Entrevista na Rádio Energy NRJ, Berlim (Alemanha) – 21/10/19

Confira mais uma entrevista com Adam, realizada no ano passado, no mês de Outubro (21), esta com a Rádio Energy NRJ de Berlim (Alemanha). Ele contou qual foi a inspiração por trás do seu álbum “Velvet: Side A” (na época o álbum completo de “Velvet” ainda não havia sido lançado), além de contar também como foi morar em Berlim por 6 meses na época em que atuou no musical “Hair”, e muito mais.

A entrevistadora começa dizendo que o novo Ep “Velvet: Side A” foi aclamado pela crítica e considerado o melhor trabalho de Adam até agora, e pede que ele fale um pouco sobre o que o inspirou neste projeto. Adam diz que “Velvet” é inspirado nas músicas dos anos 70 e 80 que seus pais ouviam em casa quando ele era criança.

Depois ela pergunta o que podemos esperar do “Side B”, se será diferente do “Side A”. Ele diz que o projeto todo é muito coeso e que quando o “Side B” for lançado, os dois formarão um álbum inteiro.

Ela então pergunta como ele consegue equilibrar a carreira solo com sua colaboração com o Queen. Adam brinca dizendo que é negação e ri, explicando que como as turnês com a banda geralmente duram apenas 6 ou 7 semanas de cada vez, ele tem bastante tempo para trabalhar em sua carreira solo. Ele também diz que seu novo material é muito mais próximo do mundo do Queen, então a transição é mais fácil.

Ela comenta que ajuda muito ter longos períodos para trabalhar no estúdio e Adam concorda, dizendo que este projeto levou muito tempo, principalmente porque ele queria que ficasse ótimo. Ele queria que as músicas refletissem quem ele é e como se sentia.

A seguir a entrevistadora cita as colaborações que Adam já fez com grandes artistas e pergunta qual a melhor recordação que ele tem destas colaborações. Ele diz que tem muita sorte por ter colaborado com tantas pessoas incríveis e comenta como trabalhar com Max Martin e sua equipe foi relaxante e tranquilo. Ele também cita o dia em que trabalhou com Lady Gaga, cantando uma música que ela escreveu e que eles beberam bastante depois do almoço.

Em seguida, ela comenta que recentemente Adam conheceu o artista Young Blood e pergunta se existe a possibilidade de uma colaboração entre eles. Adam diz que não sabe, mas que gosta de como ele evoca lembranças dos anos 90 e acha isso muito nostálgico. Eles comentam como a estética da década de 90 está voltando com algumas inovações.

Ela então lembra que Adam viveu em Berlim alguns anos atrás e pergunta do que ele mais gostava naquela época. Adam diz que quando chegou em Berlim, ele era muito ingênuo e inocente e que não era mais assim quando foi embora. Ele conta que ele e seus colegas de elenco viviam como os personagens do musical “Hair”, que eles estavam interpretando na época.

A seguir ela relembra a trajetória de Adam no Idol e como ele ficou famoso por fazer covers de alto nível e também menciona seu trabalho atual com o Queen, antes de perguntar se existe alguma música que ele não tentaria cantar em um karaokê. Adam diz que no ponto em que está, ele cantar uma música do Queen em um karaokê seria redundante e que não vai a um há muito tempo, que não teve vontade, mas que no passado ele gostava muito e era como conseguia companhia a noite.

Voltando ao Idol, ela comenta como as coisas eram diferentes 10 anos atrás, que a sexualidade de um artista ainda era tópico de notícias e podia atrapalhar a carreira das pessoas e hoje em dia ele e tantos outros ícones queer têm carreiras de sucesso e há até um candidato à presidência que é abertamente gay. Ela então pergunta se Adam acha que esta é uma das poucas áreas em que a América fez um progresso social verdadeiro. Ele diz que sim, que já caminharam muito nesse sentido, nos 10 anos em que ele está na indústria da música. A sexualidade não é mais uma barreira para o sucesso e que a indústria não tem mais medo disso. Adam também conta um pouco de sua experiência quando esse movimento estava começando, pois, o problema maior não era a intolerância, mas o medo e a incerteza de se a carreira dele daria certo ou não, já que não havia muitos artistas queer naquela época. Ele diz que teve que escolher entre ser um mártir e mergulhar de cabeça correndo o risco de não ter apoiadores, ou fazer concessões e ter uma chance.

