[ENTREVISTA] Las Vegas RJ: Adam Lambert fala sobre filmar um vídeo em Vegas e mais

Adam Lambert fala sobre filmar um vídeo em Vegas e mais

Adam Lambert é tão descontraído e cativante na vida real como em suas aparições e entrevistas sugerem que ele seja.

Nós, recentemente, falamos com ele por causa de seu show [da última] sexta-feira no The Foundry no SLS de Las Vegas e perguntamos a Lambert sobre seu novo vídeo de “Another Lonely Night”, sua recente conexão com Las Vegas em que ele filmou no último outono. (Sua estreia americana no lugar de Freddie Mercury como vocalista do Queen aconteceu aqui no MGM Grand Garden durante o iHeartRadio Music Festival em 2013).

Nós já conversamos com o diretor do vídeo, Luke Gilford, que nos deu sua visão, e dessa vez nós vamos poder ouvir a perspectiva de Lambert.

Lambert também discutiu seu futuro papel na remontagem de “Rocky Horror Picture Show” produzido pela Fox. Se você ainda não fez isso, não esqueça de verificar nosso perfil completo e também ver alguns trechos de nossa recente conversa abaixo.

Sobre gravar o vídeo para “Another Lonely Night” em Las Vegas:

Nós discutimos sobre o que poderíamos fazer com essa música para enfatizar esse sentimento de isolamento e solidão, mas ao mesmo tempo, contraditoriamente, um senso de apresentação, teatralidade e amor por entreter. Você sabe, performers, nós somos uma raça estranha de pessoas. Nós somos complicados, cheios de contradições, e eu acho que o vídeo é meio sobre isso… Eu não sei como Luke conseguiu, mas eu acho que ele fez isso. Ele fez um ótimo trabalho. E foi emocionante fazer essa vibe meio nostálgica em um vídeo. Eu tenho feito muitos vídeos que são mais contemporâneos. Então foi legal meio que fazer uma espécie de Elvis, “Leaving Las Vegas”, e meio que ir para lá.

Sobre como o vídeo parece o oposto de todos os vídeos típicos gravados em Las Vegas e como foi original ver um outro lado da cidade ser retratada:

Obrigado. Eu estou realmente orgulhoso desse vídeo. Foi diferente para mim. Eu também realmente gostei de dizer mais do que minha própria história. Isso era algo que eu realmente queria fazer. E foi tipo, você sabe, eu estou cantando. É minha voz, mas vamos mostrar outros exemplos dessa história, desse sentimento, e estou muito feliz que fizemos isso. Nós trouxemos alguns talentos incríveis.

Na verdade pessoas como Gigi Gorgeous. Lambert sobre como Gigi foi escalada para esse vídeo:

Eu já conhecia Gigi. Eu acho que ela acabou indo em uma after-party na minha casa uma noite, e eu apenas achei que ela é tão original e honesta sobre quem e o que ela é. Você sabe, essa garota é bem impressionante, realmente animada e deslumbrante. Então eu estava tipo vamos fazer alguma coisa juntos, e estou feliz que fizemos.

Sobre David Bowie e como Lambert uma vez o chamou de “o artista mais corajoso do séculos”, e sua admiração de como Bowie lidou com os papéis de gênero e a influência que ele teve:

Eu definitivamente penso que ele estava à frente de seu tempo. Por isso que é tão interessante ver tantos artistas reagindo a sua morte, muitos artistas jovens e contemporâneos além dessa geração. Eu apenas acho que ele não estava sempre fazendo o que era popular, e pra isso precisa ter muita coragem e bravura. Para mim, isso é meio o que ele representa, uma artista corajoso que estava disposto a ir contra a corrente. E eu acho que ele inspirou muitos artistas, mas também influenciou muitas pessoas comuns, pessoas que talvez se sentiam excluídas. Eu acho que ele era meio que um ícone do estranho para muitas pessoas.

