Review by The Maroon do Show Queen + Adam Lambert em New Orleans (LA, EUA) – 20/08

Queen + Adam Lambert são os campeões

Trinta e nove anos depois da sua última apresentação em New Orleans com Freddie Mercury e a a “Jazz Tour”, as lendas do rock Brian May e Roger Taylor, acompanhadas por Adam Lambert, fizeram um retorno triunfante à cidade para tocar novamente na “Rhapsody Tour”.

Aproveitando o sucesso de “Bohemian Rapsody”, Queen + Adam Lambert se asseguraram de tocar todo o seu setlist do Live Aid de 1985. Junto com esses hits eles também tocaram os sucessos como “Another One Bites The Dust” e “Somebody To Love”. No entanto os fãs mais devotados foram agraciados com canções menos conhecidas como “Dragon Attack” e “Lap Of Gods”.

Particularmente, o show foi uma experiência alucinante. O Queen sendo minha banda favorita enquanto eu crescia foi difícil, porque Freddie Mercury está morto, e o resto da banda estava no limite para se aposentar. Parecia que eles nunca mais tocariam ao vivo novamente. No entanto, quando a introdução instrumental de “Innuendo” tocou no início do show, um sentimento de euforia tomou conta de mim. No final do show, minha garganta estava dilacerada por cantar e gritar, e meus ouvidos estavam zunindo devido as paredes de som que compunham o estádio. Quando Brian May cantou “Love Of My Life”, haviam dois telões. Um com imagens ao vivo dele e outro com gravações de Freddie Mercury. Após a apresentação, as imagens de Mercury gesticularam e se curvaram para a tela de May, onde ele retornou o gesto e se curvou. Ver esse sentimento tão genuíno de Brian May no palco me fez chorar no momento que vi isso. Mesmo que Freddie Mercury esteja morto há 28 anos, naquele momento, parecia que ele estava lá de volta ao palco.

Embora ninguém jamais substitua Freddie Mercury, Adam Lambert trouxe uma presença bombástica e extravagante ao palco, que remeteu a memória de Freddie, mas manteve o estilo de Lambert. Durante o show, ele atingiu notas agudas impressionantes que atravessavam os estrondosos aplausos. As versões de Adam Lambert de “Who Wants To Live Forever” e “The Show Must Go On” foram particularmente notáveis pela energia emocional que ele canalizou para as músicas.

Brian May atingiu todas as suas marcas, ao tocar suas guitarras, tanto elétrica quanto a acústica, cantando como vocal de apoio ou solo. Seus solos de guitarra mantiveram muito do que está nas gravações originais, mas ele acrescentou um toque primoroso. Ele executou um solo de guitarra, na última parte do show que arremeteu a sua carreira como astrofísico com modelos de planetas e um telão com estrelas para decorar o palco. Além disso, sua performance de “Love Of My Life” levava até a performance no Rio de Janeiro em 1985 [Rock in Rio], com o público cantando junto.

Roger Taylor esteva ótimo tanto na bateria quanto vocalmente. Ele cantou “I’m In Love With My Car” e depois cantou a primeira parte de “Doin’ Alright” em dueto com Brian May. Ele também cantou a parte de David Bowie em “Under Pressure”. No final do show, todos estavam aplaudindo Brian May e Adam Lambert, que estavam na passarela. Eu me virei e aplaudi Roger Taylor, que devolveu o aplauso e apontou para mim dentre as muitas pessoas que estavam na fila da frente. No geral, Taylor manteve sua energia da juventude e teve uma grande presença no palco.

Não só a performance musical foi notável, como a montagem do palco e a coreografia do evento foi algo espetacular. O show começou com uma grande cortina semi-circular que foi erguida por uma coroa acima do palco. As roupas de Adam Lambert foram particularmente notáveis, com seu traje final lembrando o figurino de Freddie Mercury, a coroa e a capa. Em “Bicycle Race”, Adam Lambert surgiu de baixo do palco descansando em uma motocicleta decorada. Lambert também cantou a maior parte de “Killer Queen”, deitado encima do piano de cauda no palco.

No geral, a performance deles foi incrível. Não houve um único momento em que a voz de Adam Lambert falhasse. Seus gestos foram ótimos, e ele foi o dono do palco enquanto dançava. Brian May sempre tinha algo criativo e talentoso para tocar em sua guitarra sempre que ele executava seu solo. Roger Taylor tocou bateria com uma elevada energia e com uma grande variedade de estilos na percussão. Suas harmonias, notavelmente em “Fat Bottomed Girls”, foram cantadas com força e conhecimento. No geral, o show foi incrível.

Nota: 10 de 10.

Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Denise Scaglione
Fonte: The Maroon

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