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28fev2018
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Review by Crave! do Show Queen + Adam Lambert em Auckland (Austrália) – 17/02
Queen + Adam Lambert: Eles foram, de fato, os campeões Por Steve McCabe
Adam Lambert é um homem muito corajoso. Substituir Freddie Mercury no Queen é um desafio tão grande, que apenas dois homens até agora tentaram fazê-lo; Paul Rodgers conseguiu apenas por alguns anos, mas Lambert, que reconhece claramente o quão sortudo ele é, esteve viajando com Brian May e Roger Taylor, no ato chamado Queen + Adam Lambert.
Este nome não é inteiramente justo, no entanto. Enquanto, assim como Paul Rodgers antes dele, Lambert não está lá para substituir Freddie Mercury – sejamos justos aqui: quem possivelmente poderia? – mas, em vez disso, pega o que, para um cantor não tão bom, seria impossível. O que Lambert faz muito brilhantemente é ser ele mesmo, cantando um catálogo de canções de rock clássico atemporal em sua própria e distinta voz.
É por isso que ele foi inteligente ao abordar a questão Freddie logo de cara, meia hora após o início do show da noite passada na Arena Spark de Auckland. “Eu não sou Freddie”, ele admitiu com muita liberdade. Mas ele não precisava ser; um show do Queen + Adam Lambert funciona muito melhor porque ele não faz nenhuma tentativa de ser. Em vez disso, ele age com autonomia, e ao mesmo tempo, é uma parte integrante da banda. Você pode chamar isso de “eles mais ele”, a verdade é que ele se tornou um membro do Queen. É claro que May e Taylor confiam suas músicas a ele e por um bom motivo.
O show começou com uma amostra de “We Will Rock You”; no momento em que May estava caminhando pela passarela no meio de uma arena lotada, trabalhando no riff de abertura para “Tie Your Mother Down” – The Times estava certo; é “pura poesia” – ficou claro que Lambert é, se não um substituto para Mercury, uma excelente escolha para ser o novo cantor e líder do Queen. A banda trabalhou uma previsível – e por isso mesmo, mais agradável – seleção de clássicos do Queen, de “Killer Queen” a “Hammer To Fall” via “Bicycle Race”, a extravagância de Lambert casando com o heroísmo da guitarra clássica de May, o som produzido em sua guitarra Red Special, feita em casa, exclusivo e inconfundível.
Quando May, Taylor e Lambert assumiram posição no final da passarela, com Taylor sentado atrás de uma bateria menor do que a outra completa, na parte de trás do palco, o público era deles e o cenário mais íntimo serve perfeitamente para músicas como “Crazy Little Thing Called Love”.
Em seguida, May foi o centro por um tempo, tocando “Love Of My Life”, que incluiu filmagens de Mercury, e vocais que se encaixaram com o som acústico do violão de 12 cordas de May.
É claro que o Queen precisa de Lambert, tanto quanto ele precisa deles. Quando eu o vi cantar seu material solo, ele foi altamente adequado, mas, no final, desinteressante, e só quando seu setlist chega aos clássicos que ele pegou emprestado de, bem, atos como o Queen, que seu show ganha vida e enquanto é justo ele ter uma música própria neste show, talvez a escolha da composição de Pink, “Whataya Want From Me” não tenha sido a escolha ideal, e simplesmente parecia fora de lugar em um set do Queen. Da mesma forma, Roger Taylor é um baterista inovador e versátil, mas ele não é um cantor, e apesar de ter escrito “A Kind Of Magic”, ele pode querer considerar ficar atrás de sua bateria no futuro e deixar Lambert levar os vocais. “I’m In Love With My Car” é totalmente a música de Taylor, por outro lado, que ele canta enquanto toca bateria, parecendo uma combinação de Richard Attenborough, com seu avô e um homem preocupado que seu próximo ataque cardíaco possa estar chegando. Brian May, claramente o coração da banda, agora que Mercury não está mais lá para liderá-los no palco, tomou um solo que talvez fosse um pouco mais auto-indulgente do que o ideal; quando ele se colocou no topo de uma plataforma, o penteado absurdo iluminado por trás, parecia que, por um momento, os dinossauros voltaram a andar pela Terra.
Em seguida, “Radio Ga Ga” foi a cantoria que sempre será, Lambert novamente na frente e no centro e claramente se divertindo tanto quanto Taylor e May obviamente estavam, e que a plateia estava, aparentemente sem exceção, compartilhando. E então veio “Bohemian Rhapsody”. Uma música de presunção objetivamente absurda, tão estranha e convincente que tem um lugar único e totalmente merecido na história do rock. Ela é também, talvez, mais do que qualquer outra no legado do Queen, a música de Freddie é uma que não pode ser fácil de se planejar. Depois de uma gravação dos quatro membros originais da banda cantando a introdução, Lambert, então, levou os vocais para os versos de abertura sozinho; isso, mais do que qualquer outro momento no show, é um testemunho da coragem e da confiança desse homem, nada fora de lugar. Para o segmento operático Scaramouche-Fandango, o vídeo original e inovador de 1975 passou em uma tela atrás do palco e, em seguida, May voltou na parte do rock “So you think…”, e Lambert voltou para cantar a música. E foi triunfante – como Lambert havia dito anteriormente, ninguém poderia substituir Freddie, então ele não tentaria, e “Bohemian Rhapsody” não é, por sua própria natureza, uma música que pode ser tocada ao vivo com facilidade, e a versão que o Queen tocou na noite passada fez justiça à música de uma maneira que exibiu Lambert e homenageou Mercury.
O bis abriu com um vídeo de Mercury cantando um pouco de call-and-response com uma audiência dos anos 80, e então o percussionista Tyler Warren começou o bang-bang-clap de “We Will Rock You”, que deu a May seu destaque da noite – A música tem como final talvez o melhor solo que ele gravou, e soou tão emocionante quanto sempre foi em vinil. Passando por “We Are The Champions” e a versão do “A Night At The Opera” de “God Save The Queen”, a banda se curvou em agradecimentos e o show terminou.
E que show tinha sido! Lambert é um fantástico frontman, tendo a banda certa e as músicas certas para cantar; Queen tem uma gama surpreendente de material em seu catálogo, e precisa do cantor certo para enfrentar seus shows. Queen + Adam Lambert é, então, uma combinação inspirada, e o show da noite passada foi uma performance magnífica.
Eles estarão tocando novamente esta noite, domingo 18 de Fevereiro, no Arena Spark de Auckland. Se você tiver sorte, ainda pode haver ingressos disponíveis; e se você tiver algum juízo, você vai pegar um agora e ir. Você ficará muito, muito feliz por ter ido.
Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Stefani Banhete
Fonte: Crave!
Adam Lambert é parte da banda há tempos!!!!Imaginar o QUEEN sem ele é impossível! Ele nasceu pra isso!💙👑💙