Entrevista na Rádio Futuro 88.9 FM, Santiago (Chile) – 29/09

Hernán Rojas da Rádio Futuro 88.9 FM de Santiago (Chile) entrevistou Adam Lambert um dia antes do show na cidade, em 29/09. Confira como foi a entrevista:

Hernán: Adam, a turnê tem sido muito bem recebida por onde tem passado. Como acha que está acontecendo a química com o resto da banda frente a este cenário?
Adam: Desde o início foi boa. Quando os conheci no final da minha participação no ‘American Idol’, tocamos ‘We Are The Champions’ e foi esse sentimento instintivo de quando se diz “ok, isso funciona”. Depois de um tempo nos juntamos de novo, começamos com isto e sempre foram incrivelmente amáveis, parceiros, abertos a tudo… e não tinha motivo para ser assim, podiam ter me tratado como lixo. São o Queen! Eu aceitaria. Mas eles têm sido muito agradáveis. Sou muito sortudo.

Hernán: Qual é a chave no processo de interpretar as canções que Freddie Mercury imortalizou?
Adam: Tequila (risos). Não, não é verdade. Falando sério, assisti muitas das suas gravações, não tentando entender como ele fazia, mas sim o que ele queria que as pessoas sentissem. Como ele pensava estas músicas, qual era sua intenção. Ao analisar isso, tratei de incluir na minha performance. Se existe uma canção muito frenética ou muito insana, ok, vamos por esse lado.

Hernán: Como você tem lidado com o fato de que, rigorosamente, não seja Queen, mas sim Queen + Adam Lambert, e o que possam sentir os fãs frente às diferenças entre o Queen clássico e esse novo projeto de colaboração?
Adam: Tem sido interessante, porque sim, é uma colaboração. A princípio diziam “oh, Adam Lambert agora está no Queen”. De certa forma, estou, mas na realidade é uma colaboração. E tem sido bom que entendam assim, eu não me sinto um membro permanente da banda. Queen é Freddie Mercury, Brian May, Roger Taylor e John Deacon. Isso é Queen, na minha concepção e na de muitos fãs. O que fazemos em cena é uma celebração da banda, deixar que Brian e Roger toquem suas músicas e fazer que elas sejam revividas ao vivo.

Hernán: Que poder é esse que a música do Queen tem, que atrai fãs de geração em geração?
Adam: Não sei qual é, mas, sem dúvidas, funciona. Se você olhar o público em qualquer país, vê gente de todas as idades. É impressionante. Pensei que seria um público de mais idade – e ele está presente – mas também de todos os outros: jovens, crianças, homens, mulheres, de todas as idades, raças, gêneros. Surpreendeu-me toda esta diversidade. Acredito que essas músicas têm passado na prova do tempo porque são honestas, de coração, muito universais, não necessariamente sobre algo que aconteceu em uma época mas, sim, de emoções que todos sentimos sempre. São músicas sobre nossas condições humanas.

Hernán: Como você vê a convivência entre o mundo pop e o rock?
Adam: É bom ter muito o que fazer (risos). Como amante da música e parte desta geração, sempre ouço gente dizendo “ah, é pop, é rock, é dance” e todas essas coisas. Me parece uma forma antiquada de ver a música. Talvez antes as pessoas se definissem pelo estilo musical do que escutavam. Mas creio que isso já não funciona muito. Os jovens de agora ouvem muitos tipos distintos de música. Somos a geração “playlist”, já não se trata de gêneros, mas sim de personalidades e identificação. Me parece grandioso tocar com o pessoal do Queen, revisitar os clássicos do rock que, inclusive, influenciaram o metal, mas você pode perceber que, no fim das contas, é um grupo pop. Passaram por muitos gêneros e souberam, como ninguém, criar hits chicletes.

Hernán: Você cantou versões de Led Zeppelin e tocou com o Kiss. Qual sua conexão com essas bandas?
Adam: Amo Led Zeppelin, tenho escutado sua música por anos e acho muito sexy. Quanto ao Kiss, para ser honesto, não foi minha ideia. Na realidade não sou fã de Kiss (risos), mas quando os produtores me contaram que os trariam para a final do ‘American Idol’ eu disse “ok, pelo menos será divertido” e pude me entusiasmar com a apresentação. Paul (Stanley) foi muito querido, uma pessoa genial, encantadora. Gene (Simmons)… eh… é tudo o que posso dizer. Gene é Gene.

Hernán: Finalmente, sobre o show em Santiago, o que se pode esperar?
Adam: Que terão uma festa conosco. Armamos uma festa no cenário. Este é o último show desta fase, de forma que a energia estará bem pra cima. Prometemos que terão um bom momento.

Clique aqui para conferir mais fotos.

Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Diego Girardello
Fontes: Radio Futuro 88.9 FM/Facebook, Radio Futuro 88.9 FM, Adam Lambert Media e Adam Lambert TV

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