Albert Kowalczyk da CGM entrevista Adam Lambert na Polônia

Albert Kowalczyk do Site de Notícias CGM da Polônia, entrevistou Adam Lambert quando ele estava no país em Agosto do ano passado, mas a entrevista acabou sendo publicada somente agora em Janeiro. Nesta entrevista, Adam falou sobre seu novo álbum, sua infância, trabalhar com o Queen entre outros assuntos. Confira:

A entrevista começa com Albert Kowalczyk dizendo a Adam que nunca entendeu como funcionam as músicas que tem assovios. Ele quer saber se é o próprio cantor quem assovia ou se contratam alguém para assoviar. Adam diz que se soubesse assoviar, seria ele (assoviando em “Ghost Town”), mas que ele não sabe. E que ele queria muito que houvesse um assovio na música, então pediu que o co-autor de “Ghost Town” assoviasse, já que Adam não poderia fazê-lo.

Adam: Ele é um assoviador muito melhor que eu, sou horrível!
Albert: Então há coisas que você não pode fazer, como artista.
Adam: Sim, algumas.

Albert diz então que viu Adam como co-autor de algumas músicas e quer saber qual é a verdadeira colaboração dele no álbum. Adam responde que cada música é uma jornada diferente. Que, em algumas, ele se senta com os outros autores, com algo que já foi composto, como uma melodia ou batida, e adicionam a letra. Outras vezes, a letra já existe, mas ele, definitivamente, gosta de se envolver na composição das músicas.

Albert: E quem escreveu “Ghost Town”?
Adam: A maior parte da letra foi Sterling Fox.
Albert: E qual a sua colaboração?
Adam: A parte que ele não escreveu! [risos] Mas a maior parte foi escrita por Sterling.

Albert quer então saber o quão pessoal é a música. Adam diz que conversou com Sterling sobre a vida, e que eles se deram muito bem. Ele afirma que Sterling também veio do teatro e que conversaram sobre o ponto da vida em que Adam estava. “A música veio de um lugar real”.

Sobre o título do álbum, Albert afirma que já perguntaram a Adam sobre isto muitas vezes e que ele já explicou do que se trata. Ele quer saber qual o “original high” de Adam.

Adam: Foi a primeira vez que estive num palco cantando.
Albert: Quando foi isto?
Adam: Eu devia ter uns 9 ou 10 anos. Foi um sentimento muito louco.
Albert: Mas foi onde exatamente?
Adam: Em algum lugar em San Diego, quando eu era criança. Não lembro exatamente onde era o teatro. Algum musical. Foi louco, foi um sentimento bom.

Albert quer saber se Adam tem buscado o “original high” por toda a vida. Ele diz que às vezes as pessoas buscam, às vezes o “original high” é que busca as pessoas [risos] e que a ideia do álbum é essa, ir atrás de alguma coisa que te traz felicidade, ou que você acha que trará felicidade, porque algumas vezes as pessoas não percebem que estão buscando a felicidade de forma errada.

Albert pergunta se foi Adam que fez com que seus pais o colocassem no teatro, ou se foi o contrário. Adam responde que foi mútuo, que ele era bem criativo quando criança e que gostava de se fantasiar, que seus pais quiseram fazê-lo explorar seu amor pelas artes. Adam também afirma que tinha muita energia e que falava o tempo todo, e que os pais o colocaram no teatro para que ele pudesse partilhar isto com outras crianças.

Adam: Eu pedi para fazer alguma coisa relacionada à performance e minha mãe encontrou o grupo de teatro.
Albert: Foi difícil?
Adam: Não, eu amava, porque era uma vez na semana, aos sábados. Então eu tinha a escola durante a semana, como a maioria das crianças, e ansiava pelos sábados, porque eu podia ensaiar uma peça.

