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21jun2012
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Entrevista com Marta Grzywacz da Rádio RMF FM (Polônia), Londres – 17/06
A jornalista Marta Grzywacz da Rádio RMF FM – a maior rádio da Polônia – conversou com Adam Lambert, Brian May e Roger Taylor, durante um ensaio em Londres. Confira a seguir como foi a entrevista com Adam:
Considerada uma das bandas mais importantes da história da música, compositores de hits inesquecíveis – a banda Queen. Depois de uma pausa de muito anos, eles retornam aos palcos com um novo vocalista. Marta Grzywacz conversou com os membros do grupo e seu novo vocalista Adam Lambert sobre o novo show deles em Julho. Confira a entrevista com Adam:
Marta: Como você se sente ao lado de uma lenda da música como a banda Queen?
Adam: A atmosfera criada por Brian e Roger é extremamente calorosa, eles são muito naturais, normais,
mais ainda pelo fato de estarem cantando as músicas criadas por eles mesmos e que o público ainda quer ouvir. Ninguém tem um grande ego. Você pode apenas ser você mesmo com Brian e Roger e isso é ótimo.Marta: Você é bem mais novo que eles, você não ficou um pouco assustado?
Adam: Não, eu não fiquei assustado. Se houvesse qualquer medo entre nós, então nossa música, que estamos criando juntos, não soaria bem. Freddie era corajoso, forte e isso me inspira. Claro, eu estou honrado de que eu possa estar com eles e estou ciente do grande legado que estou lidando. Mas sabe a minha opinião sobre isso? – nós temos várias músicas ótimas para tocar e nós vamos nos divertir tocando-as.Marta: Como foi seu primeiro encontro com Brian e Roger?
Adam: Nosso primeiro encontro aconteceu durante a edição final do “American Idol” em 2009. Mas foi tanta coisa acontecendo desde então, que eu nem sequer tive tempo para pensar: Nossa! Eu estou no palco com a banda Queen! Aquilo não me tocou, mesmo sabendo que era um grande momento. No entanto, eu me lembro como Brian veio até mim e disse: Sabe de uma coisa? Eu acordei esta manhã, olhei para o sol nascendo e pensei: como é maravilhoso estar vivo! E eu pensei: Que cara incrível! Ele tem uma energia incomum e positiva! Tivemos uma apresentação incrível juntos, e soubemos imediatamente que seria divertido trabalhar juntos no futuro.Marta: O que é mais importante para você agora? A sua carreira solo ou a banda?
Adam: Estar no palco com eles é uma grande honra para mim, o que dá um brilho a minha carreira, mas eu comecei a gravar porque eu tinha minhas próprias idéias para a música. Tocar com o Queen é uma honra e eu espero que não estamos a fazer isto pela última vez, mas eu estou colocando o meu segundo álbum “Trepassing” em primeiro lugar.Marta: Que acabou de ser lançado na Polônia. Que tipo de álbum é?
Adam: É pop, mas com a energia do rock n’ roll. Tem também funk, dance e baladas, músicas com uma batida mais lenta, mais temperamental, mais profunda. Este álbum mostra ambos os lados da minha personalidade. Minha alegria pela vida, rebeldia, e a distância da qual tenho de mim mesmo. Talvez, graças a essas pessoas eu entenderei quem eu sou e o que me move. Afinal, esses sentimentos se aplicam a todos nós. Todos nós temos dias bons e ruins, quando estamos nos divertindo, quando estamos juntos e quando estamos tendo um momento difícil. Estou muito contente que você possa encontrar uma gama completa de emoções neste álbum.Marta: Você realmente é um rebelde?
Adam: Às vezes, sim. Às vezes eu sou muito rebelde. Mas eu lhe digo: um rebelde com um sorriso. Eu não sou um idiota, respeito as pessoas, tenho uma atitude amistosa para com eles, eu sou legal, mas eu não deixo as pessoas passarem por cima. E eu realmente gosto de quebrar regras.Marta: Você acha que tem algo em comum com Freddie?
