Arts Out Loud entrevista Terrance Spencer

Entertainer, Terrance Spencer, está perseguindo seu ‘Original High’

Nós, recentemente, nos encontramos com Terrance enquanto ele estava viajando pelo mundo como backing vocal/dançarino na turnê de Adam Lambert, “The Original High Tour”. Nós cavamos fundo para descobrir quem é seu mentor, como é estar no palco em frente a massivas audiências, e o papel mais memorável em seu repertório no teatro. Mais tarde nesse ano, Terrance será um mentor no “Arts Out Loud”, compartilhando seu talento com jovens artistas ascendentes da comunidade LGBT.

Você pode dizer o caminho que percorreu em sua carreia até o momento que está agora?

Eu comecei com meus pais que era tão próximos da música – Soul, R&B e Gospel eram uma constante. Minha mãe cantaria com artistas como Luther Vandross e Stephanie Mills. Eu me apaixonei por Stephanie Mills quando eu era uma criança, especialmente depois de vê-la em “The Wis” na Broadway. Aquilo me fez querer ser um cantor e me fez querer estar no palco. Depois dessa experiência eu entrei para o coral da minha igreja, participei de eventos como shows de talentos enquanto eu estava no ensino fundamental, eu fiz tudo que podia para estar me apresentando. Minha mãe me matriculou em um programa de artes cênicas na minha escola do ensino médio onde eu aprendi sobre dança, moda, arte, muitos meios criativos de expressão, eu estava apaixonado! Durante minha jornada, artistas como Janet Jackson me inspiraram a dançar, me mover. Meu próximo passo era faculdade, eu entrei na Towson University e saí com um diploma em performance e educação em dança. Foi um longo caminho de aceitação e realidade. Enquanto eu estudava na universidade eu fiz uma audição para o show “Pearl” de Debbie Allen, no Kennedy Center e consegui um papel no conjunto. Esse foi o momento que a trajetória da minha vida mudou. Allen nos colocou sob sua asa e nos levou para estudarmos com ela na The Debbie Allen Dance Academy. Eu deixei o estúdio encaminhado para me tornar um dançarino comercial para filme e televisão e possivelmente viajar o mundo! E hoje, isso é o que eu estou fazendo, viajando o mundo com meu melhor amigo Adam Lambert. Me apresentando, vendo lugares que eu nunca tinha ido, me expressando, sendo feliz!

Além da inspiração de Janet Jackson e trabalhar com Debbie Allen, tem algum outro mentor na sua juventude que te ajudou a se manter no caminho?
Um mentor para mim é alguém que te guia e te inspira. Eu tenho tantas pessoas que me guiarem e me inspiraram. No ensino médio eu tinha um amigo chamado Tony no meu programa de artes cênicas. Ele dançava com tanta paixão que era contagioso e me fez querer me mover de uma maneira que mexesse com outra pessoa. Isso me colocou nesse caminho, e eu sinto que tudo que aconteceu desde então continuou a me orientar nesse sentido, no que eu sei que é o meu propósito, inspirar o mundo através da minha arte!

Qual foi aquele momento decisivo em sua vida em que você soube que queria ser um artista?
É engraçado porque eu acho que muitos artistas diriam isso… Eu já ouvi várias vezes falarem o que eu vou responder. Beyonce disso isso, Jantet disse, Usher disse… o momento decisivo que me fez querer ser um artista foi minha primeira apresentação no palco, quando eu vi a reação da audiência. A alegria que eu senti naquele momento é algo que eu trabalho para sentir todos os dias!

Que conselho você dá para os jovens LGBT sobre perseguir seus sonhos?
Olha… Eu digo a toda juventude a mesma coisa que Whoopi Goldberg disse a Lauryn Hill no segundo ato de Sister “Se você acordar de manhã e tudo que você consegue pensar é sobre cantar. Você é uma cantora!” Paixão é real, sonhe, faça, acredite em você porque você é capaz. E no caminho, certifique-se de manter por perto as pessoas que também acreditem em você! Quem apoia seus sonhos! E quem diz para você… você pode fazer isso!

Quais desafios você teve que superar para chegar onde você está? Como você superou eles?
Os desafios que eu tive que superar foram a dúvida e receber alguns não. A falta de confiança é perigosa, pode fazer você perder a crença em si mesmo. Mas se você quer isso e você estuda para ser o melhor que você pode ser, isso não vai parar você.

Como é estar no palco na frente de milhares de pessoas?
Estar no palco na frente de milhares de pessoas é uma adrenalina. Eu sinto como se eu estivesse no topo do mundo. Naquele momento, eu não sinto dor ou negatividade. Seu amor, sua força é saber que você tocou tantas pessoas ao mesmo tempo fazendo o que você ama, é tão poderoso e gratificante. Eu poderia fazer isso de novo e de novo pelo resto da minha vida.

Qual seu ritual antes de uma apresentação?
Meu ritual antes de uma apresentação é bem simples. Eu me alongo, peço a Deus e ao universo para que permita que eu esteja focado e aberto para as descobertas dentro de mim como artista, algumas flexões e um energético.

Na sua opinião, mais pessoas LGBT do mundo do entretenimento deve se assumir? Você já presenciou palavras negativas ou ações por ser assumido?
Eu acho que as pessoas LGBT na indústria devem ser verdadeiras consigo mesmas e se elas quiserem se assumir e fazer a vida pessoal delas pública então elas devem fazer, eu não acho que ninguém devia ser forçado ou ridicularizado por causa do que ela é, mas eu também entendo a realidade. Eu apenas posso dizer o que é certo para mim e isso é ser fiel a quem eu sou. Não falhou ainda, eu não posso imaginar que eu ser eu mesmo me desapontará no futuro.

Qual foi sua apresentação mais memorável até hoje e o que a tornou tão memorável?
Eu acho que a primeira vez que eu fui como principal na peça “Twist” da Debbie Allen! Eu era um substituto do show principal e Ms. Allen acreditou tanto no meu talento que me colocou no palco uma noite. Eu nunca esqueci aquilo. Foi uma mudança de vida e não podia acreditar que ela confiou tanto assim na minha habilidade. Ah… e eu estava em “Dreamgirls” com Beyonce… tem como isso ser mais memorável?

Tem alguma produção teatral que você amaria fazer parte?
Agora, seria Motown. Para a minha geração, a música Motown era o que os nossos pais estavam escutando enquanto nós estávamos crescendo. É inspirado no R&B dos anos 80 e 90 com que eu cresci. Fazer o papel de alguém como Smokey Robinson, que fez músicas que as pessoas ainda amam hoje, seria o máximo!

Qual sua música favorita para ouvir no bar/no carro/para karaokê?
“DON’T YOU WANNA JAM… TOOOONIGHT” (Freddie Jackson – Jam Tonight). Eu tenho que ser honesto aqui, Freddie Jackson arrasa! E eu vou cantar “Jam Tonight” com todo o meu pulmão não importa onde ou quando ela comece a tocar.

Daqui dez anos você vai estar…
Feliz e ainda mais bem sucedido na minha carreira! Ser capaz de dar um retorno para aqueles que estão vindo depois de mim e buscando inspiração e suporte. Daqui 10 anos eu vou ter conquistado a televisão e o cinema e vou ter aberto tantas portas para os novos artistas que sonham alto como eu sonho. Mais importante, daqui 10 anos eu vou amar e receber amor!

Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Gisele Duarte
Fontes: Talented Artists of the Glamily (T.A.O.G) e Arts Out Loud

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