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24dez2017
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Review by The Telegraph do Show Queen + Adam Lambert em Londres – 12/12
Lambert prova que merece a coroa de Freddie Eu não acho que Adam Lambert tenha sido considerado para o papel de Freddie Mercury no conturbado filme biográfico “Bohemian Rhapsody” (que teve sua filmagem temporariamente suspensa essa mês).
O ator de Mr Robot, Rami Malek ficou com o papel (anteriormente direcionado para Sacha Baron Cohen, Dominic Cooper e Bem Whishaw). Malek tem uma aparência física que combina bastante com o jovem Mercury, enquanto Lambert carrega uma semelhança muito maior com outro famoso vocalista substituto do Queen.
Com sua linda aparência, barba preta aparada e um grande óculos de sol, ele é mais parecido mesmo com George Michael. A não ser que, ao contrário de Michael (em seus anos de superstar) e o próprio Mercury, Lambert é aberto sobre sua sexualidade, e mais extravagante até mesmo que Freddie.
“Eu estou aqui vestindo o terno mais gay que vocês verão em suas vidas”, anunciou orgulhosamente na Arena O2 em Londres, ostentando seu conjunto rosa brilhante, florido e sem camisa, além de saltos plataforma preto e vermelho ridiculamente altos. Esse foi um dos 10 looks, e foi o que acompanhou comicamente as versões de “Killer Queen”, “Don’t Stop Me Now” e “Bicycle Race”, durante a letra em que ele pedalou pelo palco em forma de guitarra em um triciclo rosa, jogando flores para os admiradores.
“Eu sei o que muitos de vocês devem estar pensando: ‘ele não é Freddie, esse americano babaca!” sugeriu Lambert ironicamente, antes de confessar completa concordância com isso. “Só vai haver um deus do rock chamado Freddie!”
Houve, previsivelmente, muito barulho quando uma foto de Mercury apareceu no telão. No entanto foi tudo um pouco dramático, uma forma teatral profundamente inserida na subversão do Queen de alegorias rock and roll. Lambert é o encarregado no papel de frontman do Queen e, depois de cinco anos de performances com as lendas britânicas do rock, ele realmente cumpriu seu papel.
Descoberto pelo mestre da guitarra Brian May no American Idol em 2009, o cantor de 35 anos tem se apresentado com os membros do Queen desde 2012 (enquanto promovia sua bem sucedida carreira solo no pop). Como o público tem recebido bem essa colaboração, eles passaram de teatros a arenas, onde eles podem explorar completamente os valores de suas produções fora de série de seus instintos teatrais.
O que ajuda é que o Queen é um daqueles raros grupos em que todos os membros contam, uma banda que conta com quatro grandes compositores, que são mestres de seus instrumentos. O baixista John Deacon se aposentou em 1997, mas Brian May é justamente celebrado como um dos virtuosos guitarristas mais distintos do rock e pode se manter no palco por muito tempo, com extensos solos utilizando efeitos deslumbrantes e espaciais.
O que antes tinha cara de bebê, Roger Taylor, parece mais um com o Orson Welles de barba branca, com todos os anos, mas continua um baterista formidável e um carismático vocalista. Os senhores mandam bem em suas partes solo e com confiança, mas o show só acelera mesmo o coração quando Lambert entra em cena.
Sacha Baron Cohen afirmou que sua participação no filme biográfico se desfez em 2013 porque a banda pensou que a estória deveria ser sobre como eles “se mantiveram firmemente” desde a morte de Mercury. Cohen aparentemente disse a eles: “Olha, ninguém quer ir ver um filme em que o personagem principal morre de Aids e depois ver como a banda se virou.”
Eu não tenho dúvida de que Cohen estava certo. E ainda, para 20 mil fãs na O2, essa foi essencialmente a estória do triunfante show do Queen. Com músicos fantásticos, um design de palco deslumbrante, um quase incomparável catálogo de clássicos, e um excepcional vocalista, Queen ainda oferece uma das noites mais divertidas do rock and roll de ser vista e ouvida em qualquer lugar.
A presença de Freddie Mercury é mantida com partes de vocais e um bonito dueto em vídeo com Brian May tocando ao vivo em “Love Of My Life”. Mas não há o que se mudar no segundo melhor momento quando Lambert entra no palco com uma capa e uma coroa douradas. Animando a todos durante “We Will Rock” e puxando um coro em massa de “We Are The Champions”, Lambert é o homem que seria ‘rainha’.
Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Lucas Vinícius
Fonte: The Telegraph
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