Q&A com Adam Lambert nos Estúdios da Billboard – 14/05 – Parte 1

Em Maio, Adam Lambert conversou com a Billboard sobre seu novo álbum “Trespassing” e respondeu a algumas perguntas dos fãs. Nesta 1ª parte, Adam fala sobre “For Your Entertainment” X “Trespassing”:

Eles dão os parabéns ao Adam, pois os fãs estão a receber o álbum muito bem em todo o mundo. Pede-lhe que fale do processo de gravação de “Trespassing” e as diferenças em relação ao álbum anterior.

“For Your Entertainment” foi feito muito rapidamente, quase não teve tempo para pensar, agarraram num conjunto de músicas e as gravaram. Neste álbum, teve mais tempo, pode trabalhar com variados produtores e criar uma teia de ligação entre as músicas e perceber qual era o som a que queria que ele soasse. Em adição, teve tempo para tocar as músicas, em versão demo para os amigos e ouvir as suas reações. O álbum é disco/funk/dance da atualidade. Na segunda metade do álbum há baladas mais emocionais e midtempo. A forma de cantar dos cantores rock continua presente no álbum, mas com mais groove. Após o tempo em que andou em turnê e conheceu os fãs percebeu que o objetivo não era mostrar aquilo que era capaz, mas cantar aquilo que o fazia sentir bem. “Nesse campo acho que cresci um pouco como músico e cantor”.

Enumera aquilo que ele fez como produtor executivo, sobrevisionou tudo, mas teve sempre a sua gravadora e mais algumas pessoas a trabalhar com ele. A parte gráfica do álbum foi feita com a ajuda de um amigo que trabalha numa indústria gráfica e que lhe tem tirado fotos ao longo dos últimos anos [Lee Cherry].

Quando começou a escrever para o álbum o objetivo era ir para uma onda mais obscura, porque era assim que se sentia na época e queria ir na direção oposta ao que foi feito em “For Your Entertainment”. Mas ao tocá-las para os amigos. percebeu que não resultavam e que o que queria era algo mais dance e funk. Foi assim que chegou ao Pharrel Williams com quem trabalhou. Gostou de trabalhar novamente com Dr. Luke, este já tinha produzido a música “For Your Entertainment”. É uma pessoa acessível e a maneira como ele faz com que uma música fique no ouvido lhe agradou.

Entrevistador: Você é um artista visual, o teu estilo, a tua imagem têm sempre sido uma peça presente no teu puzzle. Quando você está criando músicas, está ao mesmo tempo a pensar nos vídeos e nas atuações em palco e em como vai traduzir isso para um cenário visual? Ou mantém as duas coisas separadas?
Adam: Sim, quer dizer, depende da música. Há músicas neste álbum que tive imediatamente a imagem de como a atuação seria. Por exemplo, a “Cuckoo”, há tantas referências literais na letra que me consigo imaginar a representá-las em palco. Uma terapia de choques elétricos, uma camisa de forças ou caminhar sem se importar com mais nada. Vou caminhar assim em palco. Vejo coisas literais. E parte do desafio é pegar numa música em que não tenha uma interpretação literal em mente e que consiga fazer algo à mesma. O que gosto nos videos, como o que já filmei, “Better Than I Know Myself”, e o novo “Never Close Our Eyes” é que têm um conceito muito perceptível mas vou tentar mudar-lhe o sentido. Adoro fazer isso enquanto artista. É um desafio interessante, faz as pessoas pensarem.

Fontes: Adamtopia e Billboard

Tradução: Kady Freilitz

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