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01ago2010
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Review de Lindsey Parker do Show de Costa Mesa, CA – 27/07
Lindsey Parker do Yahoo! Music fez esta review sobre o primeiro Show em Costa Mesa, realizado no último dia 27 de julho.
A Turnê Glam Nation de Adam Lambert chega em casa Adam Lambert é frequentemente descrito pela mídia como uma figura polarizadora, mas você não saberia disso na frente da estonteante e diversa platéia que apareceu para o primeiro dos dois shows de retorno da Glam Nation Tour no Sul da Califórnia esta semana.
Glamberts de Cali [Califórnia] de todas as formas diferentes, tamanhos e crenças, desde adolescentes empunhando bastões à avós de bengala, de casais gays abraçados e se beijando abertamente em seus lugares à famílias tradicionais comprando seus 2 ou 3 chaveiros disco-ball de Adam Lambert, maquiagens compactas, luvas sem dedos e baby looks do “Olho de Horus” reuniram-se no show de Adam do dia 27 no Pacific Coast Amphitheatre de Costa Mesa, formando um arco-íris virtual de fãs glam, uma espécie de versão da vida real do seu vídeo de ”If I Had You”. Pegando emprestado uma frase da predecessora e óbvia modelo de Adam Lambert, Madonna, quando se trata de Adam Lambert, a música aparentemente faz as pessoas se reunirem.
Isso foi definitivamente uma reunião de alucinados – nós estamos falando do tipo de fãs garotas/garotos que provavelmente compraram ingressos premium ano passado para a “Idol Live Tour” somente para ver Adam se apresentar por 20 minutos? Então desta vez o ”homem da hora”, agora tendo o palco todo somente pra ele, como atração principal, estava ancioso pra dar às pessoas toda a música que elas pudessem aguentar… começando com, surpreendentemente, duas bônus tracks menos conhecidas, a sexy e esquiva faixa ”Voodoo”, co-escrita com Sam Sparro e a hiper dançante, ”Down The Rabbit Hole”.
Naturalmente, eu uso o termo ”menos conhecidas” livremente; enquanto que a maioria dos artistas pudessem correr o risco de iniciar um show com duas faixas não oficiais, Adam sabia que seus fãs devotados estariam familiarizados com estas músicas, assim como estaria com os dois clássicos do ”Idol” que ele reprisou no final, ”Ring Of Fire” e ”Whole Lotta Love”.
E os fãs naturalmente mostraram a Adam muito amor, de fato, quando ele desfilou para apresentar ”Voodoo” e ”Down The Rabbit Hole” parecendo como um tipo de rock n roll ao estilo Willy Wonka [ver nota], usando uma cartola com penas adornado com um ”A” escarlate, um maravilhoso casaco multicolorido, enfeitado com peles nos ombros, digno do seriado ”Dynastia”, e pedraria suficiente coladas no seu rosto, que faziam-no parecer uma caixa de jóias de Harry Winston [ver nota], do pescoço pra cima. Adam Lambert está aqui para a nossa diversão, com certeza, e os espectadores estavam claramente dispostos a ver um espetáculo.
Na verdade, o show de pouco mais de uma hora de Adam foi, mais ou menos como a sua própria base de fãs, uma mistura bem ampla. Houveram, naturalmente, muitas apresentações hi-NRG [ver nota] que era só sobre a sua extravagância e teatralidade como a ”Scissor Sisters” [ver nota] ”Fever” (co-escrita por Lady GaGa), onde Adam pisoteou animadamente com seus dançarinos contorcionistas e mostrou seu flerte de sempre com seu baixista Tommy Joe Ratliff, quase que reencenando o famoso beijos deles no AMA (ele divertidamente lambeu o rosto de Tommy, para o deleite da platéia; no final do show, Tommy retribuiu o flerte, espetando Adam de brincadeira com a ponta do seu baixo).
Então houve o hino de rock de clubes de striptease, a ”Sure Fire Winners”, durante o qual Adam exibiu ele mesmo alguns passos ousados de dança (dando a eles um motivo para gritar, de fato). E durante ”Strut” um serviçal nada parecido com Jerome [ver nota], da era ”Purple Rain” de Morris Day, surgiu para trazer para Adam outro casaco fabuloso, depois do que Adam misturou-se aos dançarinos usando máscaras ao estilo Day of The Dead [ver nota] e exibiu uma coreografia com a sua bengala, ao estilo Fosse [ver nota], de formas que aqueles idosos anteriormente citados na platéia provavelmente nunca imaginaram.
Houve algumas horas em que ele simplesmente agitou e se divertiu, pura e simplesmente, como na faixa co-escrita por Justin Hawkins ”Music Again”, elevando com uma batida beeeeeem melhor agora (graças a força bruta do baterista Longineu Parsons) e um solo de guitarra das antigas feito pelo virtuoso Monte Pitmann, ou quando Adam transformou o palco do Amphitheatre em uma rave gigante para ”If I Had You” enquanto que toda a platéia segurava seus celulares iluminados no alto e dançava em uníssino.
Mas talvez os momentos mais memoráveis do show não são aqueles quando Adam mexe seus quadris de Elvis, ou se esfrega contra Tommy e seus dançarinos, ou faz algo remotamente escandaloso.
Não, os momentos que causaram mais arrepios nos braços, cabelos e pescoços dos fãs foram aqueles em que ele cantou com todo o seu pulmão cheio de glitter e glamour, apresentando trabalhos vocais que lembravam a todos como ele primeiro mesmerizou o mundo no ”American Idol” no ano passado.
