranho. Eu começava a convidar pessoas, “Quer ficar esta semana?” e a fazer festas.

Pergunta: “Quando é que você conheceu a Katy Perry e se tornaram bons amigos?”
Adam: Não de forma negativa, mas não somos bons amigos, não somos muito chegados. Nos encontramos em algumas ocasiões. Respeito-a muito, é uma excelente artista, uma boa compositora e navega por entre as estrelas da pop com classe. Respeito a forma com que ela o faz. Temos alguns amigos comuns, e anos antes de ela se tornar famosa, nos conhecemos ocasionalmente. Não estou sempre em contato com ela, a vejo aqui e ali.

Existe uma grande ilusão, pois as pessoas pensam que ao verem uma foto de duas pessoas famosas elas são logo amigas. Adam pensava que seria assim quando saiu do “American Idol”. Os eventos como os Grammy não são tão aptos à socialização como se pensa, pode-se ter algum tempo nas after-party, mas é difícil, pois há pessoas que só se aproximam dele por interesse.
Adam desenvolveu uma amizade com Bonnie McKee, que é uma grande artista e vai lançar agora um álbum que ele está ansioso por ouvir.

Pergunta: “Está pensando em fazer mais tatuagens? Se sim, o que seriam?”
Adam: Quando souber o que serão eu digo. Quero mais, mas é uma decisão importante, é permanente. Quero encontrar algo que adore mesmo. Quando encontrar algo que goste mesmo, vou deixá-la marinar durante um tempo para ter a certeza que não é só um desejo temporário. Esta é uma chave, foi um amigo que a pintou e gostei do design. A cabeça de chave é como que a de um esqueleto e tem algo da era vitoriana.

Fontes: Adamtopia e Billboard

Tradução: Kady Freilitz

Compartilhar
Share

Nenhum Comentário

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *