Tradução da Entrevista da Revista FAULT de Agosto/2015

Já publicamos aqui os scans da edição digital de agosto da Revista FAULT, na qual Adam Lambert é a capa. Agora confira a tradução da entrevista:

Adam Lambert
Isso é sua “culpa”

Texto: Will Ballantyne-Reid
Fotografia: Giuliano Bekor
Estilista e Direção Criativa: Giuliano Bekor
Cabeleireiro: Paul Blanch do Opus Beauty usando Kevyn Aucoin
Produtor: Leah Blewitt

Adam Lambert é um dos favoritos da “FAULT” e um dos favoritos de vocês também. Na verdade, da última vez que o tivemos como capa de nossa revista, na edição 10 em 2012, nosso site ficou tão sobrecarregado que saiu do ar.

Logo depois de sua primeira capa na “FAULT”, seu segundo álbum, “Trespassing” estreou em primeiro lugar nos Estados Unidos: um histórico momento já que Adam se tornou o primeiro artista abertamente gay a ocupar o primeiro lugar. O álbum foi eleito o melhor álbum de 2012 por um enquete da Rolling Stone e, então, Adam passou o verão com as lendas do Rock do Queen apresentando uma série de shows pela Europa e calçando os “grandes sapatos” de Freddie Mercury – uma desafiadora tarefa, mas que foi muito bem elogiada pela crítica. Além de datas na Rússia, Polônia e Ucrânia, eles fizeram 3 shows esgotados em Londres no Hammersmith Apollo e uma turnê de arenas se seguiu na América do Norte em 2014, ficando esgotada rapidamente. Adam também se juntou ao elenco de “Glee” para uma breve participação em 2013, fazendo sua estréia como Elliot “Starchild” Gilbert, antes de começar a gravar seu novo álbum.

Adam recentemente lançou “Ghost Town”, o primeiro single de “The Original High” que teve como produtores executivos os lendários Max Martin e Shellback. Dentro de minutos a faixa-título era trend mundialmente e em apenas cinco dias o lyric video de “Ghost Town” foi visto mais de um milhão de vezes. “The Original High” foi lançado oficialmente no dia 15 de Junho, com colaborações do deus do rock, Brian May, e a superstar em ascensão, Tove Lo. Enquanto ele se preparava para lançar esse marcante álbum para o mundo, nós sentamos com Adam para falarmos sobre sua carreira, seu processo criativo e o que acontece quando aquela coisa que te faz mais feliz acaba te machucando.

Qual o tema principal desse álbum?
É sobre a busca pela felicidade. Todos nós temos algo que nos dá prazer, mas essa coisa pode, às vezes, se voltar contra você e colocá-lo no inferno. Toda música está relacionada a isso.

Como foi o processo criativo desse álbum?
Bem, eu na verdade fui para Suécia por dois meses. Eu estava em Estocolmo em fevereiro, março e estava completamente congelante e escuro. Mas eu estava trabalhando com esse grupo de compositores e foi maravilhoso poder experimentar.

Isso foi uma novidade para você?
Foi, porque para meus dois últimos álbuns tinha uma pessoa da gravadora desenhando uma lista de pessoas com as quais eu trabalharia, mas nesse foi tudo supervisionado por Max Martin e Shellback, que eram ambos produtores executivos do álbum. Desse jeito foi muito menos sobre políticas e mais sobre a música.

O terceiro álbum pode ser realmente um ponto crítico para os artistas – você sentiu muita pressão?
Bom, assim que Max Martin e Shellback estavam comigo, uma grande pressão foi aliviada. Eu fui o produtor executivo do meu segundo álbum, do qual eu realmente tenho muito orgulho, e eu aprendi muita coisa. Foi uma boa experiência, mas me fez perceber que eu não quero ser a única pessoa encarregada.

Você está em uma nova gravadora para esse álbum. Tendo mudado da RCA para Warner Bros, como isso afetou o processo criativo desse álbum?
Adam: Minha nova gravadora tem mais um sentimento de família. Eles são muito gentis e sociais e isso faz com que você sinta que estão todos no mesmo time. Tudo passa por mim, mas eu também posso delegar. O bom nisso é que se tira um pouco do estresse e permite que você seja apenas um artista.

É interessante, porque eu sinto que cada álbum seu parece pertencer a um capítulo diferente da sua vida – do “American Idol” para a RCA e agora para a Warner Bros. Você sente que tem amadurecido ao longo de sua carreira na música?
Adam: Definitivamente. Eu me sinto muito mais fundamentando e mais confortável na minha pele. Eu acho que me sinto mais confiante com meu talento do que eu me sentia antes e mais claro em minha direção. Eu sinto que eu não preciso mais me afirmar tanto, o que faz com que tenha muito menos ego na música.

Como essa colaboração com o Queen influenciou na sua abordagem para esse álbum? Você ficou honrado em ocupar o lugar de uma das maiores lendas da música?
Adam: Assim que nós decidimos que faríamos uma turnê, eu estava um pouco preocupado porque eu não queria pisar no legado de ninguém. Freddie era incrível, eu vi alguns vídeos dele e ele era aquele incrível “showman”, um grande vocalista e também um incrível compositor. Eu estava honrado pelo que ele fez, porque eu não tento tanto talento musical. Eu posso cantar, mas eu não posso me sentar no piano e escrever “Bohemian Rhapsody” – é como a p** de um concerto.

Você tem uma base de fãs incríveis e leais – como isso te afeta artisticamente?
É completamente incrível. A metade do tempo eles sabem das coisas até antes de mim! E eles encontram jeitos de entrar nos lugares – é como um bando de super-detetives [risos]. A coisa é que meus fãs são muito inteligentes, o que eu acho realmente lisonjeiro.

Eu acho que uma das coisas que fez com que essa conexão se tornasse tão forte é o poder da sua performance ao vivo. Dado seu passado no teatro musical, o elemento ao vivo é algo que ainda é importante para você?
Eu cresci em um palco na frente das pessoas, então o momento que me sinto mais confortável é quando eu estou lá. E mesmo agora, eu entro em um palco com a estrutura do que eu devo fazer, ser um personagem (de certo modo) naquele espaço de tempo. Mas o motivo que eu mudei do teatro para ser um artista, é poder ser capaz de estar no palco como você mesmo. E poder olhar para a audiência e falar com ela, e a conexão realmente está ali. Não é tanto uma ilusão.

Você sente que esse álbum tem esse mesmo sentimento, no sentido que ele é mais íntimo?
O que tem sido interessante sobre esses últimos seis anos é que a primeira vez em que eu me destaquei e encontrei meus fãs, eu tinha uma certa imagem, um certo estilo e uma certa maneira de fazer as coisas. E eu penso nisso com carinho, mas como qualquer outra pessoa, eu evoluí nesses seis anos. É com isso que estou animado para esse novo capítulo da minha carreira – o fato de que as pessoas possam conhecer onde eu estou agora. Eu quero tirar isso, eu era muito exagerado. Quando comecei, eu estava sempre tentando criar algo, mas agora eu quero que isso seja como a vida real… Eu quero que as pessoas saibam quem eu sou realmente.

Nesse sentido, o que é sua ‘culpa’?
Eu penso demais. Eu tenho que trabalhar em como desacelerar minha mente um pouco, e confiar no meu primeiro instinto. Eu quero confiar no momento e no impulso. E minha outra ‘culpa’ é compras online.

Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Gisele Duarte
Fonte: @Scorpiobert

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One Comment

  1. tradução fantástica!!! parabéns, time!

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