Review by The Advertiser do Show Queen + Adam Lambert em Adelaide (Austrália) – 27/02

Queen + Adam Lambert no Adelaide Entertaiment Centre, 28 de Fevereiro.

Por Patrick McDonald

“Houve apenas um Freddie Mercury”, disse o novo vocalista do Queen para a plateia, quase apologeticamente. Felizmente para nós – e para o restante dos membros originais da banda, Brian May e Roger Taylor – também há um Adam Lambert.

O vice-campeão do American Idol e artista solo se encaixa perfeitamente no grupo inglês, com um alcance vocal estratosférico que dão calafrios na espinha, e uma persona escandalosamente macho-alfa no palco, o que traz de volta o legado de Mercury.

Ainda assim, Lambert não é um imitador, graças a Deus. Ao mesmo tempo em que ele se adequa às melodias que os fãs do Queen sabem de cor, ele adiciona seu toque e seu estilo vocal próprios, e leva seus looks a um outro nível com mais trocas de roupa do que Dita Von Teese.

O Queen também trouxe um palco novo para essa turnê, estilizada para o 40º aniversário do álbum “News Of The World”.

A tela de vídeo semicircular que envolve o palco começa a balançar violentamente ao estrondoso som de passos se aproximando antes de uma mão mecânica gigante aparecer e virar para alcançar a multidão.

É seguido pelo rosto de Frank, o robô (nome dado por causa do artista de ficção científica Frank Kelly, quem criou a icônica capa do álbum) que levanta a tela de vídeo para as vigas enquanto a banda toca alguns versos da introdução de “We Will Rock You”, e então segue para “Hammer To Fall”, com o primeiro de inúmeros violentos solos de guitarra de May.

Taylor ficou quase todo o show atrás da bateria, diferente da última turnê da banda pela Austrália em 2014, e continuou lá para uma introdução heavy metal com uma batida rápida de “Stone Cold Crazy”, e depois a clássica “Tie Your Mother Down”.

Uma linha de frequência cardíaca no telão seguia o inconfundível toque de baixo de “Another One Bites The Dust”, com Lambert ficando particularmente mais brincalhão no verso final.

May tomou o centro do palco para um solo de guitarra que levou para o refrão de “Fat Bottomed Girls”, com Lambert chamando por todas as “vadias bundudas” para “subir em suas bikes e passear” antes de deixar o palco.

Em um momento no palco digno de Spinal Tap, Lambert reapareceu com um terno florido em cima de um modelo gigante da cabeça robótica de Frank enquanto ela saia do chão do palco em formato de braço de guitarra, mexendo seus olhos brilhantes e coloridos, para a música “Killer Queen”.

Não Me Parem Agora (“Don’t Stop Me Now”), pediu o cantor, enquanto o vídeo do telão entrou em uma erupção de gráficos circulares da capa do álbum de jazz, antes dele pular em um triciclo florido para se juntar a “Bicycle Race” enquanto as garotas mencionadas acima circulavam a tela sobre a cabeça.

O tema de transporte continuou enquanto se mesclava com a melodia de Taylor, “I’m In Love With My Car”, com sua tumultuada bateria e guitarras de ronco de motor, provando que ele ainda tem esse vocal rouco do rock.

A tela acendeu janelas vermelhas para uma breve versão de “Get Down, Make Love”, seguido de algumas interações de voz e guitarra entre Lambert e May, antes do hino “I Want It All”, que fez qualquer membro da plateia que ainda estava sentado, se levantar.

May foi para a frente da passarela para um acústico, com uma improvisada “Waltzing Matilda” levando a plateia para “Love Of My Life”, que terminou com uma inteligente e emocionante interação com o falecido Mercury em vídeo.

Ele então foi acompanhado por Lambert e Taylor, em uma bateria menor, para tocar “Somebody To Love” e uma versão mais lenta de “Crazy Little Thing Called Love”, antes de Taylor tocar numa batalha de bateria com o percussionista Tyler Warren no final do palco.

O baixista Neil Fairclough conduziu o inconfundível ritmo de “Under Pressure”, com Taylor cantando as partes de David Bowie, e continuando no microfone para “A Kind Of Magic”, completado com gráficos animados e a guitarra igualmente brilhante de May.

Lambert até apresentou um de seus hits solo, “Whataya Want From Me”, o que conseguiu uma grande reação do público, antes de outro clássico do Queen, “I Want It All”.

Então, a voz surreal de Freddie soou enquanto lasers passavam pela escuridão com “Take My Breath Away”, e Lambert levantou da passarela para uma versão absolutamente angelical de “Who Wants To Live Forever”.

Com a ajuda da hidráulica e efeitos de vídeo habilmente posicionados, o robô retornou para levantar o Doutor em Astronomia May para o espaço para um solo de guitarra muito, muito longo que foi do estilo Brighton Rock, para um de seus próprios delicados e complexos instrumentais e voltando, rodeado de planetas e estrelas cadentes.

Os efeitos eletrônicos do tecladista de longa data Spike Edney anunciaram “Radio Ga Ga”, completada com gráficos do filme Metropolis e o público batendo palmas sincronizadas com o vídeo.

Nesse momento May se levantou da passarela em uma nuvem de fumaça branca para combinar com seus cabelos e capa metálica para “Bohemian Rhapsody”, completada com o habitual vídeo de ópera.

Então Lambert surgiu de volta usando uma coroa, uma capa dourada e couro prateado para o inevitável final, batendo o pé e batendo palmas em “We Will Rock You” e a triunfante “We Are The Champions”, mandando para a encantada plateia um banho de confetes brancos.

Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Lucas Vinícius
Fonte: The Advertiser

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