Review do The Arizona Republic do Show de Tempe, AZ – 01/08

Adam Lambert traz o glamour à Tempe

Por mais inegável que seja o senso de espetáculo de Adam Lambert, quando ele desceu os degraus da escadaria cantando ”Feeling Good” no seu desfile de estrela no”American Idol”, a liderança de palco do cantor só ficou muito mais impressionante desde o seu primeiro album pós-”Idol”, apropriadamente entitulado ”For Your Entertainment”, lançado no final de novembro do ano passado.

Ele estabeleceu o tom para a apresentação de casa lotada no domingo, 01 de agosto, no Marque Theatre de Tempe com um remix tecno da sua faixa título enquanto aumentava a expectativa com uma glamurosa foto de Lambert numa boá de penas, bem ao estilo de David Bowie.

E isso somente deixou a chegada muito mais dramática quando ele apareceu – no topo da escadaria num longo casaco púrpura com melancólico pop dançante de ”Voodoo”.

A banda elevou o nível de energia dando abertura a um balanço pulsante do funk-rock de ”Down The Rabbit Hole.”

A primeira de muitas das faixas a mostrar um show de lasers, terminou com Lambert de joelhos no topo da escadaria, enquanto que a música recebia um tratamento psicodélico para ”Ring Of Fire” de Johnny Cash, que ele cantou no ”Idol”, seu guingado lembrando outra lenda da Sun Records, Elvis Presley.

Quando ele tirou a cartola para ”Fever”, revelando brilho suficiente para cobrir um trio de rockabilly, era difícil de dizer onde Elvis Presley terminava e onde Ann-Margaret começava, nos incríveis movimentos de palco do cantor – o que, é claro, tem sido parte do seu charme desde o princípio.

Ele diminuiu o ritmo para o melancólico drama de ”Sleepwalker” e manteve-o assim para a parte acústica do show, e cantou o seu sucesso do Top 10, ”Whataya Want From Me” – um movimento arriscado para um cara com somente um hit, mas de qualquer modo, soou melhor daquela maneira (ou pelo menos, mais sentimental).

Uma versão acústica ao piano, de ”Soaked” mostrou um lado mais operático do alcance vocal de Lambert (mais uma vez lembrando Elvis) e levou a outra balada, a inspiradora ”Aftermath”, que mostrou notas altas maravilhosas, cheias de emoção e possivelmente os lasers mais pink possíveis.

Enquanto sua banda fez uma apresentação instrumental, o cantor trocou de roupa, voltando num traje com lapelas e sem camisa por baixo para alcançar as notas altas na faixa estilo Def Leppard ”Sure Fire Winners” e com outra faixa dançante, ”Strut”, apoiado por dançarinos com máscaras ao estilo ”Dia dos Mortos”, enquanto ele incorporava uma bengala nos seus movimentos de dança no palco.

Mais uma vez as notas altas foram fenomenais, e Lambert manteve as coisas andando com uma música que pode ter sido o ponto alto do show, a espirituosa ”Music Again” que aproveitou ao máximo os tons mais altos e mais baixos do cantor e apresentou os movimentos de dança mais extravagantes. Seu último single, ”If I Had You”, levou o show a um apropriado e triunfante encerramento, com a platéia cantando o côro e com os lasers enlouquecidos.

E quando ele voltou para o bis, ao invés da escolha óbvia – a faixa título do seu álbum de estreia – ele mergulhou na sua sacola mágica do”Idol” para apresentar sua versão de ”Mad World” do Tears for Fears, a qual foi notadamente acelerada (e não tão boa) quanto a sua apresentação no ”Idol”.

Falando em ”Idol”, seu show de abertura da Glam Nation Tour é outra concorrente da oitava temporada, a ruiva Allison Iraheta, que passou a temporada sendo aclamada como a ”garota roqueira” e fez jus ao título com um show que mostrou-a incorporando Pat Benatar muito antes que ela realmente cantasse o cover de ”Heartbreak” de Pat Benatar. Como foi que Iraheta não chegou a final do ”Idol” é um mistério, se não tão grande quanto o mistério que permitiu que Kris Allen vencesse Adam Lambert.

Fonte: The Arizona Republic

Tradução: Glória Conde

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