Review by Eventfinda NZ do Show Queen + Adam Lambert em Auckland (Nova Zelândia) – 17/02

Review: Queen e Adam Lambert 2018

Era 2014 quando eu escrevi minha última review de Queen e Adam Lambert. Em uma noite fresca de Setembro, tomei meu caminho até a Vector Area com meu pai. Passamos por pessoas com penas e brilhos, aquelas exuberantes e aquelas mais deprimidos, que são atraídas ou por Lambert, Queen ou ambos. Eu tinha baixas expectativas em qualquer coisa relacionada ao Queen, pois não é surpresa que o Freddie nunca poderia ser replicado. Fui deixada agradavelmente surpresa, para dizer o mínimo, e escrevi minha review mais entusiasta.

Avançando para a noite passada, e não mudou muita coisa… exceto o nome do local (agora Arena Spark). Haviam as multidões de seguidores leais do Queen e fãs do Adam que enchiam as ruas e barracas de mercadoria em volta. As ruas estavam alinhadas com os barcos indo em direção ao local, em números consideravelmente maiores do que eu me lembro de 2014.

Enquanto olho ao redor da entrada há menos penas e lantejoulas, e mais camisetas à venda dizendo ”Queen” ou ”Adam Lambert”. O que eu noto novamente enquanto estou parada ali pegando minhas rosquinhas cheias de açúcar é a mistura de pessoas aqui outra vez – os carecas e os monótonos misturados com os jovens e os velhos. A palavra deve ter se espalhado sobre a qualidade da apresentação de 2014 (mentalmente dou um tapinha nas minhas costas e tomo crédito por algo que não mereço realmente), e fãs saíram dos esconderijos dos céticos, como eu em 2014.

Silenciosamente animados, meu pai e eu entramos – nosso lugar é na pista na fileira 28. Ele olha para mim com as sobrancelhas erguidas e um brilho no olho… Eu posso dizer que ele está animado, e é o mais próximo que ele já esteve dos seus ídolos musicais. Enquanto inspeciono a arena, a casa fica cheia. Não consigo ver um único lugar vago em toda a arena. Nós encontramos a fileira 28 e enquanto sentamos, ele nota a música tocando enquanto as pessoas acham seus lugares, é uma faixa escondida em um dos álbuns do Queen. Ele recorda uma história de quando ele dormiu ouvindo um dos álbuns, ainda de fones (como a maioria das noites), quando ele acordou com o som de alguma coisa que ele não tinha ouvido antes… uma faixa secreta no final do álbum. Se isso não é prova de um fã leal e devoto, e provavelmente um crítico mais confiável do que eu, então eu não sei o que é.

O show começa com o robô da capa do álbum do Queen “News Of The World”. Ele quebra uma grade para revelar a banda e Lambert no palco, abrindo com um trecho de “We Will Rock You”. A plateia dá vivas e salta de pé imediatamente. Após sua introdução, eu ouço ”Dormindo
ProfundamenteEmUmaManhãDeSábadoSonhandoQueEu
EraAlCapone…” cantado alto em meu ouvido. Meu pai estava radiante cantando “Stone Cold Crazy” e ele ganhou vida com as letras em ritmo rápido pouco conhecidas, sacudindo para cima e para baixo como se ele tivesse 21 outra vez (embora com alguns rangidos e cabelos grisalhos – te amo, Pai!). Eu não era a única um pouco perdida com esta faixa, e houveram algumas pessoas que cessaram um pouco, já que a plateia (exceto meu pai e os outros fãs de verdade) não conhecia.

“Another One Bites The Dust” deixou a multidão rugindo, fluidamente seguida por “Fat Bottomed Girls” onde Lambert convocou suas irmãs. Tivemos um grande começo, e a plateia aprovou. Adam retornou – após uma rápida troca de roupa – equilibrado na cabeça do Robô (que soubemos que se chama Frank). Em um terno roxo enfeitado, ele canta “Killer Queen” com seu instinto natural e extravagância combinados com suas incríveis habilidades vocais. Ele tira um momento para dar as boas vindas a Auckland e nota o que os novatos devem estar pensando – ”Vocês provavelmente notaram que eu não sou o Freddie… não, m*!” a multidão celebra deleitada. ”Há somente um deus do rock… Freddie Mercury!” a multidão enlouquece para o artista que deixou sua marca registrada neste mundo.

Indiscutivelmente, este é um ponto pertinente, sabiamente reconhecido pelo próprio Lambert antes que ele fosse longe demais no show. Lambert não é o Freddie e ele não tenta ser. Ele se encaixa bem no Queen com sua habilidade vocal impressionante que alcança alturas fenomenais, e sua extravagância que comanda o palco – como fazia Freddie – mas ele faz do seu próprio jeito, com suas habilidades falando por si só. É por isso que Queen e Adam Lambert juntos funcionam tão bem. Não é uma réplica pobremente executada de uma banda tentando permanecer relevante; é um tributo lindamente executado à música que impactou a tantas pessoas.

A banda toca sucessos como “Bicycle [Race]”, “Don’t Stop Me Now”, “I Want It All” e mais. Roger Taylor teve seu momento cantando “I’m In Love With My Car” e “Crazy Little Thing Called Love”. Ele faz isso bem e se destaca mais do que em 2014.

Brian May apresentou “Love Of My Life” lindamente em um banquinho com seu violão, sob o holofote, no final do palco secundário, da mesma maneira que ele fez antes. Eu geralmente reclamo de repetirem o mesmo conteúdo do mesmo jeito, mas a beleza simples e o dueto com o Freddie pelo telão de um show ao vivo é tão cativante que eu simplesmente não consigo reclamar.

O cenário foi muito agradável, e as luzes perfeitamente executadas ao longo do show. O robô Frank foi utilizado em alguns momentos, para transitar entre números e para mudar o palco, o que garantiu que não houvesse um momento tedioso. May teve muitas oportunidades de mostrar suas habilidades na guitarra e apreciou tomar o centro do palco, com sua impressionante juba encaracolada e capa sendo soprados pelo ventilador estilo-Beyonce… Sim, capa.

Lambert teve seu momento independente neste show, apresentando sua música “Whataya Want From Me”. Por mais que eu tenha ficado contente que ele tenha tido seu momento designado como ELE MESMO e não como a versão de Freddie, eu não sou uma fã. Destaca a grandeza da música feita pelo Queen e a música pop parece trivial em comparação. Eu posso perdoar uma música, quando o resto do show foi apresentado em um padrão tão alto.

O que ficou claramente evidente após Lambert e Queen terem passado tempo juntos na estrada, é que eles juntos são confiantes sem fazer esforço. Um habilita o outro, e sozinhos eles não poderiam fazer o que eles fazem. Eles têm um encaixe natural que dá crédito à música, Freddie, e a capacidade vocal de Lambert, e têm a habilidade de apelar para a grande multidão entre eles. Ao todo, eles melhoraram com o passar dos anos juntos. Todo o show correspondeu – se não excedeu – minhas expectativas, e a plateia concordou.

Se posso oferecer um pequeno conselho, coloque o seu chapéu usado de lado esta noite e vá ao segundo show. Eu prometo que você terá uma noite agradável relembrando as músicas que você ama, em meio a um talento que abrange gerações.

Eles vão agitar você… (desculpe, precisava ter uma última linha elegante), você foi alertado!

Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Bruna Martins
Fonte: Eventfinda NZ

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