Vídeo Completo do Documentário Finlandês Sobre Adam Lambert

Conforme publicamos aqui, em 31 de março, o canal de televisão finlandês Liv exibiu um documentário com Adam Lambert. Confira o vídeo completo a seguir:

Entrevistadora: Olá Adam! Como você está?
Adam: Estou bem e você?
Entrevistadora: Bem. Você é uma grande estrela e tudo aconteceu muito rápido, como é que você tem lidado com isto?
Adam: Pode ser arrebatador mas, ao mesmo tempo, tem sido entusiasmante. Estar em Los Angeles há 10 anos… Quando tudo começou, foi como um sonho tornado realidade. Estar na cidade e trabalhar na indústria do entretenimento fazendo muito teatro, estava no lugar apropriado à mudança, queria elevar a minha carreira a outro nível e, finalmente, quando consegui, fiquei muito contente. Senti que consegui, que segui o caminho certo ao fazer com que algo acontecesse.
Entrevistadora: O que é para você demasiado rápido? Porque há pessoas que vão participar no “American Idol” e não estão preparados para isso. Você acha que há uma época certa para que isso aconteça? Daqui a um ano ou dois?
Adam: Isso depende de cada um, não me aventuro a dizer que devia ser assim. Para mim, foi tudo muito rápido, mas como sou uma pessoa que vive no limite, senti que foi apropriado para o meu estilo de vida.
Entrevistadora: Quando é que você decidiu querer fazer parte da indústria do entretenimento?
Adam: Acho que da primeira vez que cantei a solo numa produção senti uma energia, essa adrenalina ‘intoxicou-me’ fazendo com que quisesse entrar neste mundo. Sinto-me muito bem a fazer coisas que provoquem uma reação às pessoas. É, também, uma necessidade de atenção, penso que acontece o mesmo com todos os artistas mas, é mais o fato de inspirar algo ou alguém, é fantástico. Senti que tinha de fazer algo relacionado com isto quando pressenti o primeiro sinal de mudança. Penso que tinha 10 anos quando representei pela primeira vez um papel principal. Me saí muito bem. Aos 14, tive a primeira experiência com uma atuação que exigia muito a nível vocal e pensei que, se tenho aqui algo, algo ‘contra’ os outro miúdos. Agora, estou mais dentro da minha carreira e do meio de subsistência, mundo dos negócios, quando era mais novo era como se fosse um passatempo, agora tem uma importância diferente na minha vida. Por ser a minha vida é mais importante. Gosto de fazer isto para as pessoas, inspirar as pessoas. O que eu adoro na música é a inspiração. Se eu tiver um dia ruim, ou tiver de sair da cama para um dia de trabalho, por vezes a música ajuda, pode mudar o teu humor, se você se sente “estressado”, existem álbuns que te ajudam a relaxar e a respirar fundo.
Entrevistadora: Como é que as tuas influências musicais foram mudando?
Adam: Quando comecei a fazer teatro ouvia muitas bandas sonoras. A partir dos 8, 10 anos comecei a ter os meus próprios CDs que não tinham nada a ver com teatro. Me lembro de ouvir Madonna, Mariah Carey, Michael Jackson, acho que tenho o CD do Wilson Philipsin, não é algo de que me orgulhe, mas é verdade. Os artistas por quem me apaixonei na música pop, são aqueles que ainda adoro. No meu álbum, há muita influência dessa época, dos anos 90. Não tinha a consciência disso mas, ouvindo as músicas, percebo que há muitas influências dessa época.
Entrevistadora: Como você se sente ao ver a tua vida pessoal e os teus sentimentos expostos?
Adam: No início, no primeiro capítulo, estar vulnerável era algo que me assustava muito. Mas nos últimos anos, com todas as entrevistas que tenho dado e com tudo o que tem acontecido na minha vida, foi tudo exposto publicamente. Sempre foi natural me abrir, mostrar aos meus fãs quem eu sou. Sou uma pessoa muito honesta, por isso quero que a minha música reflita a minha personalidade. Tento separar as coisas, mas nem sempre é fácil. Nesta indústria, há muitas pessoas em quem não podemos confiar, mas tenho muitos amigos que já vem de há muito tempo, antes de tudo isto ter acontecido. É muito importante manter um grupo de pessoas em quem se confia, é um grande desafio.
Entrevistadora: O que te faz feliz?
Adam: Fazer compras.
Entrevistadora: Acredito.