Adam: Uma teatralidade cativante, ele também não tinha preocupações sobre chegar ao topo, ele amava canções melódicas e amava cantar. Há diferenças também, mas quando eu assisto às performances de Freddie eu sinto uma afinidade entre nós na forma como lidamos com a música, na maneira como ele abordou seus próprios desempenhos no palco. É difícil falar sobre isso, eu não posso ser objetivo sobre o assunto, mas eu, sem dúvida, me espelho em Freddie como um artista.Marta: Eu sei que você falou abertamente sobre ser homossexual. Você tem namorado?
Adam: Sim, meu namorado e eu estamos juntos há um ano e meio. Ele é da Finlândia.Marta: Ele mora com você em Los Angeles?
Adam: Sim, estamos morando juntos em Los Angeles por um ano, e agora ele veio comigo para Londres. Estamos muito felizes com esse relacionamento e estamos felizes juntos.Marta: Ele também é músico?
Adam: Não, ele é um uma estrela de “reality show”. Em 2007, ele ganhou o Big Brother Finlandês e nos conhecemos três anos mais tarde, quando eu estava lá com a minha turnê. Foi amor à primeira vista.Marta: Você fala sobre sua orientação sexual bravamente, outros não fazem isso.
Adam: Eu já completei 30 anos e eu não tenho tempo para ter medo do que os outros pensam. Não é problema meu. Eu me preocupo com a minha própria felicidade. Eu quero ser honesto, eu quero ser eu mesmo. Quando eu parei de fazer apresentações em teatro, onde eu poderia representar qualquer papel, e eu comecei a representar a música da cena com o meu próprio jeito, eu estava muito animado.Marta: E seus pais aceitaram isso?
Adam: Sim, eles são ótimos. Nesse aspecto, eu tive uma educação confortável. Meus pais me aceitaram e ser gay no mundo da arte não é tão difícil, embora eu entenda que pode ser duro para alguns.Marta: Seus pais não se preocupam em você não ter filhos?
Adam: Eu posso ter filhos. Eu posso adotar e há mães de aluguel. Além disso, posso fazer um bebê. Eu posso fazer tudo.Marta: Você diz: educação confortável. Isso significa que você teve uma infância feliz em San Diego?
Adam: Minha infância foi maravilhosa. Eu tenho um irmão que é dois anos mais novo e meus pais são incríveis. Quando eu nasci, eles eram jovens e descontraídos.Marta: Seus pais eram músicos?
Adam: Fãs de música. Meu pai era um DJ na faculdade e tinha uma coleção enorme de discos de vinil e minha mãe sabia as letras de todas as músicas que tocavam na época. Meu irmão toca piano, porque tínhamos um piano em casa. Aos 10 anos de idade, comecei a me envolver com teatro musical. Meus pais realmente me encorajaram a experimentar diferentes tipos de atividades, incluindo esportes, mas eu não gostei muito. No momento em que me tornei interessado em música, eu achei que esta era a coisa que eu poderia finalmente ser bom. Assim, desde cedo eu estava envolvido com música.Marta: Você estudou?
Adam: Bem, eu comecei meus estudos, mas quando fui para a universidade, fiquei lá por apenas 5 semanas, e então desisti.Marta: Qual curso você parou?
Adam: Teatro. Cheguei à conclusão de que alguém como eu iria aprender mais a partir da experiência da vida real do que em uma sala de aula. Preferi fazer e aprender esta profissão por conta própria.Marta: Você deve ter sido as costas largas…
Adam: Sim, mas eu só consegui aprender isso através de experiência de vida real. Eu tive que mergulhar de cabeça, começar a sentir rejeição, ouvir um “não” e entender o quão difícil é nesta profissão. Isso me tornou um artista e uma pessoa mais forte.Marta: E você está de bem com a crítica?
Adam: Nesta fase da vida? Você está brincando? Claro! Estou acostumado com isso. Eu ouço coisas horríveis sobre mim o tempo todo. Eu aceito isso como qualquer outra coisa da vida.
Fontes: gelly14/Adamtopia, Rádio RMF FM e @HellOnHighHeels
Tradução Polonês/Inglês: @HellOnHighHeels
Tradução Inglês/Português: Kátia Emmanuelle
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