AOL: Adam Lambert Sessions (Entrevista)

Adam Lambert gravou o seu segundo AOL Sessions no final de Abril, conforme publicamos aqui. Já divulgamos os vídeos, as fotos e os bastidores da gravação. Confira abaixo um vídeo da entrevista com pequenos trechos e a seguir a entrevista completa:

Adam Lambert Sessions: O Lado Obscuro de Glambert, Planos de Paternidade e ”Trespassing”

Em 15 de Maio, Adam Lambert retornou com Trespassing, seu tão longamente aguardado segundo álbum. O álbum apresenta o premiado do ”American Idol” como um homem de probabilidades, a primeira metade é composta de hinos inspirados na sonoridade eletrônica, seguida por uma pincelada do lado obscuro de Glambert, uma série de baladas carregadas de emoção, marcando uma separação do glam-rock decadente que ganhou os fãs durante sua passagem pelo ”Idol”.

Lambert recentemente visitou os estúdios do AOL Music de Los Angeles, onde ele apresentou uma seleção de músicas do seu novo álbum, mostrando seu espantoso alcance, enquanto trocava piadas com sua banda. Depois de sua apaixonante performance, nós conversamos com Adam sobre sua incrível jornada desde os tempos de concorrente ”Idol” até seu status de ícone pop, passando por tudo, desde o relacionamento com seu namorado Sauli Koskinen e seus planos de paternidade, até a inspiração que ele recebeu de sua leal base de fãs. Lambert também revelou detalhes sobre o ”lado obscuro” de Trespassing… o lado que ele anteriormente manteve escondido de seus fãs.

Nos conte um pouco sobre o título do álbum e como você chegou a esse nome. Você se sente como um transgressor?
Sim, o título do álbum é Trespassing, é a faixa-título porque, para mim, a música ”Trespassing,” é como uma declaração. Eu escrevi a música com Pharrell Williams, que é um incrível, ótimo produtor pop, e eu senti que a letra da música resumia o que eu sou como artista e como pessoa. Eu me sinto um pouco como um transgressor, mas não no sentido literal, porque eu acho que não invadi nenhuma propriedade recentemente. Num nível mais figurativo, eu sinto que sou bem diferente do que um cara comum. Eu sou bem excêntrico, e no que diz respeito a indústria da música, eu meio que me sinto um estrangeiro. Existem vezes em que eu sinto que estou abrindo novos caminhos, meio que por invasão. Eu espero que este álbum permita que as pessoas vejam esse rebelde.

Como foi trabalhar com Pharrell? É uma combinação interessante.
Eu estava trabalhando com a minha gravadora nesse álbum, e quando nós começamos ele ia mais ou menos na mesma direção daquilo que eu já havia feito, e eu não estava me sentindo inspirado com isso. E eu disse, quando eu escuto certas músicas funk no meu estúdio, elas me deixam de bom humor. Me deixa com vontade de dançar, me faz sorrir. Eu me dei conta de que eu queria fazer música de alto astral, e nós começamos a conversar com alguns produtores e mencionar alguns nomes, e Pharrell surgiu e eu pensei, ”Wow, se ele trabalhasse comigo, seria totalmente emocionante.” Eles confirmaram, eu cheguei no estúdio e pensei ”Eu não sou maneiro o suficiente pra estar aqui, este cara é o mais maneiro de todos.” Ele deu forma ao pop e ao hip hop na última década e eu me senti um pouco intimidado. O que foi legal é que, depois de chegar no estúdio, sentar e conversar com ele, nós nos conectamos num nível intelectual. Ele é tão inteligente e vê o cenário como um todo. Nós conversamos sobre a indústria da música, sobre a vida, sobre identidade e uma das principais coisas que nós conversamos, o que meio deu um empurrãozinho na música ”Trespassing”, foi os diferentes tipos de discriminação, tentar se encaixar no mundo e encontrar seu próprio caminho. Eu acredito que é sobre isso que ”Trespassing” realmente fala. É sobre dizer ”Eu sei que posso não ser bem vindo aqui, eu sei que sou diferente e eu sei que você está dizendo ”fique de fora”, mas eu não vou deixar que isso me impeça. Eu vou fazer o que o meu coração está mandando e vou fazer com muito orgulho.”

