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20out2015
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Tradução da Entrevista da Attitude Magazine – Nov/2015
Já publicamos aqui as páginas de Adam Lambert na versão online da Attitude Magazine de Novembro, além da capa (reveja acima). Agora, confira a tradução completa da entrevista:
Adam Lambert
Vencedor Attitude Award
Álbum Internacional
Adam Lambert chegou aos holofotes durante a oitava temporada do “American Idol”. Seu segundo álbum alcançou a primeira posição nas paradas dos Estados Unidos, fazendo com que ele fosse o primeiro artista abertamente gay a ficar no topo das paradas da Billboard. Esse ano ele completou sua turnê com o Queen, adicionando sua potência vocal aos lendários hits de Freddie Mercury, e lançando seu mais novo e aclamado álbum “The Original High”.
Diretor Criativo: Joseph Kocharian
Figurino: Warren Alfie Baker
Fotografia: Austin Hargrave
Cabelo por Tara Jean do Reino Unido
Artistas usando Oribe e Ashley Gomila
Fotos feitas no Garland Hotel, Los AngelesQuando falaram que a “Attitude” estava dando a ele um Music Award, Adam Lambert respondeu com prazer “Uau”, ele gritou no telefone de sua casa em Los Angeles. “Isso é um grande elogio, eu me sinto muito honrado”.
Adam merece isso. Além dele ser um popstar abertamente gay e campeão no apoio de causas LGBT, ele também é um cantor com uma voz épica – boa o suficiente para preencher as botas de Freddie Mercury. Seu incrível álbum “The Original High” mistura pop, rock, dance e eletrônica como um efeito deslumbrante.
Não é de se espantar que a comunidade gay do Reino Unido acolheu Lambert que tem 33 anos, que foi um convidado especial em Glee, se apresentou com o Queen durante a noite de Ano Novo na BBC e que tem um estilo extravagante impossível de se ignorar.
“Eu ainda sinto que estamos nos conhecendo, o que é ótimo”, diz o ex-participante do “American Idol” sobre ganhar o coração da comunidade gay do Reino Unido. “É como o começo de um relacionamento, como a fase de lua-de-mel, entre eu e a cena gay do Reino Unido. Eu estive fora e por aí e eu tenho amigos no Reino Unido, mas eu acho que preciso mergulhar um pouco mais fundo”.
Será que o cara que é adepto ao delineador irá fazer uma mudança glam? “Na verdade, eu estou me suavizando um pouco”, ele insiste. “Eu não tenho sido tão extravagante, mas eu acho que podem ter pessoas que me escutam dizer isso e pensam ‘você está falando sério?’”.
Em uma indústria em que exemplos fora do armário não são tão frequentes como deveria ser, Adam tem uma impressionante legião de fãs de todos os tipos. “Eu vejo coisas no Facebook e Twitter e a maioria das pessoas não colocam sua sexualidade como algo que os define, então eu não vejo diferença entre fãs gays e fãs heterossexuais”, ele diz. “Eu acho que há um amplo espectro lá e eu gosto disso. Eu gosto da ideia de que a minha audiência é uma mistura de todos os tipos de pessoas”.
Uma coisa que une a todos é o amor pelo seu novo álbum, que é o terceiro de Adam desde sua saída do “American Idol” em 2009 e seu primeiro Top 10 no Reino Unido. Ele nos mostra um espantoso alcance vocal, com o próprio Adam dizendo: “Isso me desafia um pouco e meio que me encoraja a explorar outras cores na minha voz. Todo mundo sabe que eu gosto de cantar grande e bombasticamente e tem muito disso lá, claro, mas eu amei explorar outra coisa, algumas nuances mais dinâmicas”.
Quando era uma criança, ele cresceu em San Diego, ouvindo Madonna, Michael e Janet [Jackson], antes de conhecer Queen, Bowie e sem mencionar Led Zeppelin e The Beattles, além de músicas dance dos anos 90 com vocais mais house. Tudo isso o influenciou no álbum e Adam diz que todos que ele encontra diz ter uma música favorita diferente.
A minha? Essa tem que ser “Ghost Town” seu primeiro single que não é nada parecido com a música de mesmo nome da Madonna. “Quando descobri isso eu estava ‘oh não, eu não quero que as pessoas pensem que eu estou tentando competir com ela’”, Lambert declara, “Ela é a Madonna, um ícone e eu cresci a acompanhando.”
Ele foi de apaixonado pela rainha do pop à vocalista da “Rainha”. Ele conheceu Brian May e Roger Taylor quando eles se apresentaram juntos no “American Idol” e eles vêm fazendo turnês juntos pelo mundo desde então. “Poder se apresentar com o Queen na noite do Ano Novo para a televisão foi incrível”, ele se maravilha. “Foi uma grande oportunidade para eu ser apresentado para partes da audiência do Reino Unido que poderiam nem saber quem eu era”.
