[REVIEW] Eternal Terror: Queen – Adam Lambert na Telenor Arena (Oslo, Noruega – 17/06)

QUEEN – ADAM LAMBERT na Telenor Arena

por Jens Nepper

A banda lendária Queen e o vocalista extremamente talentoso, Adam Lambert, fizeram uma visita à capital da Noruega, Oslo, no outro dia e acabou sendo uma daquelas experiências mais incríveis e hipnotizantes que nos deixou abismados e querendo mais. A Arena Telenor estava quase esgotada e eu soube que ao redor de 22.000 fãs de várias nacionalidades e culturas tinham enchido o local. Foi uma coisa gloriosa de contemplar! O palco parecia fantástico mesmo antes do show começar. Queen e Lambert entraram no palco por volta das 19h40 e começaram com uma versão energética de “Tear It Up” e, daí, não houve como voltar atrás enquanto eles tocavam clássicos soberbos e intemporais como “Seven Seas Of Rhye”, “Tie Your Mother Down”, “Play The Game”, “Fat Bottomed Girls”, “Killer Queen”, “Don’t Stop Me Now”, “Bicycle Race”, “I’m in Love With My Car”, “Another One Bite The Dust”, e “I Want It All”, apenas para listar as músicas que foram ao ar durante a primeira metade do show. Até a canção “Lucy” de Lambert fez uma aparição e foi uma boa surpresa para o set. Tudo soava forte e acentuado, mas todos os detalhes sutis e nuances das músicas foram preservados e claramente audíveis durante o tempo todo. Havia um equilíbrio bombastico em todo momento que era de tirar o fôlego e quase irresistível.

Dizer algo negativo ou escolher algum destaque parece meio que tonto porque… bem, estamos falando de Queen pelo amor de Deus! Esses caras não são apenas uma banda aleatória com apenas alguns hits ou músicas clássicas em seus cintos! Mas sim, se eu fosse forçado a citar alguns momentos de destaque, seria definitivamente a trilogia do amor, ou seja, “Love Of My Life”, “Somebody To Love”, e “Crazy Little Thing Called Love”. Graças à tecnologia moderna, o primeiro apresentou um dueto extremamente comovente com Brian May e imagens de vídeo (bem como acompanhamentos vocais, obviamente) de Freddie Mercury. Foi um daqueles momentos que não havia palavras, e onde você pode ouvir metade da arena soluçando e derramando lágrimas de saudade e alegria. Depois de uma divertida batalha de bateria, vieram dois outros destaques, mais especificamente “Under Pressure” e “I Want To Break Free”, e ambos soaram tão vitais e vigorosos como sempre. A interpretação emocionante de “You Take My Breath Away”, “Who Wants To Live Forever”, a composição de Brian May intitulado “Last Horizon”, “The Show Must Go On”, “Radio Ga Ga”, e, não surpreendentemente continuou com, “Bohemian Rhapsody”. Depois de um show de duas horas, a banda retornou ao palco para um bis que foram com os seguintes; “Day-Oh” (versão gravada), “We Will Rock You” e “We Are The Champions”. Uma versão gravada de “God Save The Queen” serviu como a música de saída da banda, que era a maneira mais adequada para encerrar uma noite tão divertida e memorável.

Assistir a interação entre Brian May e Roger Taylor em ação, bem como suas interações com Lambert foi maravilhoso e fez o cabelo dos meus braços arrepiarem de vez em quando. Sim, foi assim de incrível! Taylor pode não ser um baterista muito inovador, mas ele tem uma maneira única e especial de tocar que se destaca e é reconhecível imediatamente, o que é muito mais que se pode dizer de tantos outros bateristas por aí. Além disso, ele ainda possui uma ótima voz, que foi um prazer de ouvi-lo. Brian May é e sempre será um dos melhores guitarristas na face da terra e não há ninguém como ele por aí. Sua maneira de criar riffs e melodias é magnífico e ele transmite calidez e encanto no palco. Cada membro da banda Queen merece elogios e respeito. Nem um único tom ou ritmo estava desafinado e havia muita paixão em tudo isso. A quantidade de disciplina que estava em exibição naquela noite era simplesmente impressionante. Visualmente, o show foi absolutamente deslumbrante e inspirado (ou construído em torno) da capa do álbum “News Of The World”. Tentar descrevê-lo seria um exercício fútil, então vá ao YouTube e assista alguns clipes, se você quiser entender melhor como eram as partes dele.

Como o nome do conjunto indica claramente, este é o Queen liderado por Adam Lambert, que é a maneira perfeita de ilustrar que May e Taylor estão agora em turnê com o vocalista acima mencionado. É também uma maneira inteligente de afirmar que Freddie Mercury será sempre o cantor do Queen e que nenhuma tentativa foi feita para substituí-lo como tal. Em vez disso, Queen e Lambert estão mantendo o legado musical e o catálogo impressionante de canções vivas e visíveis nos palcos do mundo. As pessoas deveriam se calar ao comparar Lambert com Mercury e simplesmente aceitá-lo pelo vocalista insanamente talentoso e fantástico que ele realmente é. Digam o que quiser, mas seu estilo, atitude e carisma combinam perfeitamente com a grande máquina do Queen. As cordas vocais dele são fora deste mundo e como foi visto na Arena Telenor, ele tem controle total de sua voz.

Se você tiver a chance de assistir a um de seus shows faça. Ficamos totalmente impressionados com todo o espetáculo. Como minha esposa disse depois, foi uma afirmação da vida e um lindo show que transcendeu as palavras e o bom senso. Simplificando, Queen ainda tem o domínio supremo – vida longa ao Queen!

Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Sandra Saez
Fonte: Eternal Terror

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One Comment

  1. Eu concordo com tudo! Maravlhoso! Queen + Adam lambert estão fantásticos! O Adam é fenomenal!

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