Review by Edge Media Network do Show Queen + Adam Lambert em Boston (MA, EUA) – 04/08

A espetacular “The Rhapdosy Tour” celebra Freddie Mercury

Até mesmo há apenas alguns anos, dificilmente imaginaríamos que 2019 seria o ano em que o Queen – quase 50 anos depois de sua formação – ressurgiria como a banda com a mais difícil tarefa de se conseguir ingressos para shows no país. Mas, isso, devido em grande parte a um filmezinho chamado “Bohemian Rhapsody”. Foi exatamente o que aconteceu.

O Queen se tornou uma banda relativamente regular desde que eles escolheram Adam Lambert como o seu novo vocalista em 2012, mas o sucesso de bilheteria da “The Rhapsody Tour” – que tocou para um público de quase 20.000 pessoas no Xfinity Center em Mansfield no domingo à noite – é diferente de tudo o que a banda viu desde a sua última vez na estrada com Freddie Mercury em 1986.

Com ingressos se aproximando de quatro dígitos no mercado paralelo, a “The Rhapsody Tour” pode ser muitas coisas, mas não menos importante, do que uma experiência surpreendente, que deixou admirado até mesmo esse assíduo aficionado por shows (e apenas um fã casual do Queen). Com uma produção de primeira e os membros originais do Queen, Brian May e Roger Taylor, aparentemente ainda no auge de suas vidas, esta não é uma banda icônica apenas aproveitando os frutos de sua antiga glória sem nenhum entusiasmo. O show espetacular, que apresenta 27 músicas em duas horas, é especialmente impressionante por ser algo que os shows de rock raramente são: comoventes.

Claro que algumas delas, tem a ver com a ausência de Freddie (ele faz algumas aparições no telão), mas também tem algo a ver com a forma como o Queen conseguiu atrair um público que abrange todas as gerações, de idosos a jovens, os quais pareciam perceber o quão sortudos eles eram por estarem lá. E posso afirmar, que não há como confundir o brilho que eu vi nos olhos de quase todos ao meu redor: essa multidão veio para adorá-los e o ar estava cheio de amor, admiração e respeito.

Mas a admiração não foi apenas direcionada para o palco: muito disso foi devolvido ao público. “Boa noite gente bonita”, disse Brian May no meio do setlist. Ele lembrou com carinho os primeiros shows da banda em Boston: “o barulho que vocês costumavam fazer… vocês nos tratavam como rockstars quando mais ninguém o fazia. Os nossos corações estarão com vocês para sempre”. Sentado em um banquinho com apenas seu violão, May então entregou uma linda e sincera “Love Of My Life”, que se transformou em uma empolgante cantoria conjunta com o público. “Vamos fazer um pouco de mágica”, disse May, quando um vídeo de Freddie Mercury surgiu no palco e terminou a música como um dueto.

Tais momentos com Freddie foram poucos e, para ser sincero, eu queria mais deles. Mas a “The Rhapsody Tour” é mais uma comemoração eletrizante do que um memorial elaborado para uma estrela que já faleceu há muito tempo, e foi inteligente que o espetáculo não tenha se demorado em sua ausência por muito tempo. O homem do momento desta vez não é Mercury, mas Lambert, que pode ser o vocalista masculino mais talentoso da atualidade. Com seus vocais em “Bohemian Rhapsody”, “I Want To Break Free” e “I Want It All”, a voz de Lambert foi incrivelmente perfeita e cristalina, se aproximando de um tipo singular de perfeição. “Under Pressure” também ocupa facilmente seu lugar entre as performances mais gratificantes que já ouvi, com o baterista Roger Taylor fazendo a parte de Bowie.

O setlist generoso estava recheado de hits, com muitos intervalos para Lambert fazer uma pausa e trocar de roupa, mas a energia tendia a diminuir sempre que eram tocadas músicas menos conhecidas como “Bicycle Race”, “Machines” e “’39”, na qual May brincou, “se você não conhece a letra dessa, bata palmas, ​​ou faça qualquer coisa”.

Mas o último terço do show, cheio das canções mais populares de Queen, é um presente sublime e incomum que pode muito bem justificar qualquer preço insanamente alto que você tenha que pagar para conseguir um ingresso. Se o apelo duradouro do Queen nos mostrou alguma coisa, no decorrer do último ano, em particular, é que este é o planeta do Queen. Estamos todos apenas vivendo nele.

A turnê internacional “The Rhapsody Tour” continua sua temporada americana até o dia 23 de Agosto. Para uma lista completa da turnê, visite o site do Queen.

Autoria do Post: Josy Loos
Fonte: Edge Media Network

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