E o que ele diria para Freddie Mercury se pudesse o encontrar em algum universo paralelo? “Oh cara. Eu não saberia por onde começar. Eu acho que eu diria ‘obrigado por me deixar fazer parte disso e espero te deixar orgulhoso’”. O gênio Adam Lambert arrasa entre as preferidas como “Killer Queen” e “Crazy Little Thing Called Love” sem nunca tentar imitar Freddie. “Isso seria brega, eu acho. Esse não é o meu jogo. Eu não sou um imitador. Eu procuro buscar um balanço entre fazer as músicas como minhas e não me distanciar demais do original porque isso seria um sacrilégio”.
E ele tem uma inveja ao ficar ao lado do cabelo inquestionavelmente colossal e cacheado de Brian May? Lambert que ostenta um belo topete na capa de seu álbum dá uma gargalhada. “Meu cabelo tem bastante volume também, então eu estou bem”.
Ele é, fazendo uma comparação bizarra, o equivalente americano de Jane McDonald – trabalhando em cruzeiro (com 19 anos), antes de ser lançado à fama por um programa de TV. Antes disso, quando era uma criança, ele teve um treinamento fazendo musicais e depois até se apresentou com Val Kilmer no musical “Os Dez Mandamentos”. A crítica não foi muito boa para Kilmer, mas elogiaram Adam. E ele teve que usar sua flexibilidade como ator novamente como Elliot Gilbert, também conhecido como, Starchild em “Glee”.
Ele já fez, na verdade, uma audição para o programa no papel do “Quarterback” Finn Hudson, mas os produtores preferiram Cory Monteith para o papel. O ator morreu de overdose em 2013, logo depois do anúncio que Adam estaria se juntando ao elenco. “Foi um pouco sombrio ir ao set depois do que aconteceu. Havia uma certa tristeza em volta, mas todo mundo permaneceu profissional e positivo”.
Esperamos que mais atuação esteja presente no futuro. “Isso sempre foi uma parte do meu espírito. Eu sempre fui um performer então isso é meio que natural para mim”. Ele ri sobre não querer que pareça que ele está querendo soprar seu próprio trompete. “E se alguém pensa que eu sou bom pra isso, então ótimo”.
Adam surge como alguém engraçado e confiante no palco, como um pavão arrogante e exibido. Eu me pergunto em voz alta como ele é quando nenhum olhar está sobre ele. “Eu cheguei em um ponto na minha vida em que há uma espécie de divisão na minha personalidade. Algumas vezes eu estou bem extrovertido e social, indo a jantares, festas e conhecendo pessoas novas. Então há outros momentos em que eu apenas quero ficar sozinho e meio que hibernar”.
Tento terminado com seu namorado Sauli Koskinen, um apresentador de TV finlandês há alguns anos, seu status atual é “solteiro e procurando”. Praticando um complicado malabarismo com mais shows com o Queen na América do Sul e já com data marcada para sua turnê solo (não ainda no Reino Unido no momento, mas estamos trabalhando nisso). “Quer dizer, eu estou aberto para conhecer novas pessoas”, ele me disse, “Eu já estive em relacionamentos e eles são lindos, mas essa carreira te leva para todos os lados. Eu estou sempre viajando e eu preciso de uma pessoa bem específica que possa lidar com isso”.
Enquanto sua carreira dispara, Lambert está determinado a manter sua autenticidade. “Se tornou bem mais fácil. No começo o caminho para me manter autêntico e descobrir como era aquele negócio foi um pouco confuso. Agora eu encontrei a minha base e eu me sinto mais confiante e meu material é 100% eu”.
Escolher quais causas LGBT ele vai apoiar, está muito relacionado à programação delas, ele admite. “Mas o que eu realmente me pergunto é ‘eu estou inspirado pelo trabalho que ele estão fazendo?’” E ele está animado ao ver como o mundo, a América em particular, está, apesar de lentamente, avançando. “Tem tanto progresso sendo feito em relação à sexualidade e as pessoas estão entendendo aquela área cinza entre o preto e o branco. Todos esses rótulos talvez sejam necessários agora para nos ajudar a entender todas essas diferentes vias que a identidade de gênero e a identidade sexual pode ter, mas eu espero, conforme avançamos nós possamos apenas nos identificar como ‘nós’”.
Quanto a sua própria identidade, Adam desmente as manchetes de alguns tabloides que afirmam que ele pode ser bissexual ao invés de completamente gay. “Sim, posso ter tido algumas experiências no passado com mulheres. Eu não considero que tudo isso influencia na minha sexualidade. Eu aprecio as outras pessoas que são e tento manter minha mente aberta. Eu encorajo qualquer um que queira explorar além do que eles já estabeleceram para si mesmos”. Ele ri. “Mas eu sou homo”.
O álbum “The Original High” e o novo single “Another Lonely Night” estão à venda.
Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Gisele Duarte
Fontes: @liveyoung31 (1), liveyoung31 (2), @adamlambert_pic e Adam Lambert TV
Preferia que ele tivesse terminado a entrevista dizendo: “sim, sou bi”.