Review by The Z Review do Show Queen + Adam Lambert em Nova Iorque (NY, EUA) – 28/07

Confira a review do Show de Queen + Adam Lambert realizado em Nova Iorque (NY, EUA) em 28 de Julho, feita por Daniel Bukspan do The Z Review:

Queen + Adam Lambert no Barclays Center, Brooklyn

Tenho ouvido a música do Queen desde que tinha sete anos de idade. O novo álbum de então era o “News Of The World” que tinha os sucessos “We Will Rock You” e “We Are The Champions” que eu ouvi obsessivamente.

Quando o cantor Freddie Mercury faleceu em 1991, eu acreditava que aquele livro tinha se fechado para sempre, e naquele momento eu vi a banda morrer com ele. Talvez tivesse sido melhor assim. Quem queria ver os caras continuarem apenas por conta daquele mórbido sentido de obrigação? Em alguns momentos é melhor, mesmo que para coisas grandiosas, que elas cheguem ao fim.

O Queen tentou passar o posto para Paul Rodgers da Free e Bad Company, mas mesmo ele sendo um dos meus cantores favoritos de todos os tempos, não funcionou. Ele era simplesmente a pessoa errada.

Alguns anos depois, eu tinha ouvido falar que eles voltariam a estrada, agora com o finalista do American Idol no microfone. Isso me pareceu uma escolha pior que o Paul Rodgers. Rodgers ao menos tinha décadas de carreira em suas costas. Lambert de outra forma, era um concorrente de uma famosa competição de TV. Por que eles não colocaram logo um morador de rua no controle dos microfones?

Bem, em 28 de Julho, no Barclays Center no Brooklyn, senti o gosto do meu próprio veneno, sentindo o peso da humilhação bem em frente a banda. Lambert não era apenas um ótimo cantor que consegue tranquilamente superar os desafios técnicos que as músicas do Queen possuíam, mas sua abordagem era humildemente apropriada.

Ao mesmo tempo que Lambert estava agradecido pela oportunidade de estar à frente da banda, não estava intimidade pelo desafio. Ele cantava as músicas como se fizesse isso a sua vida inteira e não imitava Mercury – ele tinha seu estilo próprio, completamente original e ao mesmo tempo prestando homenagem. É uma corda bamba que ele dominou perfeitamente.

O setlist não incluiu nenhuma das músicas menos conhecidas ou menos tocadas, que foi um problema que tive que lidar. Existem muitas músicas menos famosas que “Another One Bites The Dust” e “Radio Ga Ga” que seria maravilhoso de ouvir, mas a este ponto, estava bem estabelecido que as pessoas no show queriam ouvir esses hits. O público que possuía uma faixa etária entre o meu filho de 10 anos e pessoas que aparentavam seus 70 anos não parecia se importar com o fato.

O setlist extremamente familiar, não era necessariamente um problema. Além da alta expectativa para ouvir “Bohemian Rhapsody” a banda tocou “Killer Queen”, “Stone Cold Crazy”, a poderosa “Fat Bottomed Girls” e muitas outras. E houveram também alguns momentos de tributo a Freddie Mercury e eu não tenho vergonha de admitir que eu e minha amada esposa ficamos chocados, não era uma coisa que esperávamos.

A única falha aparente veio de cortesia do baterista Roger Taylor. Ele estava tocando um pouco arrastado e os andamentos vagavam livremente para cima e para baixo. Ele soava um pouco cansado e com uma boa razão. Ele tem 68 anos agora e tocar uma bateria todas as noites numa turnê de 100 dias, de duas horas de duração, talvez seja mais do que ele possa aguentar. O fato de ter um segundo baterista no palco com o grupo parece ter consertado isso.

Já o guitarrista Brian May de 70 anos, não estava afetado pela idade e tocou todas as notas perfeitamente. Sua performance, assim como a de Adam Lambert, foi extraordinariamente maravilhosa para encobrir quaisquer outros problemas que possam ter ocorrido durante a noite.

Se você tem alguma dúvida se deve ou não assistir a performance da banda nesta formação, você deve ignorar as dúvidas e ir assisti-los enquanto ainda estão tocando. Tudo funciona com Lambert no comando e se você é um fã de alguma das músicas da banda, você deveria assisti-los enquanto eles ainda estão bem e vivos. Você não vai se arrepender.

Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Tici Bezerra
Fonte: The Z Review

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