Tradução da Entrevista de Adam Lambert na Hunger Magazine

Já publicamos anteriormente aqui, fotos do photoshoot que Adam fez para a Hunger Magazine, de Londres, com o aclamado fotógrafo Rankin. Agora, confira a tradução desta entrevista:

Adam Lambert fala sobre trabalhar com o Queen e o processo de produção de seu novo álbum, “Velvet”

Nós encontramos a estrela que mudou tudo, enquanto ele lança músicas novas e ruma por um novo caminho…

Tem sido um ano e tanto para Adam Lambert, seja se apresentando no Oscar de 2019 com o Queen, saindo em turnê com a banda icônica ou produzindo seus próprios sons vibrantes, o superstar não vai desacelerar tão cedo. Agora, a ponto de lançar seu quarto álbum de estúdio, intitulado “Velvet, o multitalentos está pronto para compartilhar um pouco mais de si mesmo com o mundo. Quatro anos após o lançamento de sua última criação, “The Original High”, muita coisa mudou no mundo de Adam Lambert e ele tem muito a oferecer.

Oi Adam, como você está?
Muito bem, ocupado… muito empolgado para lançar esse novo projeto! É como um bebê e está sendo incubado há muito tempo.

Você está nervoso por revelá-lo ao mundo?
Não, nem um pouco! Estou muito empolgado – não nervoso – eu nunca estive tão tranquilo. Eu olho para os últimos dez anos e eu estava confiante, mas muito mais apreensivo ao lançar um álbum, mas dessa vez, eu estou apenas aliviado e muito calmo a respeito. Eu acredito tanto na música, eu sinto que segui meus instintos e minha intuição mais do que nunca.

O que esse novo álbum significa para você?
Ele se chama “Velvet” e eu estou trabalhando nele há três anos. Parte da razão de ter sido um projeto tão longo é porque eu escolhi deliberadamente, não me apressar. Eu queria experimentar no estúdio e trabalhar com compositores – Eu fiz contato com pessoas com quem já trabalhei antes e muita gente nova que conheci socialmente e só comecei a ir para o estúdio e compor músicas. A sonoridade do projeto tomou forma por si só, eu não sabia o que eu queria fazer no início. Na minha opinião, esse álbum é bastante atemporal. A sonoridade faz muita referência ao que eu ouvia na casa da minha infância: é retrô. Há muita coisa escolhida dos anos 70 e 80 nele e ele vive em um mundo que é uma junção do novo e do velho – com certeza tem um quê vintage. E eu diria que ele é, como um todo, muito mais emotivo do que eu lancei até agora – pelo menos é o que meus amigos têm me falado! Sim, é “Velvet” (Veludo) – a palavra tem tantos significados. Parece mais suave, é algo muito macio.

Como você acha que sua música evoluiu através dos quatro álbuns?
Eu sou uma pessoa muito voltada para projetos. Eu gosto de ter um mundo em que cada álbum vive. Muito disso está dentro da minha cabeça, mas dá forma a tudo o que eu faço. Esse é muito específico na sua sonoridade e visual – são uma companhia muito específica para isso. A primeira música se chama “New Eyes”; há muitas energias e humores nesse álbum, todos vivendo nesse mundo de veludo. Eu escolhi essa música por causa da mensagem e da atmosfera – é uma canção romântica sobre precisar de alguém que te inspire a ver o mundo de uma forma diferente. Os olhos são novos para mim, um par de olhos que eu estou descobrindo, mas também, os olhos da pessoa são inocentes – eles veem a luz e a positividade, possibilidades e esperança. Estar perto dessa pessoa me anima e me faz ver as coisas dessa forma.

Parece uma época positiva para se estar criando?
Eu acho que algo lindo sobre ser um músico e ter ouvintes é o poder que se tem sobre o humor e percepção deles – tentar influenciar essas coisas para o bem é algo muito recompensador. O mundo está louco – há muitas coisas estressantes acontecendo, que geram ansiedade. As pessoas estão procurando por esperança e razão. Para mim, a coisa mais poderosa para combater a ansiedade é amor, felicidade e conexões.
Esse é o tema principal do álbum: se conectar e encontrar o que você precisa para ser feliz e estar contente.

Como é ser um modelo para a comunidade gay?
É uma honra. Eu tive sorte de crescer em uma família muito aberta; eles me apoiaram muito quando eu me assumi aos 18 anos. Então eu me mudei para LA e me tornei um adulto e tive minha cota de relacionamentos e aventuras e nos últimos dez anos, eu tive minha jornada pessoal de identidade e relacionamentos. Quando eu me tornei uma figura pública eu já tinha tido 10 anos para descobrir quem eu queria ser. Então ficar sob os holofotes aos 27 anos, foi importante para mim, porque eu fiz isso no meu tempo. Isso faz a pessoa ser capaz de liderar e abrir os olhos das pessoas. Eu tenho muitos fãs do American Idol que podem nunca ter conhecido uma pessoa gay antes então, ser esse catalisador para conversas foi intimidante no começo, mas rapidamente eu percebi que era minha responsabilidade.