O entrevistador quer saber se Adam se considera um músico, pois é um performer e um cantor. Ele pergunta se Adam toca algum instrumento. Adam diz que se considera um vocalista e que não toca nenhum instrumento. Como cantor, ele ama poder cantar vários estilos, pois, para ele, isto exige um nível de habilidade musical, ter bom ouvido e saber onde as notas se encaixam. É sobre saber sentir a música, e não somente sobre técnica.

Albert comenta que Adam fez 33 anos em 2015 e que essa é a idade de Cristo e a idade em que, dizem, um homem está completamente desenvolvido física e espiritualmente. Adam diz que parece certo e que, se a pessoa acredita em astrologia, esta idade é quando o retorno de Saturno termina. Segundo Adam, o retorno de Saturno acontece dos 27 aos 33 anos, e que aparentemente é uma grande mudança na vida de uma pessoa. Albert comenta que é a “crise do quaternário da vida” e quer saber se Adam teve uma crise destas, pois as pessoas nesta época de vida se questionam se tomaram o rumo certo, etc. Adam diz que, como a maioria das pessoas, ele está sempre aprendendo e evoluindo. Aos 27 anos houve a grande mudança, quando ele entrou no American Idol e esteve na televisão pela primeira vez. Os últimos seis anos, para ele, têm sido interessantes, uma jornada de altos e baixos, tentando ser feliz, criativo e também permanecer humilde. Adam sente que é importante manter os pés no chão e as boas pessoas a seu redor, além de garantir que continue se divertindo.

O entrevistador diz que ouviu as músicas de “The Original High” e que algumas são sobre solidão. Ele quer saber se Adam se sente sozinho às vezes. Adam diz que por vezes está completamente bem em ser independente e que adora esta liberdade, mas que, é claro, seria bom ter alguém para dividir alguns momentos. Ele diz que é muito difícil no mundo de hoje não ter uma coisa ou outra, estar no meio desta situação, é uma questão de extremos. Albert quer saber quem é o melhor amigo de Adam e ele diz que tem um bocado de melhores amigos nos EUA, mas que um dos melhores, no momento, é o álbum, é a coisa mais próxima dele [risos].

Sobre estar na Polônia, Albert pergunta se é a terceira vez de Adam lá e ele afirma que sim. Adam esteve lá primeiro com seu trabalho solo, depois com o Queen, em 2014. Albert quer saber quais foram as impressões de Adam sobre o país. Ele diz que foi muito legal e que a energia é muito boa.

Albert lembra que a última visita de Adam ao país foi com o Queen e que ele respondeu muitas perguntas sobre a banda e que não vai repeti-las, mas ele quer saber se, em algum momento, apesar de saber que Adam adora trabalhar com Brian e Roger e que eles são gênios e se dão bem como uma família, se já houve um conflito de gerações. Se Adam já sentiu que eles fossem velhos demais. Adam responde que há momentos, em conversas, que Brian e Roger sabem mais do que ele.

Adam: Eles viveram mais, sabem mais, viram de tudo. Eu realmente aprecio o fato de que eles viveram mais do que eu. Tento aprender. É ótimo estar perto de pessoas que são sábias e passaram pelo que eles passaram. É muito educativo e inspirador.
Albert: Então você nunca se sentiu como um garoto perto deles?
Adam: Não como um garoto. Há momentos em que me sinto mais jovem, mas eles também têm o espírito muito jovem e, quando subimos ao palco, não parece haver diferença de idade. É quando a verdadeira mágica acontece.

Albert lembra que Adam apoia várias causas, principalmente as do movimento LGBT. Ele quer saber como Adam celebrou a decisão da Suprema Corte americana (permitindo a união civil entre pessoas do mesmo sexo). Adam diz que estava em Nova Iorque quando soube e que ficou muito animado, saiu com alguns amigos para a Christopher Street, onde fica a Stone Wall, um marco do movimento LGBT. Ele diz que foi muito legal sair e ver as pessoas na rua, e sentiu como se um grande momento na história tivesse acontecido.

Albert: Você tomou um porre?
Adam: Tomei um drink!

Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Sabrina Felinto
Fontes: @IvaaLambert e CGM

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