Review by Music Nation do Show Queen + Adam Lambert em Auckland (Nova Zelândia) – 17/02

Queen com Adam Lambert, ao vivo na Arena Sparkle, Auckland, 2018

Mesmo sem Freddie Mercury vivo (trocadilho intencional), de quem o nome de nascença desafia crenças (antes de decidir pelo homônimo), o show foi um sucesso total.

Por Wal Ried

Em todos os aspectos da palavra, os áudios/efeitos visuais pulsantes, telões em alta definição e luzes impressionantes valeram cada centavo do ingresso. Lance duas lendas como o guitarrista Brian May e o baterista Roger Taylor com o fenomenal Adam Lambert nos vocais e equivaleu a uma experiência “incorpórea”.

Impassivelmente exagerado, Adam Lambert deixou sua marca logo no início do show, desfilando pelo palco com estilo em “botas de caminhada apropriadas” enquanto a banda iniciava com um teaser do familiar início de “We Will Rock You”, antes de partir para “Hammer To Fall”, do filme Highlander. Difícil acreditar que o filme lançou no início dos anos 80. Parece que o tempo não consegue derrotar esses hits.

Resplandescente em rosa brilhante, admitindo que ele estava lá em cima no “terno mais gay que vocês já viram”, seus vocais foram simplesmente fascinantes. Quer atingindo as notas altas em “Under Pressure”, detonando em “Fat Bottomed Girls” ou suavizando em números mais sossegados como “We Are The Champions”, os vocais de Lambert impressionaram a arena lotada, tendo até uma chance de apresentar o seu hit “Whataya Want From Me”.

Levou seis músicas para Lambert quebrar o silêncio e se comunicar com a plateia. “Auckland”, ele se dirigiu ao mar de silhuetas sob as luzes, “Como estão minhas v* dos traseiros gordos? Todas as minhas irmãs? É um termo carinhoso, eu garanto”, ele zombou antes da banda disparar com “Killer Queen” e “Don’t Stop Me Now”, dando um tempo para prestar seus tributos a Freddie Mercury, encorajando todos a sua volta a “celebrar” o artista ultrajantemente talentoso.

Os antigos colegas de banda também prestaram homenagem ao cantor, conforme vídeos e imagens passavam intermitentemente pela arena para dar um efeito bonito, era difícil não incluí-lo. Um momento emocionante foi compartilhado com a plateia quando o guitarrista Brian May estava no palco secundário cantando “Love Of My Life” relanceando para o telão onde Freddie Mercury cantava com ele. É difícil ignorar sua influência na banda, mesmo depois de anos desde sua morte.

O baterista Roger Taylor foi grandioso, sua bateria em “Radio GaGa” e “Another One Bites The Dust” foi perfeitamente retrô, seus vocais em “A Kind Of Magic” admiráveis, seu kit de bateria emocionou a plateia em um conjunto acústico, conforme a talentosa banda mandava sucesso atrás de sucesso. “Aqui está outra que vocês devem conhecer”, bradou Lambert antes de rir, “Como se vocês não conhecessem as outras músicas”. Foi como um karaokê do Queen com as melhores músicas reunidas em uma playlist de fã.

Os solos de guitarra de Brian May são mini-músicas tão memoráveis quanto as verdadeiras faixas em si. As músicas contribuem entre si como se animadas por seu som fluído. Escolha uma música ao acaso na playlist e vai parar em várias nas quais sua guitarra é evidente. Seria difícil imaginar músicas do Queen sem sua guitarra memorável em “A Kind Of Magic” ou “I Want To Break Free”, ela é quase tão essencial quanto a presença de Freddie na banda.

Contudo, foi uma noite fabulosa acentuada por uma plateia que cantava junto e o discurso habilidoso de Lambert. A multidão passou calor na Arena quente, visto que o ar condicionado levou um tempo para funcionar, mas isso não teve muita importância, já que a multidão se envolveu na noite. O humor amigável de Lambert, um forte contraste com os colegas de banda May e Taylor, é uma fórmula vitoriosa, um artista consumado em cada sentido da palavra.

A multidão teve o que queria do artista excêntrico, eu teria imaginado que até a grande palavra com “F” teria sido aceitável.

Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Bruna Martins
Fonte: Music Nation

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