Review by Stuff do Show Queen + Adam Lambert em Auckland (Nova Zelândia) – 17/02

Review: Queen e Adam Lambert ao vivo em Auckland

Por Helene Ravlich

A ironia não me passou despercebido que na mesma noite em que estava acontecendo a Pride Parade eu fui enviado para fazer a review do Queen, a banda cujo falecido vocalista alegremente desbancou o mundo do rock com sua personalidade abertamente extravagante e atividades festivas menos que heterossexuais. O fato que o seu substituto – um cantor pop abertamente gay – conquistou uma audiência com várias pessoas de meia-idade na Nova Zelândia, foi uma alegria contemplar, e o show foi um prazer absoluto.

Quando contei a uma amiga que eu iria ver Queen e Adam Lambert na Arena Sparkle no sábado à noite, os olhos dela brilharam e começaram as exclamações. Depois de vê-los da última vez em que fizeram turnê na Nova Zelândia – aproximadamente dois anos atrás – ela ficou enfeitiçada pela velha banda com um vocalista novinho em folha, e ainda foi mais longe ao ponto de conseguir ingressos para os shows desta turnê, de sábado E de domingo.

Quando cheguei na Arena Sparkle para o show de sábado, ficou claro que ela não estava sozinha em seu fervor pelo recentemente rejuvenescido Queen, com a animação no auge bem antes da banda entrar no palco, e um amor por Lambert evidente em cada expectador.

Para mim, parte do charme do Queen se deve ao elemento universal que se esconde sob seus hinos excelentes, sua destruição única – graças ao falecido vocalista Mercury – de um gênero tradicionalmente machista e pesado. Lambert parece entender esse elemento chave, e como o ocupante do posto de vocalista do Queen, com certeza se fez sentir em casa.

Após pouco mais de cinco anos se apresentando com as lendas do rock britânico, ele realmente fez do posto o seu próprio, e parece se divertir muito no palco, especialmente em músicas como “Don’t Stop Me Now” e “Somebody To Love”, que ele claramente ama cantar a plenos pulmões. Em outras como “Fat Bottomed Girls”, ele parece se encantar menos, mas esta faz brilhar a animação do baterista Roger Taylor, que claramente parece eufórico por ainda estar atrás de um kit de bateria.

Contudo, é o guitarrista Brian May que parece claramente estar vivendo seu melhor momento no palco, envolvendo-se com a adoração dos fãs, e tendo seu pequeno ‘momento’ no palco com filmagens do querido falecido Freddie. Notado pelo herói da guitarra May no American Idol em 2009, Lambert, de 36 anos, tem feito turnê com os membros restantes do Queen entre períodos promovendo sua própria carreira pop de sucesso, e é óbvio que ambos têm muita diversão juntos, o que é ótimo de se ver no palco e ecoou o entusiasmo de todos na plateia.

Encerrando com a icônica “We Are The Champions”, Lambert completa com uma coroa brilhante e capa de ouro (camisa com estampa de leopardo à mostra, como tem que ser), o show foi formidável do início ao fim.

Lambert é claramente o homem que seria Queen e sim, Freddie estaria orgulhoso. O show de domingo à noite deve ser divertido, e é altamente recomendado.

Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Bruna Martins
Fonte: Stuff

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