MAZE: REVIEW, Adam Lambert mais lapidado em “The Original High”

O blog brasileiro MAZE, dedicado a expressar opiniões sobre entretenimento e cultura pop, publicou uma interessante review sobre o álbum de Adam Lambert, “The Original High”, confiram:

REVIEW: ADAM LAMBERT MAIS LAPIDADO EM “THE ORIGINAL HIGH”

Desde que participou do American Idol em 2009, Adam Lambert chama atenção. Na época, o rapaz com visual à lá emocore chegou como quem não quer nada e conquistou o coração de uma legião de admiradores que o seguem até a presente data – os glamberts. A inspiração para o termo veio através do estilo adotado pelo cantor, o mesmo estilo que rondou “For Your Entertainment”, primeiro LP de sua carreira pós-reality, lançado em 2009. Intenso, FYE vendeu milhões de cópias ao redor do mundo e consagrou Adam como um ícone pop. Todavia, como muitos de nós já estamos acostumados a presenciar, a maldição do segundo álbum é algo que ronda 90% dos ex-participantes de qualquer reality show musical, e infelizmente isso não foi diferente com o americano. Cerca de três anos se passaram e “Trespassing” foi lançado, causando alvoroço na fanbase e ansiedade por parte da indústria. Com uma proposta um pouco mais melódica e sombria até certo ponto, o disco não obteve um desempenho tão satisfatório como o seu antecessor – apesar de ter debutado em #1 na Billboard.

Nuvens negras à parte, se não fosse pelo Queen + Adam Lambert, onde Adam atualmente assume o posto de frontman da lendária banda de Freddie Mercury, a carreira do cantor francamente não estaria tão boa assim. Na comissão de frente do projeto, ele adquiriu mais notoriedade, doses generosas de respeito e oportunidades infinitas de jogar na cara de todos os haters a sua versatilidade artística. De qualquer forma, ele ainda precisava de um novo álbum solo para reestabelecer sua “reputação” no cenário pop. E é assim que chegamos ao ponto principal: The Original High.

Para o terceiro cd, Adam começou com o pé direito. Saiu da RCA, foi contradado pela Warner Music, e meses depois anunciou que a produção executiva do disco estava sob responsabilidade de Max Martin e Shellback. Só por aí dá pra sacar de primeira que este é, sem dúvida, um disco predominantemente pop, e o lead-single “Ghost Town” é a prova disso. Por mais que não seja tão atraente apesar de ter ganhado uma produção peculiar de Martin, a música serviu bem para introduzir o universo da nova era, tanto que ficou alojada na primeira posição da tracklist antecedendo a faixa-título, que é bem superior por conta do seu refrão mais rico e falsettos invejáveis.

Dando uma pausa pra descansar o corpo, “Another Lonely Night” dá continuidade de forma mais serena em uma house-music melancólica com refrão pipocado de sintetizadores; e em “Underground” temos uma forma assombrosamente sexy de demontrar o estágio passional de um relacionamento amoroso. Mas cd de Adam Lambert que se preze tem que ter uma balada poderosa. E aqui temos a primeira e única do álbum, “Then I Said It”: uma típica canção de fim de relacionamento que deve ser de total atenção do ouvinte, tendo em vista uma perceptível evolução do artista, desta vez mais dosado nos vocais, porém não menos emotivo. “Rumours”, a tão comentada parceria com Tove Lo, tem uma produção impecável e apelo forte para ser single.

Lambert ainda arranja tempo para ser bad-ass em “Evil in the Night” – uma das melhores junto com “The Original High”- e em “Lucy”. Nesta última, Adam mostrou o que aprendeu durante todo esse tempo trabalhando com o Queen, tanto que trouxe Brian May para colaborar nos arranjos de guitarra elétrica. Já a sua sucessora, a morna “Things I Didn’t Say”, prepara todo o terreno possível para “The Light”, uma deep house pros amantes das pistas de dança não colocarem defeito – fica aí mais uma dica para single!

A edição standard acaba com “Heavy Fire”, mais uma mid-quase-balada que por muito pouco poderia nos entregar alguns agudos arrepiadores de espinha característicos do rapaz, que no final das contas só aparecem sobrepostas ao arranjo nos segundos finais da canção.

Já na edição deluxe, temos “After Hours”, “Shame” e “These Boys”. “After Hours” traz vocais roucos, arranjos minimalistas à la the xx e uma atmosfera bastante serena se comparada a animada “Shame”, que traz na brigde um dos maiores earworms da carreira do cantor. Por fim, “These Boys” fecha de vez o TOH numa proposta completamente diferente do resto das músicas e das faixas bônus: parece mais uma faixa descartada do Magic Hour, dos Scissor Sisters – interpretem da maneira que quiserem, eu amei.

“The Original High” mostra Adam Lambert sem muitos exageros e mais centrado musicalmente, ora se divertindo em faixas descontraídas, ora abordando fases críticas de um relacionamento (solidão, intrigas, frieza, etc) de forma otimista. E apesar de não ter tantas baladas comparando com seus álbuns anteriores, Max e Shellback conseguiram dar um tapinha pop sem abusar muito de artifícios, além de compensar a ausência das lentinhas com mid-tempos bastante eficazes. Ninguém poderia imaginar que, depois de tantos anos regados a muita cor, sr. Lambert fosse ter um ótimo encontro com o pop em meio a tons monocromáticos.

Caso queira ver o artigo diretamente no site, clique aqui.

Autoria do Post: Graça Vilar
Fontes: @themazeblog e MAZE

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