Adam Lambert é entrevistado por Bebe Sanzo da Rádio LA 100 FM da Argentina – 24/09

Adam Lambert também foi entrevistado por Bebe Sanzo da Rádio LA 100 FM da Argentina em 24/09. Confira:

Bebe: Buenos Aires está cinza, fria, chuvosa. Mas, estamos muito entusiasmados porque Adam Lambert está nos esperando para conversar. Ele está apresentando seu novo disco, “The Original High” e está na Argentina como vocalista do Queen, no show que vamos ter essa semana em Buenos Aires.

Bebe: Adam, bem-vindo à Argentina.
Adam: Obrigado!

Bebe: E como você tem estado?
Adam: Até agora, tudo bem. Bom hotel, boa comida. Agora… hoje à noite e amanhã eu devo sair, acho. Sentir como é Buenos Aires.

Bebe: Sabe, tenho uma ideia para um filme. Talvez seja meio fantasioso, pense comigo… talvez poderíamos chamá-lo de A História de Adam Lambert.
Adam: É muito original!

Bebe: Podemos pensar nisso. É sobre esse garoto que cantava desde os cinco anos de idade e está na casa dos vinte. Ele vai para uma audição de um reality show muito popular nos EUA, chamado American Idol.
Adam: Nunca ouvi estória semelhante!

Bebe: Se você estivesse nessa posição, fosse cantar numa audição que, eventualmente te levasse a um programa de TV muito popular. O que passaria na sua cabeça?
Adam: Eu estava aterrorizado, estava tão nervoso! Porque eu sabia que era um grande momento, um momento de virada, senti isso.

Bebe: Teve um momento em que Paula Abdul perguntou se você seria o próximo American Idol e você disse ‘sim!’ Você realmente pensou isso?
Adam: Era uma audição!

Bebe: Então você estava atuando.
Adam: Eu tive sorte, eu fiz tanto teatro todos esses anos. Eu sabia como entrar numa sala para uma audição e convencer a todos que eu deveria estar lá. É um jogo.

Bebe: Você teve a sensação de que era o seu momento?
Adam: Sim! Eu sabia que se eu fizesse besteira, ficaria louco comigo mesmo. Sabia que tinha que fazer um bom trabalho. E o mais curioso é que a primeira música que cantei não foi “Bohemian Rhapsody”, foi “Rock With You” do Michael Jackson. E eles olharam pra mim e ficaram em dúvida. E eu disse: “posso fazer outra coisa, deixe-me fazer outra coisa”! E eles perguntaram o que eu podia fazer, e eu disse “Bohemian Rhapsody”, e eles acharam bom.

Bebe: Esse é o momento em que meu roteiro toma forma. Você escolheu “Bohemian Rhapsody”. Por quê?
Adam: Foi a música que eu pensei que ilustraria o que eu faço. Era um pouco mais teatral, tinha mais a ver com a minha experiência. E foi engraçado porque Simon comentou “você é muito teatral”; e foi por isso que eu não a cantei primeiro, eu não queria dar a eles muita munição contra mim. Porque eu sabia que eu seria algo para o que ele não estaria preparado ainda. Mas tive muita sorte que eles quiseram minha participação.

Bebe: Então, você participa do programa de TV, o público te adora e você chega à final. Alguém da produção te avisa: “Adam, você vai cantar com o Queen”.
Adam: Eu disse “o quê???” Muito legal. Estava tão animado! Foi um grande momento. Eu os conheci e houve uma conexão imediata, senti isso. Foi bom, muito bom.

Bebe: Então, você chega à final e, isto é um fato, você supera o outro cara, que não é Adam Lambert e ninguém lembra o nome dele.
Adam: O nome dele é Kris. Kris Allen. Um cara talentoso. E muito legal também.

Bebe: Nesse exato momento ele olhou para você e disse: “você deveria ser o ganhador”.
Adam: Sim, ele foi muito humilde.

Bebe: E como foi, ficar em segundo, sabendo que você tinha um dom.
Adam: Eu simplesmente não podia acreditar. Quando fiz a audição, não achei que iria ser assim, de jeito nenhum. Por isso, cada semana que eu fiquei no show eu ficava, tipo, “sério? Consegui de novo? Não acredito!” Fiquei maravilhado, eu sabia que levaria a oportunidades diferentes. Logo antes de fazer a audição eu tive uma banda, por um tempo, fiz teatro, escrevi músicas com diferentes produtores pela primeira vez, tive ideias para músicas. Eu precisava de um ‘atalho’ para entrar no negócio, porque é desgastante. Daí eu pensei “deixa eu tentar esse lance de TV e ver o que acontece”. Eu pensei que, no máximo, apareceria um tempo na TV, me mudaria para Nova Iorque e conseguiria melhores trabalhos no teatro, que eu já andava fazendo. Eu sabia, quando cheguei à final, que havia muito burburinho em volta do que eu fazia e que minha vida seria diferente, e que eu teria um monte de novas oportunidades. E foi exatamente o que aconteceu.