Para uma reprise da sua apresentação arrebatadora no ”Idol” de ”Ring Of Fire”, ele cantou alto e com espírito, sua agora famosa versão com toque oriental contra uma simples cortina de fundo flamejante, soando cada parte tão maravilhosamente quanto na noite em que ele irritou Randy Travis e Simon Cowell (e alucinou praticamente a todo mundo).
”Sleepwalker” e ”Soaked” foram vocais clássicos (especialmente a última, graças a uma versão de parar o coração à capela que mostrou os dons quase super humanos de Adam), e a poderosa balada ao estilo dos anos 80, ”Aftermath” tomou uma versão acústica a la Tesla [ver nota] quando Adam reimaginou-a como um número acústico mais doce e acomodado, uma revisão que melhorou drasticamente a música e mais uma vez colocou os vocais de Lambert como o centro das atenções.
Adam também usou a versão acústica para ”Whataya Want From Me” – uma música pop tão boa que ele podia ter cantado acompanhado de um lencinho de papel e teria soado fabulosa – e este gesto maravilhosamente enfatizando a intimidade da letra vulnerável tanto quanto as nuances dos vocais de Adam.
(Nota a parte: Eu descobri mais tarde que houveram alguns problemas técnicos com a mesa de som e Adam não podia ouvir a si mesmo durante partes do show. Bem, você não saberia pela performance dele. Esse cara é profissional).
Tudo isso culminou com um bis estupendo, uma versão acústica de uma dos maiores apresentações de Adam no ”Idol”, ”Whole Lotta Love” de Led Zeppelin.
Esta é uma música vociferada, que normalmente é tocada de maneira poderosa – guitarras esmagadoras, bateria monstruosa de Bonham [ver nota], vocais amplificados – mas esta versão não precisou de nada disso. E não precisou de dançarinos semi-nus, trajes malucos, iluminação de palco caleidoscópica, gelo seco, ou nenhum outro artifício (por mais divertido que essas coisas possam ser). Não, tudo o que precisou foi a voz de Adam na oitava nota. Não houve muita festa aqui, mas foi absolutamente impressionante, uma apresentação que deixou todo mundo na diversificada platéia, extenuada e satisfeita.
Outra nota: Falando em impressionate, os shows de abertura de Adam foram sua irmãzinha do ”Idol”, a fantástica e ”cabelo de fogo” Allison Iraheta, e a deusa da guitarra Orianthi. Infelizmente, o show começou com meia hora adiantada, o que significa que estas explosivas moças infelizmente tocaram para uma casa parcialmente cheia. Foi uma pena, porque o talento delas precisa ser visto por uma platéia lotada, especialmente quando elas tocam juntas no mais recente single de allison ”Don’t Waste Your Pretty”. Allison levou esse contratempo com a sua usual, espirituosa, de passos malucos, brincando, ”Essas 20 pessoas aí me amam!” assim que ela foi para o backstage – mas com esperança esta pequena poderosa, vai ter a turnê solo que ela tanto merece. A beleza dela não deve ser desperdiçada.
NOTAS:
Willy Wonka: é o personagem principal do filme “A Fantástica Fábrica de Chocolate”. Ele é o dono da Fábrica de Chocolates Wonka e é uma pessoa estranha, excêntrica e também exótica. Na versão de 2005, foi interpretado por Johnny Depp.
Harry Winston: é uma joalheria de diamantes que revolucionou o design, criou invenções de conjuntos de platina flexíveis e artesanais que conseguiram uma leveza, dimensão e brilho inimagináveis.
hi-NRG (High-Energy): é um gênero de musica de dança eletrônica que apareceu inicialmente no Reino Unido fortemente influenciada pelo movimento disco e pop do final dos anos 70.
Scissor Sisters: é uma banda americana que chegou em 2003 para conquistar os EUA e a Europa com um visual glam e ‘Comfortably Numb’, uma versão para a música do Pink Floyd, incluída no álbum de 1979, “The Wall”. A surpresa inicial, por parte do público, deu lugar a uma rendição gradual ao som dançante e aos falsetes estridentes dos Scissor Sisters, que se alimentam do disco sound, da cultura gay e da herança deixada por Elton John, Bee Gees ou David Bowie, com resultados cantaroláveis e coloridos.
Jerome Benton: é um artista musical que ja autou como dançarino para vários artistas famosos, dentre eles, Prince e Janet Jackson. Benton atuou em 1984, no filme “Purple Rain” (do Prince), fazendo o personagem de guarda-costas de “Morris Day”, o antagonista do filme.
Day of The Dead: em espanhol “Dia de los Muertos”, é uma celebração no México e nos mexicanos (e descendentes) que vivem nos EUA e Canadá, para orarem e relembrarem dos amigos e membros da família que já morreram.
Fosse: Robert Louis “Bob” Fosse era um dos maiores dançarinos americanos, coreógrafo e diretor de teatro musical, roteirista e diretor de filmes. Bob Fosse tinha estilo unique, angular, sensual de dançar. Veja exemplo aqui do estilo “Fosse”.
Tesla: banda de Heavy metal/Hard rock/Blues-rock de Sacramento, Califórnia, formada em 1984, conhecida por suas músicas melódicas e tristes, que continuam ainda lotar todos os shows realizados, quer seja com os fãs antigos ou fãs novos.
John Bonham: um dos maiores e mais reconhecidos bateristas de todos os tempos. Autodidata, passou por várias bandas até, finalmente, encontrar o Led Zeppelin. Morreu precocemente aos 32 anos, em 1980. A morte de Bonham deu fim a uma das maiores bandas do mundo, declarando Plant: “Era secundária e de mau gosto a idéia de continuar sem ele”.
Fonte: Yahoo! Music
Tradução: Glória Conde
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