Ex-Diretor das Gravadoras Universal e EMI Music da Ásia elogia Adam Lambert

Hans Ebert, ex-diretor das gravadoras Universal e EMI Musica da Ásia em uma publicação do seu Blog Pessoal no último dia do ano de 2018, teceu elogios a interpretação de “Believe” de Adam Lambert durante sua homenagem a Cher na Premiação Kennedy. Confira na íntegra a seguir:

Adam Lambert: sua versão e acreditar

Já foi feito muitas vezes: pegar uma música agitada e bem conhecida e torná-la lenta, em uma balada ou bossa nova, neoclássica ou aquele termo obtuso que muitos chamam de “Jazz”. Nunca é Jazz. É simplesmente Pop. Mas tornar uma música popular do Top 40 em uma balada não é algo fácil de se fazer. É quando as habilidades de A&R, um conhecimento do repertório antigo de alguém e dos arranjos, vem à tona. E sobre sentimentos muito pessoais.

Quando Ryan Adams transformou o sucesso do Oasis “Wonderwall” em uma suave canção de amor, é uma música onde todas as peças se encaixam. Parece ter sido gravada ‘ao vivo’ com Adams querendo algo puro, verdadeiro e emocionante. Funciona. Lindamente.

Na última semana, Adam Lambert pegou “Believe” da Cher e a transformou em uma mensagem de musical catártico sobre como a “Fat Lady” havia cantado e uma relação estava verdadeiramente acabada – triste, mas como aquela resolução interna iria fazê-lo passar por isso. É uma versão magnífica. Um tributo brilhante a Cher. Ele te atrai para a música e te mantém lá. Teatral? Talvez, mas o que há de errado nisso.

Quando ele fez audição para o “American Idol” – e quem realmente achou que ele não estaria no Top 2 ou mesmo venceria essa temporada? – ele apresentou essa mesma música.

Eu lembro de como me senti sobre sua interpretação na época, e como ressoa para mim hoje. Do mesmo modo, mas diferente. Tem a ver com a jornada de vida de alguém. As pessoas mudam. Novas pessoas entram. Sentimentos mudam.

O que eu acreditei na época significa outra coisa para mim hoje. Hoje, é uma mensagem em uma música – para ela, para mim mesmo. Hora de seguir em frente. Nada mais a dizer. Já basta.

Também é sobre o poder de uma música nas mãos certas. Logo, todo cantor em todos os bares estarão cantando “Believe”. Mas eles não são Adam Lambert. Ainda assim, é um mundo livre e como cantores fazem suas versões de músicas como “Imagine” e “Hotel California”, essa tendência irá continuar e a audiência irá aplaudir como focas treinadas. Eles não conhecem nada melhor.

A maioria não têm ideia do que Chris Cornell fez com “Billie Jean” ou “Nothing Compares 2 U”. Talvez eles não gostariam dessas versões. Para mim: são brilhantes.

Outros têm sido suficientemente inspirados a copiar sua versão. Sua interpretação. Mas eles não eram Chris Cornell. Quem diria por que ele fez o que fez como fez e quando. Faz sua decisão de deixar esse mundo nos fazer questionar sobre a fragilidade da vida. Como é fácil ligar para alguém só para perguntar como estão. Pode simplesmente salvar uma vida.

É quando esses covers se tornam originais, porque eles são muito pessoais. Ninguém sabe por que as músicas foram escolhidas. Por que elas foram interpretadas como foram. E por que muito poucas funcionam. Talvez porque seja música da alma. E música para a alma.

Tenha um Feliz 2019.

Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Bruna Martins
Fonte: Hans Ebert

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