Review by Philly Voice do Show Queen + Adam Lambert em Uncasville (CT, EUA) – 23/07

Confira a review do Show de Queen + Adam Lambert realizado em Uncasville (CT, EUA) em 23 de Julho, feita por Chuck Darrow, do Philly Voice:

Adam Lambert prova ser um vocalista arrasador para o Queen

O vice-campeão do American Idol é um grande substituto do antigo ícone do rock Freddie Mercury

Em 2006, os co-fundadores do Queen, Brian May e Roger Taylor, decidiram fazer uma turnê com um setlist das músicas da banda de glam-rock britânico. Para substituir o lendário vocalista Freddie Mercury, cuja morte relacionada à AIDS em 1991 desfez o quarteto original da banda, recrutaram Paul Rodgers, um pilar do rock dos anos 70 graças aos seus trabalhos em Free (“Alright Now”) e, mais importante, Bad Company.

A tentativa foi um fiasco no meio artístico, pois a voz de blues ruidosa de Rodgers era totalmente inadequada para o soar florido e agudo marcante em Mercury. Cinco anos depois, os dois Queensters tentaram novamente recrutando o “American Idol” Adam Lambert, que surpreendeu os jurados e o público (e também May e Taylor) com seu desempenho em “Bohemian Rhapsody”.

No último domingo à noite, no palco do interior do Cassino Mohegan Sun em Uncasville, Connecticut, Lambert demonstrou enfaticamente que uma vez que, em suas palavras, “houve apenas um Freddie Mercury”, é duvidoso que qualquer outro cantor atual possa se sair melhor que o próprio quando se trata de reproduzir a experiência de Mercury, um mestre em termos vocais e na presença de palco.

Em Mohegan Sun, o ato, agora chamado Queen + Adam Lambert promoveu aos fãs uma experiência muito boa e similar ao de se estar em um show do Queen entre o final dos anos 70 (quando atingiram seu mais alto nível nos palcos) e no final da década de 80, quando a doença de Mercury começou a tomar conta.

O fulcro do sucesso do conjunto foi, obviamente, Lambert, que lida com o material mais popular do Queen, incluindo “BoRhap” (Bohemian Rhapsody, provavelmente o ápice emocional em um setlist cheio de momentos que dão um nó-na-garganta), “Somebody To Love”, “We Are The Champions”, “Bicycle Race” e “Fat Bottomed Girls”, e rocks pesados, incluindo a canção de abertura do show “Hammer To Fall” e “Stone Cold Crazy”. Sobre tudo isso, Lambert trouxe o estilo de Mercury, mas passou longe de ser uma mera imitação. Em vez disso, ele usou seus próprios dons vocais para acrescentar à base de Mercury.

Lambert também superou seu antecessor imediato no papel de líder. Teatralmente vestido com uma série de roupas que variavam do couro preto desgastado e fetichista de George Michael para um terno de cetim rosa (com flores bordadas e sapatos de plataforma preta com saltos cravados de pedras) que poderiam ter sido tiradas do armário de Elton John por volta de 1976, Lambert prestou homenagem a extravagância de Mercury nos palcos, sem parecer estar zombando ou imitando-o. E ele teve o bom senso de não usar um pedestal de microfone de tamanho médio, como fazia Mercury – outra forma de Lambert transcender à mera cópia.

A presença de Mercury se estendeu além da performance reverencial de Lambert: sua imagem foi regularmente projetada nos telões de vídeo gigantes atrás do palco, com cada aparição recebendo aplausos vociferantes da plateia presente. Mas esta não era uma questão sobre um homem vivo e um homem morto. Grande contribuição também veio para os dois anciãos que realmente comandam o show. O baterista Taylor, que completou 68 anos hoje, esteve em seu estado habitual por detrás da bateria, e contribuiu com seus vocais fazendo bases vocais crucias, mas muitas vezes esquecidas.

May, que na semana passada comemorou seu 70º aniversário, lembrou constantemente à multidão reunida que é um dos guitarristas criminosamente subestimados do rock. Ao longo da performance das 25 músicas, o estilo único de May foi notável. É uma atuação muito mais racional e clínica (dignas de sua formação em astrofísica) que de outros heróis britânicos clássicos das guitarras que sempre usaram seu amor pelo blues nas mangas. No domingo, May emocionou repetidamente com sua singular estratégia de metal-encontrando-melodia através das seis cordas de seu instrumento.

Claro, seu solo de guitarra, numa celebração de efeitos eletrônicos como phasers, flangers e loopers (que May esteve construindo e usando décadas antes da era digital) foi um pouco indulgente, mas ei, ele dominou tudo!

O bombástico palco, cujo motivo decorativo foi centrado no robô gigante que aparece na capa do LP “News Of The World” (comemorando seu 40º aniversário neste ano) também somou ao divertimento, e ofereceu mais um tributo ao astro vivo do Queen, Mercury. E foi por estas e outras que o show de Queen + Adam Lambert no Mohegan Sun foi tão divertido.

Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Diego Girardello
Fonte: Philly Voice

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