Spin or Bin Music: Polêmicas, combatendo a Homofobia e sua vida em 2015: Adam Lambert coloca-nos dentro de seu mundo, Singapura – 30/12/15

Polêmicas, combatendo a Homofobia e sua vida em 2015: Adam Lambert coloca-nos dentro de seu mundo

Para ser sincero, eu dificilmente conheci um artista dessa magnitude (nos meus três anos de aventuras musicais) com uma quantidade tão agradável de autenticidade. Foi-se o velho Adam Lambert que pode ter criado uma ou duas polêmicas de propósito – nós estamos falando agora com o novo Adam Lambert que corajosamente declarou para uma sala cheia de pessoas da mídia: “Eu não crio controvérsias.”

Esse também é o mesmo homem que não suporta cantar “canções pop chicletes” em consideração a tudo que aconteceu no mundo nesse ano.

Eu sempre tive respeito por Adam Lambert e pelo o que representa e isso se tornou ainda mais acentuado no decorrer do alvoroço da petição. Sua impecável resposta?

Adam Lambert é realmente um achado raro na gigantesca indústria musical americana que muda seus caprichos mais rápido do que as Kardashians podem mudar de roupa. Não é novidade que a personalidade gigantesca de Adam manteve-se relevante independente de qualquer coisa.

Ele é humilde, está mais maduro e ele leva a sério as preocupações do público realmente, sem passar a ideia de muito politicamente correto ou satisfazendo os interesses do público (ou eu devesse dizer, nacionais). Ele sempre se manteve fiel em ser Adam Lambert, faça chuva ou faça sol.

Alguns até dizem que sua agenda real é motivada por razões não ortodoxas. Sim, essas pessoas tinham razão – ele apenas quer usar sua música para dominar o mundo e fazer lavagem cerebral em nossas mentes. Eu não posso acreditar que seus fãs por fim se tornaram pessoas melhores cheias de bondade e aceitação. Como isso é apavorante?

Então para expor ainda mais Adam Lambert nós o perguntamos algumas questões, e nós temos ainda também um vídeo de cinco minutos cheio de respostas provocantes de Adam. (Ele até mesmo desmentiu rumores sobre não estar se sentindo bem. “Do que você está falando? Eu me sinto ótimo!”) A melhor parte disso tudo? Você vai amar cada pedacinho disso.

Quando você chegou? Você acabou de chegar ontem?
Antes de ontem foi um dia para descanso. Assisti muito Netflix no meu laptop. Sim, eu só descansei.

E você já esteve aqui em Singapura antes. Você visitou os lugares, teve algum tempo para experimentar mais da comida local?
Eu comi “Chilli Crab” [ver nota] a primeira vez que estive aqui. Eu adorei! Eu pretendo comer isso antes de partir. Foi realmente bom, muito saboroso.

Você tem algum tempo aqui depois do Ano Novo, ou estará imediatamente de partida?
Na verdade eu tenho o dia depois livre. Devo passar dormindo um pouco, você sabe…

Como tem sido 2015 para você até agora?
Incrível. Esse álbum “The Original High” lançado esse ano, teve um momento que eu não sabia se isso iria acontecer ou não, eu troquei de gravadora, estava meio perdido no sentindo de qual seria o próximo projeto. Quando finalizamos isso tudo, eu estava tão
grato e tão empolgado, eu trabalhei nele por dois meses na Suécia, finalizando em Los Angeles, eu estava muito satisfeito. É bem diferente das músicas do Queen e eu amo isso, porque eu posso meio que mostrar meus dois lados artísticos. Com Queen eu canto clássicos incríveis do passado, visitando e indo pelo rock and roll que eu amo. Com meu álbum eu vou para o futuro, ir em frente falar sobre coisas que são minhas próprias experiências. Então eu me sinto muito realizado, e obtendo o melhor dos dois mundos!

Eu soube que você teve por volta de quatro dias para se preparar para essa turnê. Basicamente o show de Singapura é o de estreia da “The Original High Tour” inteira?
Sim e não. Na verdade esse show de amanhã para o Ano Novo, nós o criamos especialmente para Singapura. É óbvio que eu tenho trabalhado na minha turnê agora e que ela continuará na China, mas você tem que fazer algo especial para Singapura, especial para o programa de TV, especial para a audiência aqui. Eu pensei muito sobre quais canções faziam mais sentido para mais pessoas possíveis e que melhor representam a mim, meu álbum e minha missão. E eu acho que conseguimos algo ótimo. Serão músicas que as pessoas conhecem e amam, então sim, eu estou muito empolgado para dividir com eles.

Tem que ser nós. Antes de vir para cá, houve toda a polêmica da petição e todo aquele drama. Então, isso também mudou a preparação para o show?
Eu estava na verdade lisonjeado que as pessoas se importavam tanto! Veja, sempre que eu vou fazer uma apresentação na TV, eu trabalho bem cuidadosamente com o produtor e com minha equipe a fim de descobrir o que é apropriado para o programa, então foi isso que fizemos para aqui.