Sobre sua primeira exposição ao Bowie e como se tornou um fã:

Eu me tornei mais fã um pouco tarde. Eu definitivamente estava ciente dele. Meu pai era um grande fã de David Bowie. Eu lembro dele tocando o álbum “Diamond Dogs” para mim e para o meu irmão. Quando a música “Future Legends” começou, a primeira música do álbum, era bem assustadora. Meu irmão iria correr e se esconder e eu pensei que era a coisa mais legal. Eu pensei que era muito legal meu pai ter alguma coisa que podia assustar meu irmão mais novo. E, naquele momento, eu era obcecado com o Halloween, o que na verdade nunca mudou. Só senti… senti. Eu estava apaixonado por Michael Jackson em “Thriller “e isso [“Future Legends”], para mim, era meio que um primo distorcido dela.

Sobre estar envolvido com a remontagem da Fox de “Rocky Horror Picture Show”:

Estou muito animado. Na verdade eu já gravei os vocais há algumas semanas. Foi muito empolgante. Foi em Malibu, vendo a água no estúdio de Lou Adler, e Lou Adler foi o produtor original do filme. Então é legal que ele ainda esteja envolvido no projeto. Eu acho que isso ajuda a manter muito da integridade. E seu filho, Cisco Adler produz a música. Eu estava ciente de Cisco. Ele está na cena já há algum tempo, então é empolgante trabalhar com alguém que tem laços familiares com o projeto e também é um produtor musical contemporâneo. Ele fez muitas coisas legais com isso. Eu gostei. Ele realmente refrescou o som de tudo, mas não de uma maneira que se distanciou muito do original, o que eu acho que é um equilíbrio perfeito.

Sobre seu estilo pessoal, como ele desenvolveu isso, qual foi a primeira vez que ele se apaixonou pela música e como ela o moldou:

Quando eu era uma criança, eu era meio que excêntrico, hiperativo e uma criança criativa. Então meus pais perceberam que a melhor saída pra mim seria algo como um grupo de teatro e assim começou meu caso de amor pela performance, e nós estávamos fazendo musicais. Eu estava escutando a trilha sonora dos musicais e realmente mergulhando naquele mundo e estudando. Eu era um grande estudante nisso. Eu aprendia cada gravação e marcação da trilha sonora e então eu comecei a ter aulas de canto e isso realmente melhorou minha voz.

E quando fui para o ensino médio, eu estava fazendo essas coisas na escola também – coral, banda de jazz, cantando, musicais – e eu tinha certeza que depois que eu me formasse eu faria algo relacionado a arte. E então foi isso que eu fiz e, olhando para trás, eu provavelmente deveria ter me mudado pra Nova Iorque, provavelmente lá teria mais coisas a me oferecer do que Los Angeles me ofereceu, mas por qualquer razão, eu fiquei em Los Angeles. Eu gostava da Califórnia, eu estava atraído por ela, e eu fiz muito teatro em Los Angeles, que é uma espécie de paradoxo; não tem muito teatro em Los Angeles, mas eu fiz o tanto que eu podia. Eu fiz muito disso.

E então eu finalmente tive um papel em uma turnê nacional da Broadway em um musical aos 25 anos, e você sabe, esse foi o nível mais alto que eu cheguei nessa carreira. Eu era um substituto do papel principal. Eu estava no conjunto. Eu estava entusiasmado. Eu estava tipo “Eu consegui isso, talvez agora eu posso mudar para Nova Iorque, agora que eu tenho esse crédito e eu posso continuar trabalhando e estar na Broadway”, o que era meu sonho desde os oito anos.

E muito rapidamente, eu percebi, depois de estar na estrada com esse show por seis meses, que aquilo não era pra mim. Aquilo não me satisfazia criativamente. Não estava concordando com meus interesses atuais como uma pessoa criativa. Eu percebi que eu estava escutando, até aquele ponto, muito do rock dos anos 70, e eu tinha começado uma banda, e então eu fui e fiz isso e disse, “eu quero estar na minha banda”.

