Review by Beat do Show Queen + Adam Lambert em Melbourne (Austrália) – 03/03

Queen e Adam Lambert mantém o status de realeza de rock

Eles são os campeões.

Por Claire Morley

”Eu sei o que alguns de vocês devem estar pensando”, Adam Lambert proclamou à Arena Rod Laver lotada. ”Vou dizer em voz alta: ‘Ele não é o Freddie.”’

Ele está certo, é claro. Entrando no show, este era o cochicho por toda parte. O que é o Queen sem o Freddie?

”Não, m*”, Lambert replicou a sua própria declaração. ”Porque só haverá um deus do rock chamado Freddie Mercury.”

Essas palavras vieram sete músicas após o início do show épico de duas horas. Lambert se dirigiu à plateia com seu carisma extravagante, maquiagem impecável e estilo teatral, e ganhou toda a audiência, abrindo o caminho para um dos melhores shows do ano até agora.

Foi um alívio, quebrar a barreira entre sentir como se estivesse em uma sessão de karaokê ao invés de numa apresentação de uma das maiores bandas do mundo.

Embora Lambert seja uma estrela por si só, Brian May, 70, e Roger Taylor, 68, foram heróis à mostra a serem adorados. A guitarra de May foi impecável e a bateria e os vocais de Taylor foram radiantes.

Ao todo, a noite deu aos membros originais muitas oportunidades de demonstrar que eles realmente ainda estão com tudo. Pontuado por solos de guitarra, um duelo de bateria, e aparições frequentes do seu robô-mascote Frank – cuja primeira aparição foi na capa do seu álbum de 1977 “News Of The World” – o set não deixou nada a desejar.

O palco em forma de guitarra foi iluminado de maneira espetacular, utilizando tudo que a arena poderia oferecer. As imagens em vídeo foram magistrais, com homenagens emocionantes a Freddie Mercury pontuadas ao longo do show, vídeos dele cantando e tocando com a banda. A homenagem mais linda e tocante veio durante o ponto alto da noite – a interpretação acústica de May de “Love Of My Life”. Com lágrimas em meus olhos, é um momento musical que não esquecerei tão cedo.

A voz de Lambert é extraordinária. Realmente impecável em sua força, clareza, e capacidade emocional. Honestamente, não conseguiria pensar em outro vocalista além de Freddie que eu iria querer liderando a banda, muito distante de minha apreensão quanto a isso.

“Who Wants To Live Forever” e “Radio Ga Ga” foram, sem dúvida, pontos altos preenchendo o final do show, antes de um bis com “We Will Rock You” e “We Are The Champions”. “Don’t Stop Me Now”, “Under Pressure” e “A Kind Of Magic” estiveram entre algumas das melhores que eu vi.

Queen sem Freddie é diferente, é claro, mas está em boas mãos com Lambert. Nunca pude ver o Queen original intacto, mas eu fico em paz sabendo que vi ‘a próxima melhor coisa’.

Os três foram embora, os braços em torno um do outro, antes fazendo uma reverência, os reis do Queen, venerados por seus seguidores. Nas palavras do próprio Lambert, eles são a realeza do rock n’ roll, literalmente.

Ponto alto: Deixando o show com um de meus melhores amigos tendo acabado de compartilhar a melhor noite de nossas vidas.

Ponto baixo: Um exílio em massa muito ruim durante o único momento solo de Adam Lambert, cantando “Whataya Want From Me”. Depois de sacrificar sua própria identidade musical pela maior parte do show, ele merecia mais.

Favoritos da plateia: Brian May foi tratado como um deus.

Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Bruna Martins
Fonte: Beat

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