Bebe: Por isso não era tão importante ganhar ou perder…
Adam: Não, não.

Bebe: Mas quando o programa terminou, sua verdadeira carreira começou.
Adam: Sim.

Bebe: O contrato com a gravadora, você foi para o estúdio e teve um álbum que chegou ao topo das paradas. E você estava vivendo um sonho.
Adam: Sim, significou muito. Tudo era novo. De repente, tenho um trabalho incrível, de repente, as pessoas sabem quem eu sou. E a coisa da fama pode ser uma bênção e um pouco uma maldição. Te dá um pouco de ansiedade, é estranho, no início. Levou um tempinho para me acostumar. E, de repente, você está na mídia e tudo o que você faz é analisado. Isso foi novo para mim. Eu não pensava em metade das coisas que eu fazia e as coisas que eu defendia ou era. E que nem todo mundo iria entender ou concordar comigo. Foi definitivamente chocante.

Bebe: Mas esse é o pacote completo.
Adam: É. Sacrifício.

Bebe: E você acha que a imprensa musical gostou das influências que você colocou no disco?
Adam: Acho que a crítica opinou que era um disco forte e meio exagerado, o que foi mesmo. E, naquela época, eu não sabia o que iria funcionar ou não. Eu estava só supondo, não tinha ideia do que aconteceria depois do show. E foi curioso, porque eu havia sido um fã do programa por muitos anos, e realmente teve pouca gente que fez sucesso. Então acho que foi um momento em que mantive meus dedos cruzados e pensei “tomara que dê certo”.

Bebe: Talvez você tenha pensado que chegar à final foi só o meio do caminho. E depois você pensou: “agora, preciso descobrir como fazer para chegar lá”. Talvez tenha sido isso que os outros competidores não pensaram, na época deles.
Adam: Sim, e você precisa de uma música de sucesso. É a primeira coisa, ajuda muito.

Bebe: Você é aventureiro. Quando ouvi o Glam Nation Live, fiquei impressionado. Você gravou uma música de Johnny Cash.
Adam: Sim, sim, eu a apresentei no American Idol.

Bebe: Você gravou uma música de Marc Bolan. E eu pensei “aonde esse cara quer chegar?
Adam: Acho que uma coisa interessante é que muita gente fica presa em um gênero. Rock, pop, dance. Acho que muitos artistas e pessoas da indústria musical e até os fãs, se não podem te classificar, eles não entendem o que você é. E eu sempre fui do tipo “que se danem as classificações!”, não acredito nelas, acredito que tem mais a ver com os círculos. Acho que se pode ser um artista influenciado por muitas coisas diferentes. Penso que agora estamos vemos mais disso, mais fusão, de diferentes áreas, diferentes estilos. Isso é excitante, é a definição da música pop moderna. É tudo!

Bebe: Gostei muito do show do Rio semana passada.
Adam: Você foi?

Bebe: Não, vi ao vivo pela internet. Cara, você realmente agitou a galera!
Adam: 85 mil pessoas. Uma loucura. Muita gente!

Bebe: Te assustou?
Adam: Não, porque temos trabalhado juntos há muito tempo. Fizemos uma turnê mundial ano passado, muitos shows ao redor do mundo. Não estava nervoso, estava emocionado.

Bebe: Bom, eu preciso de um final para o filme. Quero que você colabore comigo.
Adam: Não sei quando você quer que termine.

Bebe: Me diga você.
Adam: Espero fazer isso por muito tempo, então será um filme longo, uma minissérie, uma trilogia. Acho que este é o fim do primeiro filme, de três.

Bebe: Acho que a série poderia ter umas 9 temporadas.
Adam: Mas ninguém morre.

Bebe: Ninguém morre. Adam, muito obrigado.
Adam: Obrigado.

Bebe: A Argentina está esperando por você, por sua música.
Adam: Estou muito animado!

Bebe: Obrigado!

Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Sabrina Felinto
Fontes: Scorpiobert/Vimeo e Rádio LA 100 FM

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