Gloss Magazine Entrevista Adam Lambert – Maio/2012

A Gloss Magazine publicou uma entrevista exclusiva com Adam Lambert na sua edição de maio. Confira aqui a revista completa online e a seguir confira a tradução:

Glam Nation: “Trespassing” dentro e fora do mundo do rockeiro Adam Lambert

Fãs estão salivando pelo dia 15 de Maio, com o lançamento do segundo álbum, “Trespassing”.

Com o esforço de muitas pessoas famosas, os parceiros de Adam com ‘grandes pesos’ na indústria, de Bruno Mars (que escreveu o seu próximo single, “Never Close Our Eyes”) até aos criadores de sucessos Pharrel Williams e Dr Luke. O resultado é a coleção de brilhantes jóias da pop, mais do que a merecedora adoração dos fãs – e ‘sofrimento’ para preencher ondas hertezianas. Se a rádio receber o disco com tanto entusiasmo como os Glamberts, então, veremos.

Até à data, o segundo classificado do American Idol apenas aterrou uma vez no Top 10 dos Estados Unidos – com a canção nomeada para os Grammy, “Whataya Want From Me” – e luta pelo mesmo sucesso dominante que companheiros ‘Ídolos’ têm desfrutado. Provavelmente, considerando a inquestionável classificação de Lambert em relação a estrelas talentosas sempre produzidas pela franchise.

Claramente, a sexualidade do rapaz de 30 anos desempenha um papel. Como o único artista gay que tem um contrato assinado com a maior gravadora, na atualidade, Adam por vezes, enfrenta uma batalha difícil. E, enquanto ele é assumido, representando um dos membros mais visível, a LGBT não parece ser um apoio significante da música do Adam.

Isto pode estar preste a mudar, diz a estrela. Neste exclusivo da Gloss Magazine, Adam partilha o seu entusiasmo pela série de shows de verão como vocalista da icônica banda de rock, Queen, como o seu amor – pela estrela do reality show finlandesa, Sauli Koskinen – o mudou e como, com “Trespassing” ele espera chamar a atenção dos fãs gays.

Ser assumido tem sido uma barreira para a tua carreira na rádio?
Você sabe que têm havido barreiras por causa disso, mas se eu tivesse escolhido… Quem me dera nunca ter tido, porque nunca manti a minha sexualidade em segredo. Estou ‘fora do armário’ desde os 18. Eu era assumido quando fiz a audição para o “American Idol”. Eu sempre fui assumido. Todos sabiam que eu era gay. É quem eu sou. É a minha identidade. Claro que há pessoas com mentes fechadas no mundo do entretenimento, e tem sido como que um obstáculo, mas não tinha mais nenhuma opção. Então eu aceito o que me espera, presumo.

Você tem uma escolha, que é o que te faz ser impressionante e corajoso. Há muitas celebridades que são assumidas a nível privado, mas escolhem manter isso longe do público.
Eu acho que isso me iria fazer ‘passar da cabeça’. Iria ficar sobre tanto stress. (Risos) Eu não tenho sido uma pessoa secreta em relação a nada. Não sou um tipo super privado. Não consigo imaginar esconder algo como isso.

Tenho ouvido a faixa “Shady” que foi escrita com Sam Sparro, foi escrita com a comunidade gay em mente?
Há umas faixas em específico sobre a minha experiência na noite e a socialização, namoriscando com muitos, ser solteiro. “Shady” é muito divertida, exagerada. É sobre sair e esperar enlouquecer, entende o que quero dizer? É sobre querer beber algumas bebidas com os teus amigos e, talvez, ter relações sexuais. (Risos) Há canções que são mais profundas sobre certos assuntos. Há uma música chamada “Outlaws Of Love”, e escrevi-a sobre a tristeza que sinto pelos desafios que a comunidade de gays e lésbicas passam: problemas de casamento gay, bullying, e todo o tipo de julgamentos e discriminação que sofremos só por quem escolhemos amar. Para mim isso é uma mentalidade tão atrasada! Amor é uma coisa tão positiva, bonita e ser marginalizada pode ser depressivo, sinceramente.

Me fale sobre as colaborações neste álbum.
Bem, Pharrel Williams foi uma colaboração muito entusiasmante. Foi fantástico, porque ele fez com que me sentisse muito confortável explorando mais o lado funk da música. Sabia, este foi sempre um estilo que gostei de ouvir, e sempre adorei cantá-lo. Eu explorei um pouco dessa área durante o “American Idol”, mas trabalhar com ele me permitiu mergulhar dentro desse som e desse sentimento. Duas excelentes músicas sairam dessa colaboração, músicas das quais estou muito orgulhoso. Sim, elas apenas parecem ‘certas’. Elas tomam vantagem da minha força e do tipo de artista que sou, e põem-me numa nova direção.

“Trespassing”, produzida pelo Pharrel faz-nos lembrar a “Another One Bites The Dust” do Queen.
Sim, essa foi, sem dúvida, uma das inspirações para a música.

Falando neles, já que você está se preparando para se juntar ao Queen. Me fale disso.
Sim, eu vou fazer uns shows com o Queen durante o verão: dois no Reino Unido e dois na Rússia. Estou tão entusiasmado! São os tipos mais bacanas do mundo. Muito humildes, honestos. Eles são intemporais, clássicos. Estas músicas são de loucos! Estou entusiasmado por subir ao palco e fazer a minha homenagem a Freddie Mercury e aos seus fãs.

Você falou em faixas que descrevem estar solteiro, namoriscar. Como é estar numa relação que te mudou como pessoa?
Me sinto muito mais realizado em passar tempo em casa. Entende o que digo? É o que é magnífico nisto. Penso que quando estamos solteiros e andamos à procura de um certo tipo de ligação, é muito fácil ficar obcecado pela vida noturna, talvez chegando ao ponto em perder o equilíbrio, quer dizer… Adoro sair! Eu… “Adoro a vida noturna, adoro dançar”. (risos) Você pode ficar envolvido nisto! Houve épocas, durante os meus 20 anos, aqui em Los Angeles, em que saía à noite, ficava até tarde, dormia o dia todo. Há aí uma distorção de glamour, mas aos 30 anos, acho que cresci mais.

Há uns meses atrás – quando você e o teu namorado fizeram as manchentes por uma briga em público – você twittou como é que estes acontecimentos de celebridades têm impacto na tua vida. Explica isso.
Se algum acontecimento semelhante a este tivesse acontecido fora do olhar do público, ninguém iria falar disso porque A) ninguém se iria importar, e o fato de isto ter acontecido em primeiro lugar foi o assunto, provavelmente porque éramos duas celebridades. Sabe o que quero dizer? Isto muda a perceção das pessoas e a sua reação às coisas.

Você tem seguidores extremos – mas sente que os fãs na comunidade gay não te apoiam tanto como deviam?
Sabe, me tenho feito essa pergunta. Isto passou mesmo pela minha cabeça. Penso que parte disto é a música. Penso que sim, os homens gays têm tendência a ser duros críticos, mas os homens gays também têm tendência a ter um bom gosto. (Risos) Penso, que depois do próximo álbum eles se possam sentir mais ligados. Acho que a música é forte neste álbum, e há mais alma do tipo de artista que eu quero ser e do tipo de música que quero fazer. Acho que reflete a comunidade de uma forma mais aproximada. Aposto que o júri ainda continua lá fora. Pergunto-me com este álbum, como é que ele será entendido?

Fontes: gelly14 / Adamtopia, Adam Lambert Fan Club e Gloss Magazine

Tradução: Kady Freilitz

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