Então eu me demiti e fui pra casa e comecei a trabalhar com música o tempo todo, e eu acabei sem dinheiro, e eu estava tipo, bem, eu não quero ter que arrumar um emprego no varejo novamente. Eu fiz isso muitas vezes, e então eu fui escalado para o elenco de uma produção de Los Angeles do musical “Wicked”. Eram oito shows por semana, uma produção profissional em Los Angeles, pagando muito bem, o suficiente para me sustentar, diferente de outros teatros em Los Angeles.

Eu fiz isso por dois anos, e enquanto eu estava fazendo isso, eu trabalhava na minha música. Então eu fiz a audição para o “Idol”, e eles estavam “Você tem que sair do show” porque eu não podia estar em nada profissional. Então eu me demiti e “Idol” aconteceu. Foi uma aposta porque eles me fizeram sair antes mesmo de estar na frente de Simon, Paula, Randy e Kara. Foi definitivamente uma aposta. Eu pensei, bem, isso pode ser uma oportunidade, e se eu não conseguir, eu vou me bater mais tarde. E fiquei feliz que tudo se resolveu. Esse definitivamente é um exemplo do que você ganha ao assumir um risco a fim de conseguir uma recompensa.

E, até aquele ponto, veja, eu tive uma experiência no teatro, eu tive aulas de cantos – uma vez quando eu era adolescente, eu fiz ópera por um tempo pequeno – mas eu estava obcecado por música pop quando eu era um adolescente também. Isso era no final dos anos 90, então era Christina, Britney, Nsync e até mesmo hip-hop que estavam se destacando, Missy Elliot, Madonna, e todas essas pessoas do pop e música dance e coisas assim. Então eu sempre amei esse estilo de música. E então nos meus 20 anos em Los Angeles, eu me apaixonei por todo aquele rock and roll nostálgico.

Foi interessante para mim estar no Idol, porque eles estavam tentando entender quem eu era, e eu estava como “bem, eu gosto de todas essas coisas”. Você sabe, porque eu tenho que ser definido por um gênero. Eu realmente não entendo isso. É um show de TV. Eu estava “Eu posso cantar rock, e vocês realmente não tem um roqueiro, então eu vou cantar rock”. E sim, eu fiz isso, e no final de tudo eu percebei, bem, agora eu tenho a oportunidade de estar no rádio e ter uma carreira de música contemporânea e eu queria fazer o tipo de música que eu gostava de escutar, e eu ainda amava rock and roll, então como eu poderia colocar essas duas coisas juntas? E foi meio isso no meu primeiro álbum, foi essa coisa glam modernizada.

Sobre o rock dos anos 70 que o inspirou:

Bem, obviamente Queen. Queen era enorme para mim. Eu apenas me tornei realmente encantado com todo o Glam Rock. O que eu amava sobre isso era que a música era rock, mas também era pop, obviamente, naquele tempo, e aquilo era também… a moda disso era algo realmente… especialmente naquele tempo, eu tinha 22, 23. Eu tinha acabado de voltar após fazer um show na Europa, eu estive na Alemanha por seis meses. E todo mundo na Alemanha é bem progressista e liberal, eu estava me vestindo como um louco ‘club kid’.

E eu fui para casa, e eu estava como, bem, como eu combino todas essas coisas que eu amo, e essa é uma das razões que o movimento glam rock dos anos 70 chamou minha atenção. Eu estava “Ah, Deus, Eu queria que tivesse isso agora. Isso está tão em sincronia com tudo que eu amo, que eu sou e como eu me vejo.” E é isso, eu não sei, isso falou comigo.

Então Queen, Bowie, Slade, Velvet Underground, T-Rex,e todos os grandes artistas que vieram disso, quero dizer, pessoas como Prince, Michael Jackson e George Michael, artistas que ainda estão muito na moda e fabulosos, mas que estão fazendo diferentes tipos de músicas.

Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Gisele Duarte
Fonte: Las Vegas RJ

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One Comment

  1. Sensacional, amei essa matéria, Adam falando do seu amor pela música e pelo teatro. Adorei cada palavra!!!

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