-
30dez2019
- ESCRITO POR:
- CATEGORIA:
- COMENTÁRIOS:
- 0
Entrevista de Adam na Rádio Smooth, Londres – 26/09
No mês de Setembro (26/09) , Adam foi entrevistado por Kate Garraway, da Rádio Smooth, de Londres:
Adam fala um pouco sobre as diferenças entre a sua carreira solo e se apresentar com o Queen, contando que enquanto com a banda ele é como um convidado celebrando o legado e as músicas do Queen com a plateia, em sua carreira solo ele apresenta suas próprias músicas que são suas próprias criações. Adam relembra o início de sua jornada com a banda, no American Idol, desde sua audição com “Bohemian Rhapsody” até a apresentação com Brian e Roger na final, ocasião na qual eles perceberam que havia algo especial entre eles.
Kate pergunta se Brian e Roger viram algo de Freddie nele, ao que Adam diz:
“Nós conversamos sobre isso. Nunca foi sobre substituir Freddie ou imitar Freddie. Sempre foi sobre fazer justiça às músicas. Essa é realmente a tarefa que eu tenho. Com isso, quando comecei a trabalhar com eles, tive que tomar muito cuidado para não apenas copiar as gravações. Então parei de ouvir as gravações e tentei vê-las como pedaços de música, composições. ‘O que essa letra significa? Qual é a intenção? O que o público deve sentir neste momento?’. E tive que fazer algumas perguntas a eles, como: ‘O que isso significa? Quem escreveu esta? Por que foi escrita?’ Então, assim que eu recebi todas essas informações, meio que olhei para elas como um desafio. E tentei fazer com que fosse eu cantando essas músicas incríveis.”
Kate relembra que ela própria estava no Live Aid, e que foi incrível rever as cenas do show no filme “Bohemian Rhapsody”, que também serviu para apresentar o Queen para a nova geração, ao que Adam confirma, o que é visível nas plateias dos shows, e Adam atribui as músicas da banda a isso, ao fato de elas serem atemporais e sobre temas humanos, e a genialidade de cada um dos membros da banda.
Kate fala sobre a exposição da vida de Freddie no filme “Bohemian Rhapsody”, e pergunta sobre as similaridades entre a vida dele e a de Adam, ao que ele comenta:
“Eu vi um documentário há alguns anos chamado ‘Freddie’s Loves’. Acho que foi na televisão britânica há cerca de 20 anos, talvez. É brilhante, e é todo sobre a vida gay de Freddie e seu círculo social, seus melhores amigos e os relacionamentos em que ele estava. E foi realmente esclarecedor, porque eles fizeram entrevistas com todos os seus amigos próximos. E eu realmente gostei disso, porque era uma parte da vida de Freddie sobre a qual eu não sabia nada, e isso me trouxe muita compreensão. E me fez perceber o quanto mais eu tinha em comum com ele. Ele amava seus amigos. Ele adorava fazer jantares. Ele era muito bobo. Eles brincavam e se vestiam todo, e mostraram fotos deles usando perucas bobas em uma noite fora, e tinham histórias dele saindo para bares, piadas e coisas internas. Ele narrou diferentes relacionamentos que ele teve. Aprendi muito sobre Freddie assistindo ao documentário. Sugiro que qualquer pessoa curiosa sobre a vida pessoal de Freddie dê uma olhada, porque achei ele muito esclarecedor”.
Kate pergunta se a indústria mudou em comparação com os dias de Freddie e se ainda há batalhas a serem travadas, ao que Adam responde:
“Ah, sim, com certeza. Acho que estamos em um momento muito interessante agora, nos EUA quanto no Reino Unido, politicamente. Há muita divisão – a esquerda e a direita estão muito distantes no momento. Espero que possamos encontrar o caminho de volta ao centro. Acho que muitas das questões sociais estão criando muita tensão pessoal para as pessoas. A razão pela qual estou entusiasmado com isso, é porque acho que é um caso… você sabe, isso acontece ao longo da história. Por exemplo, nos anos 60, quando o movimento juvenil estava meio que olhando para a geração acima deles – seus pais – e houve uma grande divisão por lá. Acho que isso meio que está acontecendo de novo. Acho que os jovens têm uma ótima ideia de como o mundo precisa se mover, e é muito diferente de algumas das gerações mais velhas – a menos que a geração mais velha, talvez, tenha sido um daqueles hippies do passado, que entendiam o que era aquilo. Mas acho que todos precisamos nos ouvir um pouco mais. E acho que, se realmente queremos progredir e encontrar um pouco de paz, acho que usar um pouco de empatia pode ser útil. Sabe, todo mundo fica muito defensivo sobre o seu próprio ponto de vista e sua própria experiência. E isso é importante. Mas, ao mesmo tempo, talvez tirar um segundo para se colocar no lugar da pessoa que está fazendo o pedido a você, ou quem é o grupo sem privilégios, ou quem está sendo discriminado, ou a quem está sendo dito que eles não têm permissão. Se você, por um segundo, tratar alguém como você quer ser tratado, acho que é tudo o que é necessário aqui. Apenas um pouco de decência, um pouco de respeito”.
Kate comenta que é essa a beleza da música, conseguir unir todas as pessoas, ao que Adam concorda, atribuindo essa empatia tanto à música quanto a filmes e shows, e isso é tudo o que precisamos nos dias de hoje.
Autoria do Post: Bruna Martins
Fontes; Rádio Smooth (1). Rádio Smooth (2) e Smooth Radio
Nenhum Comentário