Sua criação foi particularmente criativa?
Sim, meu pai foi DJ na faculdade, então havia muitos discos na casa; minha mãe tinha uma coleção enorme, também. Eles estavam sempre tocando música, sempre. Eu acabei ouvindo muita coisa dos anos 70, que eles gostavam quando jovens. Meu pai tinha muito rock clássico, e minha mãe, ouvia Al Green e Aretha Franklin, então a música era muito diversificada. Eu associo algumas músicas a memórias e muitas dessas são músicas dos meus pais. Estar no quintal com eles, fazendo um churrasco e ouvindo Bob Marley – sempre me lembro disso. Então, sempre que eu escuto Marley, eu me lembro de tempos mais simples e do sol.

Você consegue pensar em alguns álbuns que moldaram sua personalidade?
Obviamente o álbum “Realistic”, do Queen, que era uma compilação – mas um mundo inteiro se abriu a partir desse. É claro que eu sou o maior fã do Freddie. Led Zeppelin foi muito importante. The Rolling Stones – minha mãe é uma grande fã dos Stones. Quer dizer, diga um nome, eu ouvi. Meu pai ouvia muito “The Grateful Dead”.

“Tocar para grandes plateias por todo o mundo e vê-los cantando juntos e entendendo o poder da música é transformador para uma pessoa. É união, todo mundo cantando junto – é unir uma arena inteira, o que nos dias de hoje, é pura magia.”

Como a sua experiência com o Queen mudou você como músico?
Eu acho que o poder das músicas é ser atemporal – eles não seguiam nenhuma tendência, eles experimentaram com sons e estilos musicais diferentes – eles eram destemidos. Eu sempre gostei desse lado – eles são a prova de que isso funciona. Tocar para grandes plateias por todo o mundo e vê-los cantando juntos e entendendo o poder da música é transformador para uma pessoa. É união, todo mundo cantando junto – é unir uma arena inteira, o que nos dias de hoje, é pura magia.

Freddie Mercury era um ícone seu, enquanto crescia?
Eu só entendi realmente quem ele era, na adolescência. Uma vez que você entende quem é o Queen – você percebe que eles estiveram no subconsciente da sua cultura pop o tempo todo. Eles são uma dessas bandas cujas canções são tão icônicas que você pode até não saber nada sobre eles, mas você conhece a música!

O que as pessoas podem esperar da sua turnê com o Queen?
Nós vamos testar novos componentes visuais e vamos tentar mudar o conceito dessas músicas, com novas luzes e cenário. Nós nos divertimos muito criando juntos. As pessoas sempre perguntam se não gostaríamos de gravar algo juntos, e eu não sei se isso faria sentido, porque não seria realmente Queen, porque, para mim, Queen é Freddie. O que eu mais gosto é colaborar e montar esses shows juntos e criar no palco – é muito recompensador e empolgante. Apresentar ideias a esses dois senhores – especialmente quando eles gostam da ideia!

O que mais está por vir, para você?
Esse álbum tem sido o foco, é claro; minha intensão é criar mais conteúdo visual do que nunca, e isso meio que é tudo o que eu posso dizer! Mas é um jogo inteiramente novo, eu tenho um novo manager e uma nova equipe e deixei o caminho livre para esse projeto. Estou muito empolgado por ter um novo arranjo em uma nova situação, porque vai fazer o projeto parecer diferente – estou realmente muito empolgado!
Viajar com o Queen me lembrou o que é uma grande canção e por quê. Também me fez perceber que as pessoas me veem cantando essas músicas e esse álbum está mais alinhado com o que os fãs do Queen vão gostar, mais do que nunca. Eu não acho que tenha feito isso de propósito, foi natural, a cada sessão no estúdio eu usava canções do passado que eu nunca tinha feito realmente. A sensação é de que foi fortemente guiado por músicas do passado.

Quais você diria, foram suas principais influências?
Na maior parte, os anos 70. A fusão de rock, soul, R&B e funk e como eles se encaixam. No geral, o álbum tem um ar mais orgânico e você pode ouvir todos os instrumentos – eu queria subir ao palco com uma banda de 4 instrumentos e tocar. Não depende de sons computadorizados, há muito mais instrumentos ali.

Se você pudesse resumir “Velvet” em três palavras, quais seriam?
Glam. Suave. Sensual.

Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Stefani Banhete
Fontes: @brianmaycom, Hunger Magazine, @14gelly e Just Jared

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