Adam: A oportunidade de inspirar pessoas é muito gratificante, quer a nível profissional quer a nível pessoal, com os meus amigos e com as pessoas que amo, fazê-los ver que podem fazer algo mais e sentirem-se bem com eles próprios é algo que me faz sentir muito bem.
Entrevistadora: O que você faz para relaxar?
Adam: A música ajuda, certos tipos de música me ajudam a relaxar. Gosto de camas. Viajar para um local tropical é relaxante. Massagens.
Entrevistadora: Qual é a energia deste álbum comparando-o com o anterior?
Adam: Há diferentes tipos de energia neste álbum. O último álbum é como se fosse uma coleção de músicas em que mostrava a minha voz ao som de boas cançõess. “Trespassing” tem um seguimento, explora o lado sombrio e o positivo. Todos nós temos essa luta entre ambos. Durante os meus 20 anos, eu era alguém que adorava a vida noturna, sair, expressar-me, pessoas livres e que fizessem o que gostava, escrevi algumas músicas sobre este tema. Ser nós próprios e termos orgulho, sermos diferentes e a atração que com isso vem. A diferença em relação ao último álbum, é que este é mais funky, é mais eletrônico e contemporâneo. É mais R&B, mais funk e dance, ao contrário do anterior que era muito teatral e rock n’ Roll. É diferente estilisticamente. Na parte obscura do álbum quis mostrar às pessoas os momentos difíceis, aqueles de que não me orgulho, não é fácil mostrar isso numa entrevista. Posso falar muito mas não conseguir transmitir o que pretendo. É difícil, por vezes, nos expressar por palavras. Às vezes é preciso uma perspectiva mais emocional e a música é indicada para exprimir esses sentimentos. A primeira parte do álbum, a parte positiva é adequada para celebrar. Tem muito bom ritmo para nos mexermos, para sair, para estar na discoteca ou para dar uma festa em casa. Há lá músicas excelentes para isso. Para se sentirem bem com vocês próprios, poderosos e sexy. A outra parte é mais afetiva. A tentativa de entender as emoções, passar por algo, ou mesmo por uma separação. Como uma noite de Domingo. É como se fosse uma ressaca emocional. Produzi executivamente o álbum, o que foi entusiasmante. Estava numa posição em que controlava tudo criativamente. Fiquei muito contente por minha gravadora ter aceitado. Eles foram muito compreensivos com a parte de eu querer supervisionar tudo. Demonstra mais de mim como artista, comparando com o último álbum. O álbum era forte e era eu a mostrar o que conseguia fazer com a minha voz, nesta partilha de conceitos, emoções e experiência com os meus fãs. É autobiográfico. Estive completamente envolvido. Sou adepto do controle. Fiquei muito dentro do assunto, de como iriam soar as músicas e no processo de escrita. Se ouvia uma música e havia um instrumento que não gostava, ligava logo para os responsáveis e pedia para alterarem o som, por vezes as pessoas perguntavam “Mas você está se referindo a quê?”. Estou muito atento aos pormenores, às vezes até demais.
Entrevistadora: Com o sucesso é impossível caminhar pelas ruas sem ser reconhecido e seguido por paparazzi. Como você lida com isso?
Adam: Não os posso proibir. Há épocas em que é chato mas vale a pena. Posso fazer o que adoro e se isso significa ter de ser fotografado que seja.
Entrevistadora: E continuar.
Adam: Não se pode culpar os paparazzi, eles apenas arranjam artigos para as revistas que as pessoas compram. Eles não teriam esta profissão se as pessoas não comprassem as revistas. Por vezes a relação com eles pode ser intensa e desnecessária, mas eles estão apenas a fazer o que lhes pedem. Há muitos desafios e momentos em que é difícil. Não posso ficar a pensar nisto ou ficar frustrado, tenho de aceitar e seguir em frente. É isso que eu faço. Por vezes, isto pode fazer com que seja mais cauteloso, te levam ao limite. Nem sempre é tão dramático. Há momentos em que posso andar sem que ninguém me chateie. O que é mau se ficar um pouco paranóico, “estarão eles a olhar para mim?”. Nos habituamos a isso. O que devemos fazer é ser realistas e aceitar as circunstâncias e tentar não fazer disso “um bicho de sete cabeças”.
Entrevistadora: Vamos falar da tua imagem. Como é que você decide o que usar? Tem alguém que te aconselha?
