Washington Post: Entrevista com Adam Lambert Por The Associated Presss

Adam Lambert não vem do American Idol nem de uma forte performance no American Music Awards, nem está a declarar a sua sexualidade na revista Rolling Stones ou a posar com um modelo nua na revista Details.

O rockeiro glam de 30 anos não se importa com a falta de tempestade da comunicação com o lançamento de terça (15) do seu segundo álbum: Ele lança o elemento de surpresa.

Adam espera conseguir isso com “Trespassing”, no qual ele fez parceria com Bruno Mars, Pharrel Williams e Dr. Luke. É o seguidor de “For Your Entertainment” que foi alcançou o 3º lugar no Top Billboard em 2009, o mesmo ano em que ele acabou em segundo no concurso do Idol.

“Eu tive tempo para fazer este álbum”, diz Adam que co-escreveu muitas das músicas de “Trespassing” e serviu como produtor executivo. “Eu sinto que sonoramente, liricamente e emocionalmente, este álbum é uma surpresa para as pessoas – e para mim mesmo”.

“Trespassing” está igualmente dividido entre músicas de ritmos pop preparados para as discotecas e uma coleção de melancólicas melodias para mostrar as acrobacias vocais que fizeram de Adam um favorito na oitava temporada do Idol. Durante uma recente entrevista com o The Associated Press, Adam lembrou-se da sua vida depois do programa.

AP: Como é que tem sido para você o ano passado depois do turbilhão do “Idol” ter diminuído?
Adam: Naquele tempo, eu apaixonei-me (pelo vencedor do “Big Brother” finlandês Sauli Koskinen), o que é fantástico. Eu tenho uma relação maravilhosa. Eu também passei muito tempo com amigos e família. Durante o ano passado, para além de tirar algum tempo para escrever e gravar o álbum, tive muito tempo livre, o que tem sido muito bom para ter uma vida real outra vez – pelo menos parece real – e acho que melhorou mesmo o meu processo de escrita e experiência ao fazer o álbum. Eu estava a escrever de um local com um pouco mais de perspectiva.

AP: Como é que isso afetou o teu processo criativo?
Adam: Voltar para a vida real foi um pequeno choque. Você tem quase de descomprimir, e eu tinha tido algumas situações românticas mal resolvidas, e estava um pouco cansado e me sentindo usado, então no principio do processo de escrita, havia um lado obscuro no qual estava a trabalhar, o que é fantástico. Foi verdadeiro. Foi visceral. Aí, eu entrei numa relação, comecei a relaxar e a ter mais tempo para mim e para os meus amigos e queria voltar a sair – compras, redescobrir cultura e vida.

AP: Como é que tem sido namorar para você, sendo que está a ser visto pelo público?
Adam: Namorar enquanto famoso é um diferente. É um conjunto de desafios diferentes. É uma nova realidade. Te faz parecer mais desejável para isto do que a outra pessoa, mas também você tem de lidar com isso “Esta pessoa tem motivos ocultos? Qual é a verdadeira razão para esta atração?” Há todo um conjunto de outras camadas, e para alguém como eu que pensa muito e é neurótico, isto pode-se tornar maluco depois de um tempo.

AP: O que é que você acha da reação sobre você ter sido preso na Finlândia no fim do ano passado (Adam e o seu namorado estiveram envolvidos numa luta num bar)?
Adam: Eu acho que pareceu uma reação natural. Essa é a realidade da situação quando famosos passam uma noite num bar. Isso parece uma grande coisa. São os ossos do ofício. Felizmente, ninguém ficou ferido e tudo ficou bem. Não foi assim tão importante.

AP: O que é que você acha da explosão de concursos de canto como o “The Voice” e o “The X Factor”? Eles não existiam quando você estava no Idols.
Adam: Eu penso que é maravilhoso que haja programas a dar essa plataforma às pessoas. É mesmo difícil entrar no mercado da música. Estes programas são fantásticos porque mostram do que a pessoa é capaz e a viagem deles e o processo de se tornarem artistas… Eu penso que a dificuldade é transitar entre a competição na tv e o verdadeiro mercado músical. Ainda há um pouco de desconexão aí. Esperamos que se melhore isso.

AP: Você é um artista de performance visual tal como Lady Gaga e Katy Perry. Você pensou nisso quando estava escrevendo e a gravando?
Adam: É parte disso. Eu venho das artes de performance. Eu as tenho durante toda a minha vida. Estar em palco é parte do que me faz assinalar e da minha inspiração. Quando crio muitas destas músicas, eu imagino a parte visual na minha cabeça “Como apresentaria isto no palco? Como seria o vídeo? O que eu usaria? De que cor é que seria? O que é que irá acontecer?”. Eu sou uma pessoa muito visual. Algumas pessoas criam uma música na sua cabeça, mas eu crio um filme para a minha música.

Fontes: Adamtopia, Washington Post e Associated Press

Tradução: Luísa Guedes

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