Você é um grande fã do Queen. Você disse em uma entrevista uma vez, que Freddie Mercury personifica o que você acha que é ser um rockstar. Basicamente, ele não se importava com o que as pessoas pensavam e não dava a mínima. Então, isso é algo que você adota em sua vida desde que ela é tão pública?
É uma batalha constante entre o que eu apenas quero fazer e o que meus instintos me dizem para fazer. E também por outro lado eu quero fazer pessoas felizes, quero fazer as pessoas se sentirem conectadas. É essa batalha constante entre: “Oh, eu estou nem aí e então eu vou: será que eles gostaram?” [Risos]. Mas eu penso que esse sou eu, o que faz quem eu sou, o equilíbrio entre os dois.

Como foi trabalhar com Max Martin?
Ele é incrível. Ele é muito pé no chão e meio engraçado e sarcástico, não leva isso muito a sério. Ele cria uma energia tão confortável no estúdio, ele simplesmente sabe, ele sabe o que funcionará ou não e o que conectará as pessoas instantaneamente. Ele tem um dom para isso. E Shellback também é o produtor executivo do álbum, e ele também é do mesmo jeito. É como se eles fossem físicos. Físicos do POP. Eu não sei como eles fazem isso, mas eles têm um jeito.

Sim, todos querem trabalhar com eles de certa forma.
Eu sou um sortudo, muito muito sortudo. Sabe “Whataya Want From Me”, que foi meio que meu grande hit no primeiro álbum – foi produzido por Max Martin e voltar a trabalhar com ele e sua equipe pela segunda vez, foi um presente enorme tê-lo supervisionando o álbum inteiro, tirou um peso de meus ombros, permitindo-me relaxar e eu acho que esse é o melhor tipo de ambiente para trabalhar.

Logo após a notícia da petição surgir você tuitou “Combatendo a homofobia, uma canção de cada vez”. Então como você pretende fazer isso e qual o melhor modo em sua opinião de combater a homofobia?
Nesse ponto eu acho que todos nós estamos avançando rumo à aceitação, eu sempre fui e sou um artista que se sente um sortudo, por ter sido posto nesse planeta, sou um artista internacional que alcança pessoas de diferentes culturas, lugares, idades, gêneros, religiões, crenças, tudo. Minha meta como artista sempre foi unir pessoas, achar um ponto em comum com todas essas pessoas diferentes de todas as partes do mundo. O quanto mais longe eu vou em minha carreira, mais eu aprendo e entendo sobre isso, sobre as condições humanas, o coração humano e o que nos faz todos a mesma coisa e o que nos diferencia. Então para mim, qualquer espécie de medo da diferença é algo que está suscetível a acontecer, mas que eu tento não me preocupar muito, eu tento continuar focado no positivo e continuar focado na coisa que para mim nos une e não no que nos divide… [corajosamente] Então eu apenas canto minhas canções. [Risos]

Então, como você acha que evoluiu em termos vocais, emocionais, espirituais de sua “Trespassing Tour” [We Are Glamily Tour] para “The Original High Tour”?
Essa é uma boa pergunta. Penso que eu preciso de um pouco mais de tempo para entender isso. Mas eu penso que esse álbum, reflete onde eu estou em minha vida agora, que eu acho um pouco mais maduro do que talvez quando eu entrei em cena há seis anos. Seis anos atrás eu tinha ideias diferentes que eu queria discutir, que queria expor e modos diferentes de posicionamentos em relação a isso. Naturalmente eu evoluí, não para melhor ou pior, mas naturalmente como acontece com todas as pessoas. Talvez mudado o jeito que eu me visto, o modo que eu vejo o mundo e meus relacionamentos mudaram. A música a nível técnico, esse álbum explora mais nuances que eu posso não ter feito de forma tão aprofundada como antes, acho que com “Trespassing” nós atingimos a ponta do Iceberg. E com “The Original High” eu acho que nós realmente mergulhamos em todos os modos e eu pude cantar sobre coisas que de certo modo eu estava empolgado em cantar porque são muito pessoais, mas também universais. Sabe, todos querem felicidade, todo mundo quer amor, todo mundo quer aceitação e sucesso de uma forma ou de outra e eu penso que é sobre isso o álbum. Fala sobre a jornada, às vezes você não consegue, às vezes vai pelo caminho mais longo, às vezes pelo caminho certo. Então sim, eu estou empolgado, empolgado que isso potencialmente possa ajudar pessoas a entenderem elas mesmas.

