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05dez2020
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Entrevista by Smooth Radio (Londres) – 08/10
Agora confira a entrevista realizada também em 08/10, esta feita por Jenni Falconer da Smooth Radio de Londres para o seu programa Virtual Coffee Break:
Jenni pergunta a Adam onde ele está, e ele revela que está em Londres, em uma casa que ele está alugando. Jenni comenta como é bacana que o Queen tenha lançado um álbum que está se saindo tão bem em meio a tempos tão loucos, e Adam conta que está emocionado, que eles tinham feito gravações de quase todos os seus shows nos últimos anos e nunca tinham encontrado um lugar para elas, então eles pensaram em juntá-las em um álbum, após terem que adiar sua turnê. Ele diz que está emocionado pelos fãs estarem gostando dessa retrospectiva dos últimos sete anos.
Jenni fica surpresa ao ouvir que já se passaram sete anos, ao que Adam diz que é uma honra e ele nunca esperou que isso continuasse por tanto tempo, e ainda é uma emoção subir ao palco com Brian e Roger e cantar essas músicas, ver os sorrisos nos rostos deles e as reações da plateia. Ele conta que o álbum inclui todos os grandes sucessos, e também algumas músicas que podem ser mais desconhecidas das quais eles têm muito orgulho, que foram lançadas originalmente por Freddie – “I Was Born To Love You” e “Love Kills”, que eles adaptaram para um som mais apropriado para as arenas.
Jenni conta que conversou com Brian no início da quarentena e ele estava muito desapontado pela turnê ter sido adiada, mas que eles irão retomar no próximo ano, o que Adam confirma, se as coisas voltarem ao normal. Jenni pergunta como Brian está agora, depois do ataque do coração que ele sofreu, e Adam conta que encontrou com ele e Roger na última semana para iniciar a promoção do álbum, o que foi muito legal, e Brian está muito melhor, após um período de recuperação e medicamentos, e ele está quase de volta à sua forma normal.
Jenni pergunta como o isolamento tem sido para Adam, e ele responde que tem sido estranho, mas se sente afortunado por não estar passando tantas dificuldades quanto muitas pessoas, que perderam seus empregos. Ele conta que foi estranho nas primeiras semanas, e ele teve que lidar com o luto pela perda de seu projeto, “Velvet”, que tinha acabado de ser lançado quanto tudo foi cancelado. Porém, em vista da saúde e segurança de todos, essa não era sua prioridade, então ele tentou se envolver com alguns trabalhos de caridade para ajudar durante a pandemia.
Jenni pergunta como foi para ele como músico fazer apresentações online, e Adam comenta que as pessoas puderam perceber como a tecnologia tem ajudado e tem sido uma ótima ferramenta, para fazer coisas que eles nunca pensaram em fazer online antes. Ele conta que nunca vai ser a mesma coisa das apresentações ao vivo, onde é possível se conectar, mas as pessoas precisam de um escape, de entretenimento e empatia – o que a arte é capaz de fazer pelas pessoas. Ele comenta que a indústria foi muito afetada por tudo isso, já que eles não podem fazer o que fazem geralmente, mas eles continuam tentando dar o que podem.
Jenni pergunta se a decisão de lançar o álbum foi tomada por causa do isolamento ou se sempre esteve nos planos da banda, ao que Adam responde que eles decidiram lançá-lo após o adiamento das turnês, como um modo de agradecer aos fãs por seu apoio e segurá-los com seus ingressos, além de ser uma retrospectiva dos últimos anos que eles passaram juntos, sendo a primeira vez que eles lançam um álbum juntos.
Jenni comenta que há muitas performances incríveis, e pergunta se tem alguma performance ou música que se destaca para eles. Adam responde que “Who Wants To Live Forever” no Isle Of Festival foi muito especial, já que foi feita um dia após o massacre na boate Pulse, e naquela manhã Adam havia acordado se sentindo horrível com aquilo, pensando que poderia ter sido com algum de seus amigos, e no momento de apresentar a canção ele a dedicou àqueles que perderam suas vidas, o que foi um momento muito tocante, sendo uma daquelas noites em que uma música realmente captura o sentimento.
Jenni pergunta se tem alguma música que eles apresentam com a qual a plateia não canta junto, ao que Adam responde que são poucas, como na primeira vez que eles apresentaram “Love Kills”, mas ainda assim as pessoas ficaram muito comovidas. Adam conta que algumas músicas possuem um peso, nas quais ele pensa no Freddie, que é uma figura tão insubstituível, então eles procuram honrá-lo todas as noites, reconhecendo isso, inclusive que ele próprio não poderia ser comparado a esse deus do rock. Adam comenta que “Love Kills” tem uma letra interessante com significado, já que o próprio Freddie perdeu a vida por causa do vírus HIV. “The Show Must Go On” também captura esse sentimento de que a vida pode ter algumas curvas e você pode estar sofrendo e pronto para passar para o próximo mundo, mas você deve manter sua cabeça erguida e continuar.
Jenni pergunta se tem alguma chance de Adam lançar material original com o Queen, ao que Adam confessa que eles só conversam sobre isso quando os jornalistas perguntam. Adam diz que não é algo que nunca pode acontecer, somente que a oportunidade ainda não surgiu, mas quem sabe.
Jenni pergunta quais são os planos de Adam para o próximo ano e se ele irá lançar mais material solo, ao que ele responde que espera que sim, contando que tem escrito algumas músicas na sua casa já há alguns meses, através de reuniões no Zoom, que não é como pessoalmente, mas é possível ter boas ideias. Ele conta que aprendeu a usar muitas tecnologias novas para fazer gravações em sua casa. Adam conta também que está em Londres trabalhando em um musical, escrevendo com compositores de grande sucesso, e que embora seja cedo para dar detalhes, os temas são muito próximos de seu coração, e as pessoas vão sentir. Ele comenta que embora não possa estar no palco nesse momento, é ótimo se manter criativo, e recomenda a todos que se atenham a um projeto, ainda que pequeno, para se manter ocupado e manter seu senso de realização nesses tempos de isolamento.
Jenni pergunta a Adam o que ele irá se lembrar de positivo do ano de 2020, apesar de tudo, ao que ele responde que embora as coisas negativas irão ser mais lembradas, uma coisa positiva é que foram criados desafios que as pessoas puderam superar, tentando viver do melhor modo possível, já que a vida continua, e talvez as pessoas possam sair dessa situação mais fortes.
Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Bruna Martins
Fontes: Smooth Radio e Smooth Radio/YouTube
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