Review by The Columbus Dispatch do Show Queen + Adam Lambert em Columbus (OH, EUA) – 13/08

Queen: Adam Lambert traz sua própria magia para o legado de Mercury

Você pode dizer que o destino do cantor Adam Lambert foi prenunciado em 2009 na oitava temporada do “American Idol”. Ele fez um teste cantando o sucesso lírico do Queen, “Bohemian Rhapsody”. Ele se juntou à banda britânica para uma apresentação bem recebida de “We Are The Champions” durante a final. E nesse meio tempo, ele exibia consistentemente um alcance vocal digno de uma estrela, versatilidade e carisma.

E agora ele está na “The Rhapsody Tour” com o Queen, que parou na Nationwide Arena na terça-feira.

“Eu o chamo de presente de Deus”, disse o guitarrista original Brian May, no documentário “The Show Must Go On: The Queen + Adam Lambert Story”, lançado no início deste ano. “Nós não pedimos por ele. Nós não procuramos por ele. Nós não tínhamos uma receita ou algo assim onde marcávamos os pontos. Ele apenas apareceu e ele podia fazer tudo”.

Mas o show em Columbus não foi uma performance de karaokê gloriosa. Em vez de canalizar o falecido e icônico Freddie Mercury – o que simplesmente não pode ser feito – Lambert trouxe o suficiente de sua própria interpretação vocal, estilo, emoção e humor para o legado do vocalista. A música, a preciosa carga que Mercury deixou para trás, sempre estará aqui. Lambert é apenas o veículo perfeito para entregá-la ao público, que, em Columbus, está mais velho (alguns podem até ter estado no meio da multidão em 1977, na última vez que Queen esteve na cidade). Mas a excitação juvenil era palpável; houve até várias rodadas de “hola” na multidão.

A batida da bateria de Roger Taylor e os cachos brancos de Brian May, icônicos por si mesmos, foram os primeiros sinais indutores de arrepio de que estávamos prestes a presenciar algo grandioso. Quando Lambert apareceu, em seu terno dourado combinando com um conjunto suntuoso (completado literalmente com uma coroa exibida no telão pairando acima do palco), nós piramos!

Tendo se apresentado com o Queen por oito anos, Lambert estava completamente à vontade no palco, flutuando de uma grande pose para outra, liderando a participação da plateia e entretendo-a com May. Um veterano ator de teatro, Lambert mostrou um toque dramático, sacando um leque dourado em “Killer Queen” e montando em cima de uma motocicleta em “Bicycle Race”. E as mudanças de figurino (adorei as ombreiras com spikes, a capa com franjas e o magnífico manto e coroa) foram o bastante.

Como meu amigo ressaltou, Lambert poderia ter exagerado. Pelo contrário, ele exibiu uma reverência pelos membros originais, agradecendo-lhes, segurando seu microfone acima de seus instrumentos e se afastando enquanto tocavam seus solos.

E apesar de suas idades, Taylor e May não deixaram por menos. O primeiro cantou a música, “I’m In Love With My Car”, enquanto este último absolutamente arrasou em números como “I Want It All”, que foi uma das melhores performances da noite – até acima de “Another One Bites The Dust”, um dos maiores sucessos da banda.

May também liderou uma bela sessão acústica, começando com “Love Of My Life”, durante o qual Mercury apareceu no telão para um dueto. Mercury apareceu algumas outras vezes, mas com bom gosto: breve o suficiente para não sobrecarregar a produção, mas por tempo suficiente para um tributo respeitoso, ainda que agridoce.

Em um momento bem-humorado durante a parte acústica, alguns presentes fizeram como nos “velhos tempos”, segurando isqueiros entre os celulares erguidos. No entanto, uma mulher rapidamente desistiu. “Está me queimando”, disse ela.

Não importa a idade, esse show é imperdível só pelos vocais elevadíssimos de Lambert. Perdi a conta de seus momentos mágicos, mas seu desempenho em “Who Wants To Live Forever” e “The Show Must Go On” estão próximos ao topo da lista. Além disso, como você pode perder a oportunidade de ouvir “Bohemian Rhapsody”, “We Are the Champions” e “We Will Rock You” dessa maneira, com esse nível de talento e com alguns dos membros originais? Puro rock, shows de arena como esse, que de alguma forma ainda parecem íntimos, simplesmente não existem mais.

Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Denise Scaglione
Fonte: The Columbus Dispatch

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