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03Maio2017
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Rádio Nova 100 entrevista Brian May, Roger Taylor e Adam Lambert – 26/01
Confira mais uma parte da entrevista realizada com Brian May, Roger Taylor e Adam Lambert no SLS Hotel em Beverly Hills (EUA) em 26/01, esta feita pela Rádio Nova 100, mas somente divulgada agora no mês de Abril, na qual você saberá mais notícias sobre a próxima turnê de Queen e Adam deste ano.
Inicialmente Roger conta como conheceram Adam.
Roger: A primeira vez que eu ouvi falar de Adam foi em um email do tecladista da banda, Spike. A esposa dele que falou para ele ver aquele cara cantando na televisão. Ele viu e ficou impressionado, Adam estava fazendo uma música do Led Zeppelin, “Whole Lotta Love”. E ele me enviou um email dizendo que tínhamos que ver esse cara, que ele era fantástico. E ele é.
Em Novembro de 2011 Adam se juntou ao Queen como vocalista no “Europe Music Awards” da MTV, e eles mantêm essa colaboração e fazem turnês até hoje.
Adam: Eu acho que foi o tempo, a sorte e também o fato de eu ter escolhido “Bohemian Rhapsody” na minha audição no “American Idol” onde tudo começou a acontecer. Eu acho que tem algumas similaridades, eu tenho lido livros sobre Freddie, eu vi filmes, o assisti no palco. Eu acho que o que ele amava sobre se apresentar é o mesmo que eu amo. A liberdade que ele tinha com a audiência também me deu permissão de também ser livre, ridículo, exagerado, bobo e dramático. Todas as coisas que Freddie era, eram todas teatrais, maiores que a vida e fashion. E essas são as coisas que eu amo sobre me apresentar, então eu acho que deu certo pelas coisas que tínhamos em comum como artistas e como organizamos as coisas. Então de certo modo pode ser o destino, eu acho que foi mais a coisa certa, na hora certa. E também uma conexão incrível com esses dois senhores, e nós crescemos como uma família, estamos trabalhando juntos agora por anos, viajando pelo mundo, dividindo refeições, piadas e o palco.
O guitarrista Brian May disse que os shows em 2017 terão uma seleção mais ambiciosa das músicas. Serão diferentes das de antes.
Brian: Eu acho que é justo dizer que muitas coisas parecem diferentes mas são as mesmas, e as mesmas parecem diferentes. Só que o objetivo é o mesmo, entreter as pessoas durante duas horas da melhor forma possível com os novos “brinquedos” que achamos e o usamos da maneira mais criativa possível. Tudo está ao redor da música, como sempre foi.
Roger: A produção mudou muito, a luz e as coisas que você pode fazer agora com toda a tecnologia. Mas nós não fazemos nada gravado como muitas pessoas fazem.
Adam: É 100% ao vivo, o que é raro nesses dias.
Roger: Eu lembro de ter sido acusado pelo “New York Times” que a harmonia é suspeitosamente boa.
Adam: Desculpe, nós ensaiamos! Acho que o que as pessoas que foram na turnê americana alguns anos atrás têm que saber que, claro, nós ainda vamos estar tocando os grandes hits que nós amamos do Queen, mas nós achamos que seria bom nos desafiar e mudar um pouco o show. Mudar o visual, o palco, toda tecnologia, o setlist em alguns pontos e tocar algumas outras músicas do catálogo do Queen que ainda não fizemos juntos, com as quais eu estou muito animado. Novos desafios.
Roger: E vai parecer quase inteiramente diferente dos shows que fizemos antes na América do Norte, mas vamos no divertir igual.
Adam: Tem ainda rock and roll nele sim, confie em mim. As pessoas, meus amigos, me perguntam, é como uma festa? E sim, é assim. Quando eu pego aquela garrafa de tequila e começam algumas rodadas, Brian olha pra mim meio “ahmmm” e eu fico: “oh… vamos lá!”
A turnê de Queen + Adam Lambert tem os maiores talentos criativos do mundo e mais de 300 luzes móveis e lasers. As pessoas envolvidas já trabalharam com Pink Floyd, Rolling Stones, U2, Adele. E claro, a banda tem seus próprios preparos. Perguntamos a Brian May como ele gosta de se preparar para o show.
Brian: Eu gosto de ouvir o Adam se aquecendo, é como um show de graça.
Adam: É preciso deixar as cordas preparadas.
Brian: Nós apenas nos aprontamos. Claro que tem que ter alguns rituais: eu não consigo comer antes de entrar no palco, você tem que ter uma ordem para fazer as coisas. Mas é o que estavam dizendo, você come o suficiente, dorme o suficiente, é saudável então nada pode te parar.
Roger: E duas doses de uísque para aquecer.
Adam: Nada mal… Eu acho que para mim, eu tento me aquecer vocalmente porque tem muito canto para fazer. Eu gosto de ficar pronto para o show sozinho. Eu sento na frente do espelho, arrumo meu cabelo, meu rosto. Eu acho que isso vem do teatro, a maioria das pessoas no teatro se aprontam sozinhas do jeito que o designer queria. Mas parte da minha alegria por estar no palco com esses caras é a apresentação, é parte da marca do Queen. Fashion e o glamour é uma das coisas que mais amo sobre a banda. É uma das coisas importantes que o Freddie trouxe para a banda. Ele era muito temático em suas ideias e estilo, e isso é algo que eu tento acompanhar. E fazer isso, se arrumar é um ritual, te leva para a zona. “Killer Queen”, do jeito que estamos fazendo a música é muito engraçado. É o mais exagerado que é possível ser. É minha chance no set de ser completamente exagerado e ridículo. E acho que nesse ponto eu já conquistei a confiança da audiência, então “Killer Queen” é a mais exagerada que possa ser. É tão divertida, é ótimo fazer as pessoas rirem. Especialmente no mundo de hoje com tanta coisa que estressam as pessoas e as assustam. Trazer um pouco de alegria, acho que é um dos melhores presentes que temos.
Brian: Eu acho que na “Killer Queen” Adam meio que desarma a audiência com o que está fazendo e depois no show ele canta “Who Wants To Live Forever” com uma grande paixão que realmente quebra o coração das pessoas. Acho que tem tantas dimensões do Adam, e é o que se encaixa nas músicas, nós precisamos disso. Ele realmente pode fazer o lado rock e faz tudo muito bem. E como ele disse, ele ganha a permissão da audiência, não demora muito para que percebem que ele é bom.
Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Gisele Duarte
Fontes: @14gelly e Rádio Nova 100/Facebook
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