Ela então cita uma frase de Brian May sobre o “Brexit” e pergunta se Adam conversa muito sobre política com Brian e Roger, para comparar “as bagunças”. Adam diz que eles falam um pouco sobre isso, sim, mas que ele não é expert em política, então ele sempre observa as implicações sociais de uma determinada situação política e o que o preocupa nas situações de ambos os países é a onda de negatividade que estas situações desencadeiam, mas ele consegue ver o lado bom; que essa “bagunça” está deixando as pessoas mais conscientes e alertas e ele espera que isso provoque mudanças.

Em seguida, ela comenta sobre o Global Citizen Festival onde Adam se apresentou com o Queen e pergunta o que ele mudaria sobre o mundo em que vivemos, se tivesse esse poder. Adam diz que o maior problema que ele vê no mundo, são as pessoas que usam o governo para impor suas crenças e opiniões pessoais aos outros, então ele gostaria que houvesse uma separação entre o discurso político e opiniões pessoais, que as pessoas soubessem separar as duas coisas.

Mudando para assuntos mais leves, ela comenta sobre a participação sutil de Adam em “Bohemian Rhapsody” e pergunta se o que vimos foi na verdade, seu alter-ego anônimo Dusty Madrid. Adam ri e diz que pensando bem, o figurino era bem a cara de Dusty.

Depois ela cita participações dele em séries de TV e pergunta se existe alguma outra série de que ele gostaria de participar. Adam diz que tem uma lista de séries e que apesar de estar perseguindo a carreira musical nos últimos 10 anos, atuar foi sempre uma paixão e que pediu aos seus agentes para procurar audições para ele. Adam fala também sobre como se divertiu na dublagem do vilão no filme do “Playmobil” e que gostaria de fazer isso de novo.

Na próxima pergunta ela quer saber o que Adam faria se pudesse voltar no tempo para os anos 70 e passar um dia lá. Ele diz que tentaria ir ao Studio 54 e ao CBGB, em Nova Iorque, na mesma noite para ter uma experiência completa da época e talvez iria a uma galeria de arte antes, ou tentaria entrar em uma festa de Andy Warhol. Ele também diz que ficaria hospedado no Chelsea Hotel.

A seguir ela relembra a experiência de Adam cantando para Cher no Kenedy Center Honours. Ele diz que foi uma noite incrível, mas que a combinação do nervosismo com o jet-lag de ter chegado de Londres no mesmo dia, o deixaram trêmulo na hora da apresentação, o que, para ele, acrescentou mais uma camada de sentimento à sua interpretação da canção.

Ela então, pergunta quando foi a última vez que alguma peça de arte, filme etc o fez chorar. Adam diz que chora fácil com filmes e programas de TV, normalmente os mais bregas e apelativos e peças de teatro também.

Na próxima pergunta, ela quer saber se ele já viu alguma tatuagem de fã muito louca. Adam diz que já assinou o braço de algumas pessoas que tatuaram sua assinatura. Ele brinca dizendo que já assinou quase todas as partes do corpo.

Na última pergunta ela quer saber o que não pode faltar em nenhuma lista de solicitações para o camarim dele. Adam responde que é tequila de uma marca boa. Ele diz também que não é esnobe com muitas coisas, mas tequila é uma delas, porque a sensação é melhor e não causa ressaca.

Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Stefani Banhete
Fonte: Rádio Energy NRJ

Compartilhar
Share

Nenhum Comentário

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *