Entrevista no Spotify com Adam Lambert, Estocolmo (Suécia) – 01/07

No início do mês de Junho (02), Adam Lambert passou pela sede do Spotify em Estocolmo (Suécia), conforme algumas fotos já postadas aqui. Agora, confira a entrevista que foi publicada no início deste mês (01):

Adam Lambert: “O álbum tem um pouco de baboseiras psicológicas, mas sou eu”

O desejo de Adam Lambert de chocar a si mesmo e aos outros o levou em uma jornada do American Idol, passando pelas suas colaborações e turnês com o Queen, até às ruas de Estocolmo e o novo álbum, “The Original High”. Nós nos encontramos com Adam para falar sobre buscas constantes, dificuldades nos namoros e o ato de rebeldia de se ser quieto.

Adam Lambert visitou os escritórios do Spotify em um dia ensolarado de Estocolmo. O clima é uma nova experiência para ele, mesmo que agora ele se sinta em casa nesta vizinhança.
“Eu passei dois meses aqui, quando comecei a fazer o álbum, mas era inverno e muito escuro. Está muito melhor e mais claro agora!”

As únicas coisas que podem fazer artistas trocarem Los Angeles por Estocolmo em Fevereiro se chamam Shellback, Max Martin e os Wolf Cousins. O time de produtores e compositores vem conquistando os charts de seus estúdios no Norte, e Adam Lambert veio no começo de 2014 para compor o álbum que agora foi lançado finalmente. Um dos talentosos Wolf Cousins com quem ele trabalhou, foi Tove Lo, e eles escreveram a música “Rumors”, juntos.
“Ela tinha acabado de lançar ‘Habits’ e nós começamos a falar sobre a indústria da música e namoros, e como esses dois são difíceis de se manobrar aos mesmo tempo. Ela perguntou ‘Como tem sido para você?’ E eu respondi ‘Não é fácil, sempre há rumores por aí e pessoas falando sobre você e que tem essas ideias sobre quem você é.’ Mas se você tem a pessoa certa na sua vida, você pode meio que desligar tudo isso.
Estou muito animado para que as pessoas ouçam a música, é meio que pop trap [hip-hop eletrônico].”

O título do álbum é “The Original High” e resume a vida de Adam Lambert em LA na última década. Adam notou como as pessoas ao redor dele se mudaram para a cidade grande com todos esses sonhos de se tornar isso ou aquilo, mas apenas alguns alcançam esses sonhos. O resto entende que suas metas não vão acontecer e então, o que acontece?
“Antes de começar a trabalhar neste álbum, eu tive um tempo de folga e fiz algumas perguntas às pessoas. O que você está procurando? E eles olharam para mim e disseram ‘Eu não sei.’ Nós estamos buscando o sentimento de satisfação. Às vezes você consegue, às vezes você sente isso por um segundo, às vezes você se apaixona e sente isso pelo o resto da vida. Mas é complicado. Todas as músicas são sobre um tipo de busca, necessidade ou desejo. É meio que uma baboseira psicológica, mas é fiel a mim. Eu penso muito nas coisas.”

O que você está perseguindo?
“É difícil saber. Você pensa que sabe, mas uma vez que você consegue aquilo, você ainda não fica contente. Por muito tempo, foi a carreira, carreira, carreira e quando eu cheguei num certo ponto, eu queria amor e um relacionamento. E então eu consegui isso e eu fiquei tipo ‘Nah, eu quero trabalhar mais na minha carreira.’ Então, eu não sei! Nesse momento, artisticamente, eu estou feliz em lançar um álbum que é meio que uma evolução. Ele mostra que eu superei certas coisas e estou interessado em outras.”

Quando Adam Lambert ganhou fama no American Idol em 2009, ele ficou conhecido por sua voz espantosa, performances dramáticas e visual andrógino. Botas com brilho e jaquetas com penas eram o visual típico. Hoje quando nos encontramos com ele, Adam está usando uma camiseta simples e uma jaqueta de couro preta.
“Eu com certeza ainda tenho meus momentos dramáticos, eu nunca desligaria isso, mas artisticamente eu fui muito longe nessa direção, no passado, sendo teatral, exagerado e extravagante. Eu queria ir um pouco mais fundo nas lutas internas desta vez. As pessoas me ouviram cantar coisas barulhentas e altas o tempo todo, é como elas me conhecem. Eu queria dar uma nova impressão e declaração. O som reflete isso, tanto Max Martin quanto Shellback me encorajaram a explorar partes diferentes da minha voz, que as pessoas ainda não tinham ouvido, ser mais quieto e grave.”

Isso foi assustador para você?
“Não, é assustador ficar preso à uma coisa que você não sente mais. Quando eu entrei nesse ramo, eu estava em um ponto onde eu queria ser maior do que a vida, bobo e extravagante e mexer com a percepção das pessoas de masculinidade e feminilidade. Eu tinha essas coisas que me interessavam, e agora eu meio que as superei. Eu ainda amo a ideia, mas eu já fiz e senti isso. É mais assustador ficar preso à caricatura do que fazer suas coisas refletirem seu atual estado mental. Há uma parte de mim que sempre será rebelde, eu sempre faço o oposto do que as pessoas esperam.”

Por último, Adam Lambert, qual é o “Original High?”
“Garota, eu não sei. Há muitos ‘Original Highs’ por aí. O primeiro beijo é um ‘Original High’. A primeira vez que você tenta ou experimenta alguma coisa é sempre a melhor, e depois de um tempo, você meio que já tentou de tudo, então você está tentando encontrar seu caminho de volta para aquela primeira vez. Muitas das músicas do álbum são meio anos 90 e isso me lembra da primeira vez que eu ouvi dance music quando eu era criança. CeCe Peniston e C&C Music Factory… É sobre voltar as primeiras vezes das coisas.”

Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Stefani Banhete
Fontes: Adam Lambert Media e Spotify

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