Adam: As pessoas pensam que há uma razão para o que uso, mas eu visto um casaco porque gosto dele, se gostar dos sapatos calço os sapatos. Não é tudo planeado e pensado. Às vezes tenho um estilista que me ajuda. A maioria das vezes, sou eu que as encontro. Gosto de moda. Gosto de geometrismo, negro e glam na versão industrial.
Entrevistadora: As pessoas te pedem conselhos sobre o que devem usar?
Adam: Acho que não sou ninguém para dar conselhos a quem quer que seja. Vistam o que faz sentir bem. Se quiserem se destacar usem algo que salte à vista, se quiserem passar mais despercebidos, então força. Vistam o que agradar. Em geral, tenho ouvido falar do que é ser um modelo a seguir e as pessoas se aproximam e dizem que eu sou um modelo a seguir. O que eu quero é inspirar as pessoas a serem o que elas querem ser, não sejam como eu mas, sim, como vocês. É difícil fazê-los entender isso, mas espero ser um exemplo fazendo o que eu quero e não pedindo desculpas.
Entrevistadora: Ainda não falamos do Sauli, é daqui da Finlândia. Gosta do país?
Adam: Sim, se eu nunca aqui tivesse vindo não tinha conhecido o meu namorado, Sauli. Estou muito feliz, andei à procura de amor e deste tipo de ligação durante muito tempo e não conseguia encontrá-la. Tentei persuadir muitas pessoas, lidando com muitos desgostos amorosos e rejeições. Estar envolvido com alguém que não sentia o mesmo por mim me aconteceu muitas vezes. Quando conheci o Sauli, senti logo que tínhamos química, a sua energia era fantástica, nos demos muito bem, temos muito em comum. A barreira linguística foi um desafio, mas isso ainda tornou a relação mais excitante e exótica para nós. Estou muito feliz. É a primeira vez que tenho um equilíbrio entre a minha vida privada e profissional. Adoro que o tenha e me dá muita força.
Entrevistadora: Dizem que os homens finlandeses são tímidos.
Adam: O Sauli não é.
Entrevistadora: Foi o que eu pensei. Não consigo imaginar uma pessoa tímida contigo.
Adam: Ele não é nada tímido. É muito comunicativo e autoconfiante. Foi uma das primeiras coisas que me chamou à atenção.
Entrevistadora: Como é que você descreve a relação que tem com o Sauli, comparando com as que teve no passado? Penso num finlandês com outra pessoa da mesma nacionalidade.
Adam: Esta foi uma das primeiras relações que tive e que resultou. Não importa de onde somos. A química que temos com alguém é superior à língua, idade e tudo isso. Há relações muito fortes.
Entrevistadora: O país [Finlândia] gosta de você. Já pensou em se mudar para a Finlândia?
Adam: Não sei se o meu trabalho me permite isso, mas virei para cá visitar.
Entrevistadora: E em relação ao frio?
Adam: Sou da Califórnia, por isso a neve e o frio são difíceis de aguentar.
Entrevistadora: Quando é que iremos te ver outra vez?
Adam: Na Finlândia?
Entrevistadora: Sim.
Adam: Não sei. Com sorte, em breve. Talvez volte para promover o álbum ou para um show. Quero delinear um show para o “Trespassing” e espero que seja muito bom. Irei voltar com toda a certeza.
Entrevistadora: Porque é que as pessoas devem ouvir o teu álbum?
Adam: Porquê? A primeira parte é muito divertida. Independentemente de onde sejam, vai fazer dançar e cantar comigo. Tem uma boa energia e é inspiradora. É intemporal, há muitos elementos atuais mas, também, elementos clássicos, disco funk, dos anos 90. É uma mistura de diferentes eras. O lado obscuro é igual a nível sonoro, mas é mais triste, mais revelador, muito pessoal. Independentemente do que gostem, irá, de certeza, haver alguma coisa ao seu gosto. Apesar das canções serem pessoais e sobre mim, espero que as pessoas percebam que não importa quem somos, ou de onde viemos, passamos todos pelo mesmo. O álbum reflete a condição humana. Espero que ultrapasse coisas, como a sexualidade, a idade, a raça. As pessoas acabarão com um sentimento de integração e unidade após ouvirem o álbum. Não importa quem você é, que idade tem, se é mulher ou homem, preto ou branco, hétero ou gay, irá te fazer dançar ao som dele.

Fonte: gelly14 / Adamtopia

Tradução: Kady Freilitz

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2 Comments

  1. Aaaaahhhhh!!!! Adorei!!! <33333333333

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  2. Demaissssssssssssssssssssssssss amei Obrigada pessoal por mais esse trabalho incrível de vcs

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