Obviamente muitas coisas boas aconteceram com você no decorrer do último ano, você tem um relacionamento amoroso e um álbum a caminho, mas você mencionou que você tem um lado obscuro, ou meio obscuro no álbum. De onde veio isso?
Eu acredito que todos temos altos e baixos. Todo mundo têm seus dias bons e seus dias ruins e todos temos aquela vozinha na nossa cabeça – ou talvez eu esteja só falando de mim mesmo! Talvez eu tenha vozes dentro da minha cabeça e as outras pessoas não tenham, mas você tem qualidades e tendências que provavelmente são um pouco masoquistas. Todos fazemos e dizemos coisas a nós mesmos que não são saudáveis. Talvez sejamos duros com nosso próprio corpo ou talvez nos auto-sabotamos ou talvez estamos fazendo algo errado, e então temos nossos dias bons, ou um lado mais pra cima. Então eu acredito que o álbum mostra os dois lados disso. Eu estou feliz agora, estou empolgado de estar trabalhando e fazendo música, estou empolgado por estar num relacionamento, mas eu acho que no passado, eu passei por momentos em que eu estava solitário e não tinha muito experiência sobre namoros [risos]. Eu não era muito bem sucedido. Eu continuava indo atrás do tipo errado de pessoas e então eu escrevi sobre isso no álbum.

Interessante. Então como estar em um relacionamento sério mudou a sua música?
Eu acho que há um certo balanço que vem de um relacionamento estável, e isto é bom. Quando você não tem sérias e longas experiências, você não percebe o que está perdendo. Tive bons momentos quando estava solteiro, e eu encontrei muita força e coragem nisso, e individualidade, fazendo minhas próprias coisas sendo eu mesmo. Isto foi realmente importante para que eu seguisse adiante, mas agora estou numa posição na qual eu posso oferecer algo a alguém, por causa daquela época. Então agora eu sinto que há este balanço; eu tenho a mim e todas as coisas as quais eu tenho trabalhado e a minha identidade, e agora eu posso ser parte de um casal, e é uma coisa bonita. Eu acho que no fundo todos meio que queremos isso. Talvez não todo o tempo, talvez não para a vida toda, mas todos nós queremos companheirismo.

Você acha que algum dia você gostaria de adotar ou ter filhos?
Eu não sei. Com certeza eu sinto que eu deveria ter esse direito, se eu o quisesse. Eu acho que crianças são incríveis. Eu não tive muitas crianças por perto enquanto estava crescendo – além de mim e do meu irmão – e eu nunca tive muitos bebês por perto até recentemente. Eu tenho um afilhado. Dois ótimos amigos meus têm um bebê, e ele é incrível, e assisti-lo desde o nascimento até agora – ele ainda é uma criança que está começando a andar – é incrível. É incrível. É incrível assistir uma criança crescer e ver as coisas através dos olhos deles, quero dizer, é muito fácil e simples para eles, e é inspirador. Meio que faz você lembrar, sabe o quê, realmente não é tão profundo. A vida pode ter esse tipo de beleza, ser surreal como uma experiência de novela, se você quiser. E é uma coisa linda assistir uma criança passar por isso.

Isso é maravilhoso. Nós estamos fazendo um ensaio onde perguntamos aos fãs sobre sua música e como ela impactou suas vidas. Existe algum artista em particular que o inspirou?
Eu cresci ouvindo Michael Jackson e Madonna. Estes eram como meu rei e minha rainha quando eu era um garoto. Esta era a realeza do pop, e então mais tarde eu descobri Prince e Freddie Mercury, estes quatro eram os meus favoritos. Prince, Freddie Mercury, Michael Jackson e Madonna. É um bom grupo, a corte real da música pop.

