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06ago2019
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Review by Pittsburgh Post-Gazette do Show Queen + Adam Lambert em Pittsburgh (PA, EUA) – 31/07
Queen + Adam Lambert na PPG Paints Arena é bem matador Rami Malek, com alguma dentadura extra, levou o Oscar por interpretar Freddie Mercury em “Bohemian Rhapsody”, e enquanto eles não distribuem prêmios para apresentações em shows, no final da noite de quarta-feira, Adam Lambert claramente mereceu o manto de veludo e a coroa que ele vestiu para “We Are The Champions”.
E lembre-se, o cara nem ganhou o American Idol.
Mas isso é uma outra história. Ele é um campeão agora aos olhos de milhões de fãs em todo o mundo por trazer o Queen de volta à majestosa vida nova como um concerto de homenagem de alto nível com os dois membros restantes.
Queen + Adam Lambert, a sequência de sucesso de Queen + Paul Rodgers, lançou sua primeira turnê mundial em 2014 e finalmente estreou em Pittsburgh na quarta-feira em uma esgotada PPG Paints Arena em um mergulho deslumbrante em um dos catálogos de rock mais peculiares.
O palco, apropriadamente, estava enfeitado com toques de ópera, como uma fachada de teatro grego, cortinas vermelhas e cabines de teatro para alguns fãs afortunados. O guitarrista do Queen Brian May apareceu em silhueta na tela, e em um retorno inteligente aos shows da banda nos anos 70, Lambert apareceu em alguns lugares ao mesmo tempo antes de surgir em um terno preto e dourado com “Now I’m Here”.
A entrada dramática e o primeiro solo de May foram seguidos por uma mixagem sonora que persistiu através de “Seven Seas Of Rhye” e “Keep Yourself Alive” antes de iluminar “Hammer To Fall” e “Killer Queen”, que começou com Lambert se abanando no piano e chegou ao clímax com um dos solos fluidos habituais de May.
Fazer o papel de substituto de Freddie Mercury requer um equilíbrio impossível de humildade e extravagância que Lambert, com glitter em suas pálpebras, de alguma forma conseguiu alcançar apenas sendo ele mesmo.
“Eu me sinto tão sortudo e tão feliz de estar no palco com esses cavalheiros noite após noite”, disse ele, dirigindo-se à plateia. “É uma GRAAANDE honra estar carregando a tocha para um dos meus heróis musicais de todos os tempos: o insubstituível e único deus do rock Freddie Mercury!”
“Vocês sentem falta de Freddie?” ele disse acima dos aplausos. “Veja, isso é tão legal, eu sou como todos vocês. Eu sou um fã também. Eu apenas estou aqui em cima com esse terno muito gay”.
Na verdade, ele ficaria ainda mais gay, com um look prateado com franjas e a jaqueta de motociclista cravejada para “Bicycle Race”, cantada enquanto fazia pose em uma motocicleta giratória. Ele não usou a clássica regata branca, mas figurinos de lado, o importante é que ele tem cordas vocais raras para cantar como Mercury, sem nunca cair em imitação ou paródia.
Ele não precisou carregar tudo. No meio da apresentação, o show mudou-se para a extremidade da passarela onde May sentou-se com um violão para uma frágil e suave versão de “Love Of My Life”, maravilhosamente acompanhada por Mercury em vídeo. “Reconhecendo o fato de que isso é impossível de seguir”, como ele disse, ele fez isso de qualquer maneira com a canção folk-rock “’39”, uma das raras músicas onde ele assume os vocais principais no estúdio (de “A Night At The Opera”), que acabou sendo um destaque do show.
O baterista original Roger Taylor (desculpas por chegar nele só agora) assumiu a liderança em “I’m In Love With My Car”, como ele fez nesse mesmo álbum, e “Doin’ Alright”, e depois assumiu o papel de Bowie em “Under Pressure” muito bem. Também foi apresentada na passarela a agitada “Another One Bite The Dust”, agora difícil de escutar sem ouvir “Another Rides The Bus”.
Enquanto o show avançava, o Queen aprimorou os visuais de arte-rock, incluindo uma bola de discoteca para “I Want To Break Free” e feixes de laser para “Who Wants To Live Forever”, o tipo de balada poderosa feita para o “American Idol”. No momento mais Pink Floyd do show, May – guitarrista e astrofísico – foi na direção da ficção científica, elevado no alto entre luzes brilhantes para “Last Horizon”, um solo com linhas longas e elegantes e um final poderoso como trovão, que seguiu com o hard-rock de “Tie Your Mother Down”. Foi seguida por uma alegre cantoria conjunta com “Fat Bottomed Girls”, que foi estranha em 1978 e só um pouco mais errada em 2019.
Para o encerramento do set com “Bohemian Rhapsody”, May vestiu um traje espacial robótico e uma máscara e Lambert subiu em uma elevação com um único holofote, cantando a abertura “Mama, just killed a man”. Em outro toque perfeito, eles deixaram o interlúdio operístico para Mercury, através do vídeo clássico do Queen, antes de May e Lambert detonarem o enérgico clímax da música no momento musical mais emocionante da noite.
De volta ao vídeo, o cântico “Ay-Oh” de Mercury, do Live Aid, definiu o final com o hino dos estádios de futebol “We Will Rock You” e “We Are The Champions”, que mandou todos para casa completamente energizados.
Eles podem dizer aos seus netos, agora ou daqui a muitos anos, que eles viram o Queen? Não. Mas os dois membros originais e o cantor que idolatrava Freddie os deixaram bem perto do matador Queen.
Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Bruna Martins
Fonte: Pittsburgh Post-Gazette
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