Portal NME entrevista Adam Lambert em Londres – 31/05

Jordan Bassett do portal NME entrevistou Adam na última semana (31/05), após seu encontro com jovens LGBT+ no Mosaic LGBT Youth Centre, em Londres:

“Me senti fabuloso”: Mega estrela do pop Adam Lambert fala sobre a experiência de se assumir

Na final da semana passada, o herói do pop, ex-participante do American Idol e atual vocalista do Queen, Adam Lambert conversou com os jovens no Centro de Caridade LGBT+, Mosaic, em Londres, onde ele contou sua experiência como membro da comunidade LGBT+. Aqui, ele conta sua história ao se assumir.

“Era Halloween, e eu tinha uns 9 anos de idade, e peguei um vestido da caixa de fantasias no sótão. A fantasia de Branca de Neve da minha mãe do ano anterior; Eu percebi que era assim que eu queria sair pra pedir doces. Eu pensei: ‘Perfeito! Isso vai ficar bom.’ Eu me senti fabuloso. Meu pai era legal e mente aberta. Minha mãe falou ‘Adam, você não pode sair na vizinhança assim! As pessoas não vão entender e elas podem ser más com você.’ Ela falou do fundo do coração. Eu recebi uns olhares estranhos, mas me senti muito bem nesse vestido. Ficou bem apertado na minha cintura.

Eu soube, pela minha adolescência, que eu era um pouco diferente das outras crianças. Eu soube mais ou menos na sétima série – aos 14 anos – mesmo eu não tendo cem por cento de certeza. Eu também nunca tinha tido nenhuma experiência e não tinha confirmado isso. Eu fui para o ensino médio e não tinha tido nenhum relacionamento, apesar de eu ter dado uns beijos em algumas garotas para ter certeza. Depois de eu me formar no ensino médio, eu me assumi para os meus três amigos mais próximos, e um pouco depois me assumi para os meus pais. Eu me senti muito melhor. Eu fui sortudo porque isso foi bem recebido e meu pais falaram tipo ‘É, a gente sabe’.

Senti como se finalmente eu fosse capaz de tirar esse peso das costas, foi um alívio. Meu irmão mais novo disse: ‘Ah, finalmente, agora eu sinto que posso conversar com você mesmo. Parecia que você não estava sendo totalmente você, você não estava sendo honesto com quem você era. Agora eu sinto que você não está escondendo nada.’ Isso definitivamente melhorou meus relacionamentos.

Eu tive a sorte de me mudar para Los Angeles depois de me formar no colégio, e LA é – dependendo de onde você vai – bem indiferente. Eu estava tentando seguir a carreira no entretenimento e ia à audições; teatro, a maioria. Eu pensei que o teatro seria a minha comunidade, mas às vezes você parece ser muito afeminado para certos papéis. Se é isso que te impede de conseguir o papel, você começa a se sentir envergonhado dessa parte de si mesmo. É tão diferente agora. Os mundos do cinema, TV e música têm progredido um pouco. Não há mais tanto medo, ou vergonha.

A conectividade têm mudado as coisas, também, porque se você quiser procurar pessoas com a mesma cabeça, você consegue. Aonde eu fiz parte da campanha ‘It Gets Better’, eu disse: ‘Entre na internet, encontre pessoas. Você pode estar numa cidade onde você é o único gay e isso pode ser um saco. Mas use as ferramentas que você tem a sua disposição. Se conecte com as pessoas, converse sobre isso.’

Depois do American Idol, eu de repente saí da bolha do mundo do teatro de LA do mundo da vida noturna, e coloquei isso na frente às massas do centro da América. De repente, eu estava experimentando verdadeiras ignorâncias pela primeira vez. Eu recebi comentários [homofóbicos] online, e houve um recuo com a gravadora, porque a capa do meu primeiro álbum foi um pouco demais. Eu fiz uma performance no American Music Awards aonde eu beijei um cara – houve uma grande controvérsia. Me disseram ‘Você causou um grande prejuízo a sua carreira com isso.’ Eu mantive minhas armas, no entanto. Eu pensei: ‘Eu não estou me desculpando, foda-se.’”

Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Lucas Vinícius
Fontes: NME e @jordandbassett

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