Então, como é se apresentar com o Queen, e a que você atribui a química entre vocês?
Eu estou muito empolgado. Eu conheci os membros do Queen na final do ”Idol” alguns anos atrás. Eu sempre amei o Queen e quando eu descobri sobre Freddie Mercury e escutei seus álbuns pela primeira vez, da coleção de vinil do meu pai, eu pensei ”O que é isso?” Porque eu sempre gostei muito de musicais e existe uma mistura, é rock, mas também é muito teatral. Uma ideia surgiu na minha cabeça e eu pensei, ”Oh, então é assim que o rock n’ roll pode ser.” Então eu encontrei os membros do Queen alguns anos atrás na final do”Idol”, e então no verão passado eles me convidaram para cantar no European Music Awards, e foi uma experiência linda. Foi muito natural e eu me senti muito honrado com o convite deles, e pelo fato deles acharem que eu daria conta do recado. Tem sido interessante porque existem alguns puristas por aí que dizem, ”só existe um único Freddie Mercury,” e eu sei disso [risos]. Eu concordo. Eu só estou empolgado em prestar uma homenagem à sua memória e às composições dele, e esperamos que nós possamos reviver as suas músicas para os fãs.

Seus fãs no Twitter são de longe os mais legais com os quais nos deparamos. Toda vez que mencionamos seu nome ele retwittan mais do que qualquer pessoa que mencionamos. A que você atribui isso? Você sabe?
Não, eu não sei. Eu tenho fãs incríveis e eles são realmente apaixonados e super envolvidos e eu sou muito sortudo. Isso é o que você quer quando está fazendo arte e você é um músico, você quer ter pessoas que se interessem pelo que você faz. Fazer este álbum foi definitivamente inspirado por muitos dos desejos da base de fãs, sabe… Eu vi a reação deles a certas músicas quando eu estava em turnê, quais músicas os colocavam pra dançar, quais músicas os tocavam, e quando eu estava montando este álbum eu, de uma certa forma, quis seguir este caminho. Tendo conhecido meus fãs no transcurso dos últimos anos deu originou o novo material.

Um fã do Twitter quer saber como você se sente com relação ao apelido ”Glambert”. Se você pudesse inventar um outro apelido você mesmo, qual seria?
Eu gosto do nome Glambert, quer dizer, ele combina, eu acredito. Soa como meu nome [risos]. Eu gosto de glam rock. Eu sei lá, eu não acho que escolheria outro apelido. Sempre me chamaram pelo meu nome, Adam, eu nunca tive um apelido quando era criança, então aí está.

Outro fã gostaria de saber sobre seu encontro ideal. Sair ou ficar em casa?
Sabe, eu adoro ir a um bom restaurante. Eu adoro boa comida e o ambiente de um bom e romântico restaurante, mas eu também me tornei um cara bem caseiro. Então, eu acho que minha noite ideal seria ir a um bom restaurante, tomar um pouco de vinho, uma sobremesa e então ir pra casa.

Por último, um fã quer saber um pouco sobre a música ”Underneath” do novo álbum.
Oh, ”Underneath” é provavelmente uma das músicas mais vulneráveis do álbum. Trespassing tem dois lados; um lado é bem pra cima, divertido, funky com muita atitude, balanço e sensação de poder, e então existe o outro lado do álbum que divaga sobre o que está por baixo da superfície. “Underneath” é a música que mostra o ápice disso. Ela fala sobre como às vezes, mesmo que meu rosto pareça bem, ou que aparentemente eu esteja feliz e confiante, o que acontece por baixo dos panos pode não ser o mesmo. Quer dizer, todos nós temos demônios com os quais travamos batalhas, todos temos problemas e ”bagagem” e a música fala disso de uma forma bem direta.

Fontes: Adamholic e AOL Sessions

Tradução: Glória Conde

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3 Comments

  1. Adoro as entrevistas do Adam!!
    Como não ser fã?

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  2. Aaaahhh muito lindo o Adam falando da gente, né? E eu sei que ele faz muita coisa pensando nos Glamberts!!! Sempre fofinho, ow!!! <3

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  3. Aaaaahhhh , muito lindinho o Adam falando da gente né? Ele faz mesmo muita coisa apensando nos Glamberts!!! Que fofinho, ow!!! <3

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