Entrevista de Adam Lambert na COOL Magazine (Áustria) – Out/2015

Além de estampar a capa da edição de Outubro da revista da Áustria COOL Magazine, Adam Lambert concedeu uma nova entrevista. Confira a seguir os scans da revista e a entrevista traduzida:

A vida nunca é apenas preto ou branco

Seis anos atrás Adam Lambert participou do “American Idol” e terminou em segundo. Como um cantor estridente e deslumbrante ele conseguiu se manter firme no mundo da música e alcançou um hit mundial com “Whataya Want From Me”. Ele também fez uma turnê com o Queen pelo mundo ano passado. Agora Adam voltou com sua carreira solo e invadiu os charts com o hit “Ghost Town”. Daniel o encontrou em Viena para uma entrevista onde falaram sobre sua música, shows de talentos e casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Cool: Com “Ghost Town” você conquistou um sucesso internacional. O interessante é que não é algo típico de Adam Lambert…
Adam Lambert: A partir de agora é… [risos]. Não, claro que é um som completamente diferente, mais house. Era uma direção que eu sempre quis tentar. “Ghost Town” me lembra os anos 90 e de quando eu era uma criança e me apaixonei pela música dance e pop.

Cool: “American Idol” foi seis anos atrás. Você sentiu que o tempo passou devagar ou rápido?
Adam Lambert: Por um lado parece que foi ontem, mas outras coisas parecem que aconteceram em uma outra vida. Claro, eu ainda sou o mesmo Adam, mas eu sinto que tenho amadurecido em relação a algumas coisas. Meu estilo agora é mais relaxado, no começo era bem maluco.

Cool: Hoje em dia programas de talentos estão lutando para manterem a audiência. Programas como “American Idol” ainda têm o direito de existir?
Adam Lambert: Aparentemente sim, porque eles ainda existem [risos]. Mas eu não tenho certeza se eles ainda têm o poder como antigamente de fazer uma estrela bem sucedida a partir de um desconhecido. O grande problema é a indústria da música e a audiência não levarem os participantes tão a sério. Além disso, o tempo se tornou muito curto. Se você não conseguir um super hit você será esquecido rapidamente.

Cool: Você terminou em segundo no programa. Ninguém mais ouviu falar do ganhador. Aqui na Áustria acontece que algumas vezes o “primeiro a perder” é bem mais sucedido que o real ganhador. Você pode explicar isso?
Adam Lambert: Eu acho que as gravadoras buscam mais talento do que prestam atenção na música. A audiência que escolhe o vencedor de um show de talentos pode considerar coisas completamente diferentes, como simpatia, histórias pessoais e nem tanto a habilidade.

Cool: O que você pode nos dizer sobre seu novo álbum, “The Original High”?
Adam Lambert: A ideia de cada música é a busca pela própria felicidade. Durante essa busca nós encontramos diferentes coisas, algumas boas e outras nem tanto e às vezes nós trilhamos um caminho errado. Tudo isso eu quero representar com esse álbum, que é o motivo de tantas canções serem tão melancólicas e, no entanto, terem uma batida mais dance. Eu acho que isso descreve bem a vida, porque nós nunca estamos completamente felizes ou completamente tristes. A vida nunca é apenas preto ou branco, mas tons de cinza. Um grande passo para a felicidade é aceitar que nada é perfeito.

Cool: Depois do seu último álbum você esteve em turnê com o Queen. Essa experiência influenciou sua música solo?
Adam Lambert: Eu comecei com o álbum antes de ir para os palcos com o Queen pela primeira vez. Então a turnê não o influenciou tanto. Uma coisa que eu aprendi ao fazer uma turnê com eles é que uma música bem sucedida é aquela que toca o coração das pessoas. Você pode usar essa ou aquela guitarra, mudar a batida, mas no final a única coisa que importa é isso, se tocará no coração das pessoas.

Cool: Outro tópico. Para muitos você já é – apesar de ser relativamente jovem – um ícone gay. Os Estados Unidos acabaram de legalizar o casamento gay. Qual sua opinião?
Adam Lambert: É um grande passo para o meu país. Mais importante que a oportunidade de se casar é o simbolismo da legalização. Você é aceito e tem os mesmos direitos que todos possuem. Eu acho isso o mais importante, mais importante que fotos nos perfis do facebook [risos].

Cool: O que você pensa sobre a palavra gay ser usada frequentemente em um contexto negativo?
Adam Lambert: Eu não acho que isso é realmente ruim. É uma gíria que as pessoas usam. Pessoas dizem viado sem necessariamente estar se referindo a uma pessoa gay. Apenas as pessoas dizendo algo desconectado. O contexto que deixa isso positivo ou negativo. Claro, eu estaria feliz se não fosse mais usado um dia, mas no final do dia a única coisa que importa é se você aceita a homossexualidade, não as palavras que você usa.

Autoria do Post: Josy Loos
Tradução Alemão/Inglês: @AnnaAlbern
Tradução Inglês/Português: Gisele Duarte
Fontes: @ScorpioBert, ScorpioBert e COOL Magazine

Compartilhar
Share

Nenhum Comentário

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *