[REVIEW] NDR: Queen presta tributo a Freddie Mercury e a eles mesmos (Hamburgo, Alemanha – 20/06)

Queen presta tributo a Freddie Mercury e a eles mesmos

por Johanna Ohlau

Na última quarta-feira houve uma união de gerações na Barclaycard Arena, em Hamburgo: entre a banda britânica Queen, com o baterista Roger Taylor e o guitarrista Brian May, juntamente com o cantor americano Adam Lambert, com a plateia. Esta performance – também uma homenagem ao falecido vocalista Freddie Mercury, que morreu em 1991 – deu aos fãs de todas as idades uma noite cheia de hits da excepcional banda.

Elton John, Axl Rose, Roger Daltrey, Dave Grohl e George Michael – cada um desses músicos já emprestaram suas vozes a banda Queen após a morte de Freddie Mercury. Os passos deste músico excepcional são, sem dúvida, grandes. O falecido vocalista é sem dúvida um dos maiores cantores de rock de todos os tempos.

Esses passos são certamente grandes demais e ninguém poderá substituir a voz inconfundível de Mercury. No concerto em Hamburgo, rapidamente fica claro que o cantor Adam Lambert também não quer isso. “A propósito, eu não sou Freddie”, ele brinca entre duas músicas. A audiência ri, pois entendeu o que Lambert quer dizer. Ele nem sequer procura se comprometer com Mercury, embora o americano também tenha um volume impressionante e possa cantar sem esforço ao longo de várias oitavas.

Mas se você se envolver neste projeto de banda dos dois membros fundadores com Adam Lambert, os músicos oferecem uma noite de sucesso cheia de memórias, mas também com novas interpretações dos grandes títulos. Esses momentos são principalmente Brian May, que literalmente celebra as músicas com extensos solos de guitarra e deixa as cordas de sua guitarra tocar por alguns minutos. Mas mesmo Roger Taylor tem seus grandes momentos na bateria com prazer. É incrível a quantidade de energia que May, de 70 anos, e Taylor, de 68 anos, dispensam no palco. Outro membro fundador da banda, John Deacon, está ausente esta noite, pois o baixista já se aposentou.

No início do show, um robô chamado Frank, com suas mãos gigantescas, levanta a grande tela, enquanto May inicia com “Tear It Up”. A tela é uma parte integrante de todo o show e sempre um chamariz, como também há trechos de concertos lendários como em Wembley de 1985 e 1986, mas também lugares de vídeos musicais conhecidos, como “Bohemian Rhapsody”, tudo muitas vezes enquadrado por efeitos especiais e um show de laser planejado com os mínimos detalhes.

A performance é parcialmente coreografada. Mas sem essa precisão, o clímax emocional da noite não teria sido possível: enquanto Brian May toca a balada “Love Of My Life” em um violão, não é a voz de Lambert que o acompanha. É a de Freddie Mercury. May e o falecido vocalista podem ser vistos juntos na tela – hoje, a gravação de Mercury vem de um show no Wembley Stadium de 1986. Cada detalhe é verdadeiro, então a impressão surge, os dois tocam juntos… é um momento emocionante, que ainda impressiona muitos fãs após o show.

Os fãs também estão entusiasmados com o conhecimento de May sobre o alemão, que pergunta ao público “Wollt ihr mit mir singen?” [Vocês querem cantar comigo?] e comenta o resultado com “completely wunderschön” [absolutamente lindo]. Ambos fundadores do Queen cativam com seu estilo encantador, e sem nenhum traço de arrogância. “Muito quente aqui”, diz Roger Taylor, pouco antes de “Under Pressure”.

No geral, o setlist é uma verdadeira seqüência de hits. Torna-se claro novamente quão versátil e bem sucedida foram as composições de Mercury, May e Taylor. Apenas no começo há algumas músicas menos conhecidas, mas não demora muito para que os primeiros destaques musicais sigam com “Bicycle Race”, “Killer Queen”, “Another One Bites The Dust”, “Radio Ga Ga” ou “We Will Rock You”.

Adam Lambert, que acabava de nascer quando o Queen já celebrava sucessos mundiais, se destaca em “Who Wants To Live Forever” ou “Somebody To Love” e seus pontos fortes nessas interpretações já são evidências do seu antigo trabalho como ator musical. Em comparação com May e Taylor, ele ainda é muito jovem, e não apenas está se divertido, como também tem no estilo roupas chamativas, que estão repletas de glitter, ouro e prata da cabeça aos pés. No final do show ele é coroado literalmente em “We Are The Champions”: com coroa brilhante e manto de ouro completo com duas peças de prata sob ele.

No geral, o show parece um pouco com o de uma banda cover. Mas a banda simplesmente não toca os sucessos de outros grandes nomes do meio musical, mas cobre quase todas as suas próprias músicas. Queen + Adam Lambert homenageam seu grande vocalista Freddie Mercury, mas também a eles mesmos – e milhares de fãs na arena de Hamburgo comemoram as mais de duas horas de show com entusiasmo.

Autoria do Post: Josy Loos
Fonte: NDR

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