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12jan2018
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Review by Louder Than War do Show Queen + Adam Lambert em Londres – 15/12/2017
Queen + Adam Lambert: Wembley Arena, Londres Perto do final da sua longa turnê em 2017 pela América do Norte e Europa, Naomi Dryden-Smith compareceu ao penúltimo show de Queen + Adam Lambert na Wembley Arena em Londres. Um pré-presente de natal para qualquer um que goste da música do Queen.
“Ele não é Freddie, essa p** de americano”, Adam Lambert aborda seus críticos de frente com humor e um nível atraente de modéstia. A coisa é que mais tarde, Brian May disse que a banda não estaria ali para fazer aqueles shows se não fosse por Adam Lambert. E há suficientes fãs verdadeiros nessa terceira turnê com ingressos esgotados para demonstrar que eles devem estar fazendo algo certo. Lambert fala seu argumento “eu sou um fã assim como vocês, eu estou apenas aqui em cima com o terno mais gay que vocês já viram…”
Eu vi Queen pela primeira vez com 15 anos – foi na lendária “Magic Tour” em 1986, a última de Freddie com o Queen. Eu nunca esquecerei esse show e nem o poder absoluto de Freddie. Eu sei tão bem como qualquer um que ele é insubstituível. No entanto, agora tem mais de 30 anos desses últimos shows e a vontade da banda de continuar tocando essas músicas há muito tempo é clara – anos de colaboração com Paul Rodgers prova isso, mas não muito satisfatório. Mas em Lambert, eles realmente encontraram algo especial – alguém com uma voz soberba que é capaz de replicar um pouco dos componentes extravagantes da presença de palco de Freddie sem roubar o show para si mesmo – as duas vezes que eu vi Lambert fiquei impressionada com o respeito que ele claramente sente. Então quando ele aparece no final usando uma coroa e uma capa ele nos faz lembrar de Freddie de uma maneira positiva ao invés de tirar qualquer coisa dele.
Queen prometeu um incrível show de luz e eles foram verdadeiros em suas palavras. O número de abertura do Queen é sempre lendário – na O2 no começo de 2015 foi uma versão de “One Vision” de arrepiar com os sintetizadores incríveis que preenchia o lugar como uma parede de som. Dessa vez foi uma pequena explosão de “We Will Rock You” se desmanchando em “Hammer To Fall”, com uma animação gigante do robô Frank – capa do álbum “News Of The World”, que completou 40 anos esse ano – atravessando uma parede e olhando para nós – bastante inquietante. Frank foi um tema recorrente, mais tarde batendo palmas junto em “Radio Ga Ga” e uma versão sólida de sua cabeça depois emergiu no palco pelo chão com Lambert sentado sobre ela. Havia lasers de arco-íris, silhuetas dramáticas, um solo de guitarra incrível de Brian em cima de uma plataforma alta com um fundo de estrelas, planetas, lasers azul escuro e animações soberbas dos cartoons de “It’s A Kind Of Magic” que pareciam flutuar pelo ar. Tudo apoiado pelos hits do Queen, May e Roger Taylor soando tão bons como sempre. Os melhores momentos incluem “Fat Bottomed Girls” com Lambert em cima de uma bicicleta rosa, “Love Of My Life” com o tradicional dueto acústico de May e Freddie na tela, essa noite cantado quase inteiramente pela audiência com May perdendo a voz – muito emocionante. E uma performance deslumbrante de “Who Wants To Live Forever”, tão intensa e dramática em luz e som que parece que minhas lágrimas molharam todo o meu rosto com zero dignidade. Eu tenho certeza que outros se sentiram da mesma maneira.
Freddie se foi, mas ele está presente aqui em espírito – seja no telão ou refletido na extravagância de Lambert, inúmeras trocas de figurino e postura. Ele nunca será substituído – sua musicalidade e carisma eram únicos e essenciais para a essência do Queen. Mas como Freddie disse para seu empresário Jim Beach alguns dias antes de morrer: “Vocês podem fazer o que quiserem com minha imagem e minha música, remixá-la, relançá-la, qualquer coisa… apenas nunca me deixem entediado”. Eles têm sua permissão, e essa noite, aqui, não há dúvidas que seu desejo foi respeitosamente honrado, e com amor.
Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Gisele Duarte
Fonte: Louder Than War
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