Aqui estão alguns destaques da entrevista:

Entrevistadora: Antes de você chegar a Singapura, houve muitas polêmicas, isso de alguma forma mudou seu preparo para o show?
Adam: Sim, tiveram. Eu estava na verdade lisonjeado que as pessoas se importavam tanto. Veja, durante esses últimos cinco anos sempre que eu vou fazer uma apresentação na TV, eu trabalho bem cuidadosamente com o produtor e com minha equipe a fim de descobrir o que é apropriado para o programa, então foi isso que fizemos para aqui.

Entrevistadora: Eu amo o fato de você não ter medo de ultrapassar limites, chamar a atenção para você, mas você acha que se cansará em algum ponto de criar controvérsias?
Adam: Eu não crio controvérsias, a polêmica está nos olhos de quem vê. No passado eu posso ter feito uma ou duas coisas de propósito, mas minha missão agora é bem sincera e verdadeira. Dependendo do lugar do mundo que você é, algumas coisas podem parecer controversas para você ou não. Mas minha intenção não é provocar e sim refletir, ser sincero, e verdadeiro.

Entrevistadora: Primeiro, quais são suas novas resoluções para 2016? Segundo, como foram suas resoluções de 2015 e também qual foi a melhor festa de ano novo em que você já esteve?
Adam: Eu na verdade não me lembro qual foi minha resolução em 2015, então talvez esse ano seja lembrar-me da minha resolução! [risos] É um bom começo não é?

Entrevistadora: Você não tem nenhuma resolução? Como de dez anos atrás…
Adam: Não, minha vida é tão corrida que eu vivo um dia de cada vez, eu viajo tanto, me apresento ao redor do mundo. Eu apenas planejo o dia, “ok hoje você tem um show, vai cantar essa e aquela música.” Coloco um sorriso no rosto e tento fazer as pessoas sentirem alguma coisa. Mas se eu tivesse que escolher minha resolução então seria continuar seguindo em frente, continuar aprendendo e continuar tentando criar. E a melhor festa de ano novo em que eu já estive foi… Eu não sei… Acho que no México, no Cabo de San Lucas com alguns amigos, nos divertimos muito na praia. TEQUILA!

Entrevistadora: Como tem sido 2015 para você até agora?
Adam: Incrível! Esse álbum “The Original High” lançado esse ano, teve um momento que eu não sabia se isso iria acontecer ou não, eu troquei de gravadora, estava meio perdido no sentindo de qual seria o próximo projeto. Quando finalizamos isso tudo, eu estava tão grato e tão empolgado, eu trabalhei nele por dois meses na Suécia, finalizando em Los Angeles. Enquanto trabalhava no álbum eu também me apresentava com Queen então quando chegou a hora de lançar o álbum, eu tinha acabado de terminar a turnê mundial com Queen, eu estava muito satisfeito e me senti muito realizado. Quando eu lancei o álbum foi um ótimo sentimento porque eu tenho muito orgulho dele. É bem diferente das músicas do Queen e eu amo isso, porque eu posso meio que mostrar meus dois lados artísticos. Com Queen eu canto clássicos incríveis do passado visitando um bom rock and roll que eu amo. Com meu álbum eu vou para o futuro, ir em frente falar sobre coisas que são minhas próprias experiências. Então eu me sinto muito realizado, e obtendo o melhor dos dois mundos!

Entrevistadora: Então você considera isso como o seu momento favorito desse ano?
Adam: Um dos… Sim, a turnê do Queen foi definitivamente meio que “Eu não acredito que isso esteja acontecendo”. Ser recebido do jeito que eu fui foi muito gratificante. Entre a turnê com Queen e o lançamento do meu álbum, tive “Ghost Town” por exemplo conectando pessoas por todo mundo, tem sido como uma vitória se eu for pensar sobre isso.

Entrevistadora: Percebi que você tem tatuagens legais aí…
Adam: Vou te contar sobre esses dois braços…

Entrevistadora: Você tem no braço inteiro?
Adam: Sim, nesse, estou trabalhando no segundo, eu sou viciado, é maravilhoso.

Entrevistadora: Uau!
Adam: Quando você encontra um artista que você gosta realmente, pelo Instagram por exemplo, você pode encontrar tatuadores incríveis por lá de todas as partes do mundo. Eu encontrei um em Londres que eu fiquei obcecado em seu trabalho, ele tem feito muito de minhas artes, uma mulher em Los Angeles fez esse lado, ela é uma artista excelente.

Entrevistadora: Você sabe quantas tatuagens você tem?
Adam: Como é no braço, o braço inteiro, não é sobre qual é a quantidade, mas sim qual parte? Qual é a próxima? [risos]

NOTA: “Chilli Crab” é um prato de frutos do mar popular em Singapura. Feito com carangueijo refogado em molho de tomate, contém pimentão e um molho apimentado. Esse prato já foi listado em 35º lugar na lista das 50 comidas mais deliciosas do mundo pela CNN em 2011.

Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Gabriela Macieira
Fontes: Adam Lambert Fan club e Spin or Bin Music

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